v i n t e e o i t o | d e c i s ã o |

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De volta ao seu lugar preferido, Camila se encontrava deitada em sua cama com a cabeça enfiada no seu travesseiro, seus sentimentos ecoavam dentro da garota que tentava a todo custo se recompor, seus olhos inchados já não havia mais lágrimas para ...

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De volta ao seu lugar preferido, Camila se encontrava deitada em sua cama com a cabeça enfiada no seu travesseiro, seus sentimentos ecoavam dentro da garota que tentava a todo custo se recompor, seus olhos inchados já não havia mais lágrimas para chorar. Uma confusão habitava dentro de Camila, ela não entendia aonde havia errado.

Camila nunca teve que se preocupar com o que teria que comer, ela sabia que sempre teria do bom e do melhor. Ela foi ensinada que vender, usar e roubar drogas era para os fracos, as pessoas entravam naquilo porque queriam, por pura preguiça de ir atrás de algo melhor, por vergonha de trabalhar de outra forma mais digna.

Camila estava errada, hoje ela entendia que na vida, há aqueles que fazem porque querem e aqueles que fazem porque necessita, e graças ao Breno, ela entendia o porquê dos professores afirmar que a melhora na educação poderia trazer mais oportunidades a quem precisava.

Camila se sentia estúpida por ser tão egocêntrica, se sentia mal por demorar a entender que nem todos têm as mesmas oportunidades, infelizmente para ela aprender isso, teve que perder o Breno, seu único amor.

Passos ecoa no corredor e Camila coloca o travesseiro em sua cabeça, ela não queria ver ninguém.

— Camila — Era a voz de seu pai.

Camila pensa duas vezes se irá abrir a porta, ela não estava preparada para olhar para seu pai e tentar explicar o que estava acontecendo, ela não estava pronta para dizer que sua vida amorosa era um fiasco.

— Filha abre a porta, por favor — Ele fala um pouco mais alto.

Ela se levanta e vai se arrastando com seu robe rosa até a porta. A porta é aberta e Camila evita olhar para seu pai, ela dá as costas e senta em sua enorme cama esperando ele começar aquela conversa.

— Naná me contou que estava chorando — Ele senta ao lado dela e acaricia sua cabeça.

— Breno terminou comigo, pai. — Ela responde olhando para seu pai.

Alívio foi o que Carlos sentiu ao escutar aquela frase. Seria ele um pai ruim por ficar aliviado ao escutar que o namoro de sua filha acabou? Ele se sentia bem com isso, pois em sua expectativa, Camila estava grávida ou ela estava com alguma doença para chorar tanto.

— Por quê? — Ele pergunta tirando seus sapatos.

Carlos cruza as pernas e Camila deita em sua perna.

— Ele acha que não daríamos certo por ele ser pobre — Camila esconde o fato das drogas, seu pai não precisava saber disso.

— Filha — Ele coloca a mão no cabelo de sua menina se lembrando de como o tempo passa rápido. — Breno está certo em partes, sabemos como a sociedade é machista.

— Eu sei pai — Camila concorda.

— Está enraizado nele que o homem que tem que trazer o melhor para dentro de casa, e para sua futura esposa. Meninos assim se sentem ofendidos quando suas parceiras tem mais dinheiro, eles se sentem inferiores. — Carlos tenta explicar sobre a fragilidade masculina.

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