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As mãos de Camila suavam frio, seu coração parecia ter parado de bater e sua respiração estava lenta como se aquilo fosse fazer os minutos passarem mais devagar

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As mãos de Camila suavam frio, seu coração parecia ter parado de bater e sua respiração estava lenta como se aquilo fosse fazer os minutos passarem mais devagar.

Seu pai estava enfurecido. Camila havia conseguido o impossível, fazer um capricorniano chegar ao seu limite.


— Eu confiei em você, Camila! — As palavras saiam como facas afiadas a acertando em cheio — Você sabe o quanto eu prezo por confiança? Você tem noção do que você acabou de fazer?

— Pai — Camila tenta falar algo, mas seu pai a olha furiosamente.

— Como irei confiar em você novamente? — Ele senta no sofá e passa as mãos pelo o cabelo — Uma festa, Camila? Sério? Uma festa enquanto seu pai ia fazer uma viagem a negócios?

— Pai, eu... — Ele a interrompe mais uma vez.

— Eu sempre te dei tudo, e depois da morte da sua mãe, eu fiz tudo o que podia para não te ver sofrer, e o que eu ganhei com isso? Uma garota mimada que não tem limites. — Ele termina de falar e suspira, Carlos se levanta e fica atrás do sofá com as mãos agarradas no encosto.

— Eu não fiz por mal, pai, eu juro - Camila abaixa a cabeça — Eu chamei algumas amigas pra vim aqui, a notícia se espalhou, e quando vi, tinha muitas pessoas na nossa piscina.

— Camila, você tem noção do que fez? Você deu uma festa sem minha presença, subordinou a empregada, pessoas estranhas entraram aqui. Camila... podia ter alguém de má índole dentro da nossa casa.

Assim que as palavras de seu pai chegam a seus ouvidos, Camila se lembra do rapaz que conversou com Liz de manhã, seu pai tinha razão. Mesmo sentindo que estava errada, Camila não se arrependia de nada, foi perigoso, porém, foi o dia mais feliz da vida dela.

— Pai, você está certo, como sempre — Camila se levanta — Mas depois de todo esse tempo sem a mãe, eu fui feliz essa noite pai, eu fui quem eu realmente sou, sem medo, sem angústia, eu sorri como não fazia há bastante tempo e meus amigos estavam comigo. Nessa noite, eu descobri o quão importante é ter nossos amigos e as pessoas que amamos dentro de nossas vidas. Pai, eu vivi o melhor momento da minha vida, e você não estava aqui, como sempre, você nunca está!

Ela limpa as lágrimas que insistiam cair dos seus olhos e procura por firmeza para falar novamente.

— Eu sei que você faz seu melhor, trabalha pensando no meu futuro, mas já temos o bastante — Camila abre os braços — Olha, para essa casa, nós temos mais dinheiro do que podemos gastar, e você continua se matando de trabalhar como se não tivéssemos nenhum real, eu preciso do meu pai, não do dinheiro dele.

— Camila — Ele tenta ser duro em suas palavras, mas a única coisa que sai é um sussurro — Eu não... minha filha.

Carlos caminha até Camila e a abraça, lágrimas percorrem seu rosto enquanto ele a aperta em seu abraço. Ele ficou tão perdido com a perda de sua mulher e com uma pré-adolescente para criar, que se afundou em trabalhos para se distrair, mas acabou esquecendo que sua filha não precisava de bens materiais, e sim da presença de seu pai.

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