Amor à primeira vista || JORTINI

|CAPÍTULO 5|"Deixa-me em paz"

Acabei de falar com a Martina sobre o Diego, o que me deixou um pouco mais feliz, mas ao mesmo tempo com receio de que eles se aproximem.

Flashback on

- O Diego é boa pessoa - disse com um sorriso falso - Tu e ele podia dar alguma coisa no futuro

- Eu não sei, ele é bonito, mas não acho que seja para mim - diz Martina olhando nos meus olhos

- Podiam tentar conviver um pouco - disse ainda sorrindo falso e ela olhou para mim desconfiada

- Não sei porque estas a dizer isso, eu acho que não quero nada com ele - diz Martina

- Se ele te convidasse para sair, aceitavas? - perguntei com esperança de ouvir um "não"

- Não sei - diz ela - Ele não faz muito o meu estilo

- E qual é o teu estilo? - perguntei curioso

- Garotos como tu - diz ela me tocando com um dedo e sorrindo

Flashback off

Passado 2 semanas....

Ruggero acabou de me dar a notícia de que Martina e Diego saíram juntos, finalmente ele conseguiu o que queria, depois de muito insistir, ele afastou-se de mim, acho que ele se aprecebeu que eu estou apaixonado pela Martina, sim eu disse mesmo, APAIXONADO!

Mas será que estão a namorar? Ou foi só uma saída? Mesmo assim, é mau para mim...

O meu mundo perdeu a cor, neste preciso momento, sinto-me tão em baixo, que nem me apetece fazer nada, apenas estar sozinho no meu canto, mas não é possível, tenho que ir para a escola.

Cheguei à escola, e hoje, pela primeira vez em muitos anos não fui ter com os meus amigos ao bar, mas sim fui direto para a sala, sentei-me e deitei a cabeça na mesa e esperei assim daquela forma que tocasse.

Começaram a entrar todos na sala assim que ouviram o toque, eu não levantei a cabeça para cumprimentar ninguém.

- Jorge? Porque não vieste ter connosco? - perguntou Mercedes ao passar por mim

Eu simplesmente fechei os olhos, e ignorei a sua pergunta.

- Eu vou-me sentar, mas depois falamos - disse ela

A professora de português entrou e fez a típica chamada.

- Jorge? - chamou a professora

- Aqui - digo levantando o braço, mas ainda com a cabeça deitada na mesa

- O menino está-se a sentir bem? - perguntou a professora de facto preocupada

- Não muito, será que posso ir apanhar ar? - perguntei levantando a cabeça

- Claro, passe na enfermaria para ver se tem febre - disse a professora amavelmente

Sai da sala e fui para o exterior da escola, pensar enquanto caminhava.

- Jorge espera! - disse uma voz feminina muito conhecida

Eu virei para trás, e lá estava ela, Martina, com os olhos postos em mim.

- O que se passa contigo? - diz ela se aproximando de mim

Eu não respondi, parecia que as palavras não queriam sair.

- Podes falar comigo, podes confiar em mim - diz ela me tocando no braço como forma de afeto

Eu simplesmente afastei o braço dela, e virei-lhe costas, continuando a caminhar, mas ela veio atrás de mim, sempre a falar.

- Não percebo porque estás assim - diz ela se colocando à minha frente e me amarrando os dois braços - Responde-me por favor - suplica

- DEIXA-ME EM PAZ - gritei e soltei-me dela, continuando a andar

Senti que ela ficou para trás, sentia o seu olhar em mim, sentia-me mal pela forma como lhe falei, mas era tarde demais para lhe pedir desculpas, ela já não estava lá. Fui um estúpido.

...

- Hey mano - disse Ruggero entrando no meu carro sem autorização

Eu estava lá dentro porque era o único sítio onde podia estar sossegado sem ninguém.

- Esquece a Martina - diz Ruggero

- E como se faz isso? - perguntei irónico

- Sei uma maneira - diz ele me olhando com um sorriso malicioso

- No que estás a pensar? - perguntei curioso e ao mesmo tempo receoso

- Tu, eu, logo à noite festa na casa do Pedro - disse ele a sorrir - Vamos?

- Não, nem pensar - digo

- Vá lá, a Martina de certeza que não vai estar lá - diz Ruggero me dando motivos para eu ir - Muito menos o Diego

- Está bem, eu vou - digo