1ºcapitulo

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"luana...” eu sacudia minha amiga.."luana, acorda!” cochichei desesperada e a empurrava.

“Ah mariana, o que foi?” ela resmungou, colocando o travesseiro sobre seu rosto. Lancei um olhar impaciente a luiza, que estava roendo as unhas de nervosismo ao meu lado.

Estávamos na casa de minha avó, e não eram menos do que uma e meia da manhã. Eu e Luiza, estávamos nadando e reclamando da preguiça de Luana, quando escutamos uma buzina vinda do lado de fora dos muros da casa.

Eu e Luiza nos entreolhamos assustadas, sabíamos quem era. Eles haviam nos ligado à umas duas horas atrás.

“Os meninos estão lá fora, luana!” falei impaciente e a vi levantar imediatamente da cama, toda descabelada. Previsível.

“O que?? Eles estão lá fora??” luana dizia afobada, enquanto andava de um lado para o outro naquele quarto de paredes amarelas.

“Sim luana, e se você falar mais alto, minha avó irá acordar e nós não iremos sair!” falei entre dentes, e minha amiga começou a trocar seu pijama pela roupa que usava antes de dormir. “Vamos...” cochichei e peguei a mão da luiza, que enroscou seu braço no da luana.

Havia uma gigante janela no quarto, era mais uma porta de vidro, que dava para uma sacada de pedra. Lá de cima era possível ver o carro do leonardo, e quatro garotos ao seu redor. É claro que meus olhos se prenderam em cima de apenas um. O sorriso brotou imediatamente em meu rosto.

“Hey garotas, desçam!” Leonardo, escandaloso como sempre, gritou, me fazendo fechar a janela atrás de nós imediatamente.

“Cala essa boca,leonardo! Quantas vezes eu tenho que dizer pra não gritar quando vir aqui?” eu estava cansada de avisá-lo, mas acho que ele estava bêbado demais para lembrar. Os outros garotos pararam de fazer barulho imediatamente.

“Vamos logo!” luana disse impacientemente feliz, e passou para o outro lado da grade da sacada.

Logo ao lado haviam outras grades com trepadeiras que enfeitavam a casa da minha avó. luana já descia por elas, e fernando  já estava a ajudando logo em baixo.

Depois foi a vez de luiza, e era óbvio que fernando  estava animadinho para ajudá-la. Assim que ela chegou ao chão, os dois foram em direção ao carro juntos.

“Hey amigos, obrigada por quererem me ajudar!” protestei a quantidade de pessoas que me ajudariam a descer as trepadeiras. leonardo estava ocupado demais cochichando algo para luana, e fernando e luiza estavam fora do meu campo de visão.

Pude escutar a risada de alguém conhecido, e vi os cabelos castanhos de mateus virem em minha direção.

“Venha, gordinha mimada...” ele fez uma careta e eu soltei uma risada cínica. Pulei a grade da sacada em direção às trepadeiras e as desci, com muita fobia, já que alem de alergia por aquelas plantas horríveis (na minha opinião elas deixavam a casa dez vezes mais rústica, mas vovó insistia que aquilo será a nova tendência), eu tinha um incrível medo de altura. O fato de que aquilo tinha apenas dois metros de altura não fazia diferença. Podia ser um degrau com 1 metro que ainda sim eu teria medo.

Quando eu estava a alguns palmos do chão, mateus colocou as mãos na minha cintura e me ajudou a pular.

“Fique sabendo que eu ficarei dois dias sem comer por sua causa, mateus...” dei um tapa em suas costas enquanto íamos em direção aos outros, que conversavam escandalosamente. Não sei qual a parte do ‘não façam escândalos’ ou ‘calem a boca’ eles não entenderam. Meus amigos sofrem de algum grave problema mental, isso é obvio.

“Você sabe que suas gorduras são seu charme, mari...” ele já disse encolhido, sabia que vinha mais tapas.

“Por isso você não namora ninguém, mateus, você é um grosso!” dei um murro em seu braço. Os garotos começaram a rir e zoar o idiota, que me lançou um olhar totalmente assassino. “Um a um, mateus. Estamos empatados...” falei rindo, dando um abraço em meu amigo.

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