Genes Mutantes

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— Que bom que pensou na minha proposta, Jeon. — Dizia MinHo assim que viu Jungkook entrar no beco em que marcaram de se encontrar.

Era escuro, havia algumas latas de lixo por ali, alguns gatos pulguentos. Era um típico beco mal frequentado de Busan. Aquela cidade parecia mais Gotham City.

— Me explica melhor isso, eu não entendi porquê é tão escondido.

MinHo fez um sinal com a cabeça, como se pedisse para que Jeon o acompanhasse, mesmo receoso, o moreno o acompanhou enquanto MinHo explicava.

— É uma clínica sem apoio nenhum do governo. Em outras palavras, ela é Clandestina. — Jungkook arregalou os olhos, parando de andar. MinHo olhou para ele que estava com a expressão assustada e riu. — Mas não é suja, nem precária. Ela só não tem o apoio do governo, ou seja, é ilegal.

Voltaram a andar, enquanto entravam numa porta de aço que curiosamente tinha reconhecimento facial, o que fez MinHo se curvar para ser reconhecido pela câmera.

— Se vocês têm a cura para o câncer, por quê que o governo não apoia? — Perguntou, ainda estranhando tudo. Estavam passando por um corredor de paredes beje, sem nada especial, o chão fazia barulho quando pisavam.

— Não só para o câncer, como pra AIDS, esquizofrenia e mais outras doenças que os especialistas dizem que não tem cura. — Se gabou, digitando uma senha pra abrir outra porta, também de aço. — Mas eles não apoiam pois aqui nós não só curamos as pessoas, como transformamos elas em super humanos. — Pode visualizar a expressão de confusão de Jungkook, podendo rir. — Rapmon irá te explicar melhor, é ele que irá te curar. — Quando a porta abriu, ele deu espaço para o Jeon passar, mas ficou parado ali enquanto o outro olhava em volta. — E é aqui que nos despedimos.

— Despedir? Como assim?

— Eu não posso entrar, eu só trago os pacientes até aqui. — Explicou. — Você pode entrar e esperar o Doutor Rapmon. E ah... — Pareceu lembrar de algo. - Preciso confiscar seu celular e documentos.

— Pra quê?

— Caramba, você faz muitas perguntas! — Riu. Jungkook deu de ombros, ainda esperando a resposta. — Aqui é proibido aparelhos eletrônicos, contém radioatividade. Já seus documentos, eu vou guardar numa pasta, você pode pegar quando sair.

Jungkook assentiu entregando seus pertences, como o celular, a carteira, chave da moto, duas tampinhas de garrafa e algumas embalagens de bala vazios que estavam em seu bolso, estava enfim de bolsos vazios e cheio de esperança. Antes que perguntasse mais alguma coisa para MinHo, a porta se fechou.

E então o que lhe restou foi explorar o lugar esperando o tal Rapmon aparecer.

Era uma espécie de quarto de hospital. Havia uma maca, algumas frutas numa mesa, um sofázinho e até revistas, o quarto era apenas tons pastéis.

Respirou fundo, sentando-se no sofázinho, ficando atoa, brincando com seus dedos. Até que sentiu um cheiro estranho e viu o quarto ficar coberto por fumaça. Se desesperou e levantou, tentando abrir a porta, mas ela estava trancada. Começou a sentir sua garganta fechando e suas pálpebras pesadas, e então caiu ainda tentando sair dali, até que perdeu seus sentidos e desmaiou ali mesmo no chão.

💣

Abriu os olhos devagar, fazendo uma careta quando sentiu a luz forte invadindo sua visão, tentou mexer os braços para tapar sua visão, mas não conseguiu, notando que estavam presos á maca. Se mexeu, desesperado, até que escutou uma voz ecoar próxima.

— Garoto, sussega!

Parou de se mexer e olhou em direção da voz. Era um homem loiro alto de ombros largos. Ele usava uma blusa de um azul bem chamativo e um daqueles harness que Jungkook lembrou que Jimin gostava de usar quando praticavam alguma prática de BDSM.

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