DEADPOOL

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🐰

Busan, Coréia do Sul
2015

Toquei a campainha pela segunda vez, segurando a caixa de pizza nas mãos, já começando a ficar impaciente.

Veja bem, eu acabei de sequestrar e roubar as roupas daquele maldito entregador de pizza, que na verdade poderia ter me vendido suas roupas facilmente por 40 mil wons, mas ele quis mais dinheiro, então não tive outra opção a não ser o acertar com um soco e lhe amarrar numa cadeira, o deixando na escada da saída emergência. Não antes de roubar esse uniforme ridículo.

Além desse trabalho todo, ainda tenho que esperar o outro dondoco abrir a porta.

Quando eu já estava pegando uma certa distância para chutar a porta, o garoto de óculos quadrados e um pijama quadriculado abriu a porta, me olhando confuso.

- Trocaram de entregador?

- Pois é, o outro teve um surto de alergia e eu tive que substituir ele hoje. - Menti, o vendo assenti, agora ficando sem expressão.

- Entre. Vou pegar o dinheiro. - Abriu mais a porta e eu entrei, olhando em volta. Era um apartamento comum, de um jovem Geek. Haviam quadros de Pokémon espalhados pela sala e algumas almofadas de anime no sofá pequeno. O garoto apontou para a mesa. - Deixe a pizza aí, eu já volto.

E então saiu. Tirei o boné, deixando em cima da mesa também, já incomodado com aquele negócio apertando minha cabeça.

Abri a caixa de pizza e, eca, é de abacaxi.

É um pecado horrendo colocar abacaxi na pizza. Pior, ainda colocam queijo. Abacaxi e queijo, mano, que nojo.

Mas pensando bem... Eu nunca experimentei.

Talvez seja cu doce meu. Tendo receio do desconhecido, que conservador, Jeon Jungkook!

Então peguei um pedaço, levando a boca, ainda com um certo desgosto. Mastiguei fazendo cara feia, até que minha expressão suavizou.

Não é que é bom?

Tenho que parar de ser preconceituoso com comidas.

Enfim, continuo comendo aquela fatia de pizza tranquilamente, até que o nerdzinho aparece com a carteira na mão.

Ele olha para a pizza na minha mão, depois para a caixa aberta faltando um pedaço e depois pra mim, que estou com as bochechas infladas como um esquilo.

- O que você está fazendo? - Perguntou, indignado.

- Não está vendo, oras? Tô comendo, ué. - Respondo, como quem diz o óbvio.

- Eu não irei pagar por isso!

Eu sorri de lado, pegando mais uma fatia, enquanto tiro a pistola da cintura, apontando para o garoto, que automaticamente arregala os olhos e dá um passo para trás.

- Ah, você vai sim.

- T-tudo bem... - Se rendeu, abrindo a carteira e tirando uma quantidade de notas ali. - E-eu pago, pode abaixar essa arma, por favor!

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