capítulo 2

15 2 1
                                    

Finalmente as aulas do primeiro período acabaram. Começo a andar em direção ao  refeitório, com uma cantina , várias mesas  e em um espaço verde com árvores. Do outro lado, vejo uma árvore com uma sombra que praticamente me convida para sentar ali.

Pego meus fones e me sento na sombra refrescante daquela árvore.Sempre gostei da natureza.
Checo minhas mensagens antes de escolher uma música que combine com este momento de paz, escolho Ava max - salt, Que deixa meu ânimo um pouco mais elevado.

Fecho meus olhos curtindo minha música, quando algum ser que não tem medo de morrer retira um deles de meu ouvido.
Abro meus olhos instantaneamente me deparando com Lucas sentado ao meu lado, colocando meu fone em seu ouvido.

Mas que intimidade é essa meu jovem? Tenho vontade de perguntar, mas fico quieta, então o ignoro , porém ele encosta seu ombro no meu e me causa arrepio, me faz dar um salto e pegar meus fones e sair atravessando o refeitório como o diabo foge da cruz . Neste meio tempo volto a secretária para pegar o número do meu armário que eu havia esquecido de ver. Me direciono para o mesmo, destranco e jogo os cadernos que não irei usar nas próximas aulas, minutos depois o sinal toca. Logo que coloco os pés dentro da sala, dou de cara com Lucas sentado em uma fileira, que por alguma trama do demônio, a sala que já está lotada tem somente uma única carteira vaga a sua frente.

Praticamente me jogo na carteira, sentindo os olhos de Lucas nas minhas costas, quando sinto sua mão em meu ombro quase lhe dou um tapa na cara mas ele é mais rápido e fala:
-Empresta uma caneta eu perdi a minha - Sua voz sai em um tom grave, sua respiração perto do meu pescoço, chega me causar arrepios, mas não me viro,por medo de ele ver meu desespero, meu coração dispara como se eu tivesse corrido uma maratona.
Pego a caneta no meu estojo, e lhe entrego ainda de costas para ele.
-Obrigada, e pelo jeito o gato comeu sua língua, não é mesmo Meleany - ele diz e solta um risinho cultural do fundo de sua garganta, que acaba quando o mesmo diz - eu não mordo princesa só se você quiser - ele pisca.
Neste momento minha paciência, que não existia,acabou. eu me virei dando de cara com ele, tendo pouco centímetros de distância do meu rosto, virei no mesmo instante, mas não o deixei me abalar.

-Você pode não morder mas eu sim. Sua mãe nunca lhe disse para não brincar com fogo? Pois se continuar, pode se queimar!!! - digo num rosnado de aviso para manter distância.

Por alguma glória a professora entra na sala não dando tempo para ele responder, ainda  bem. Porque mais um pouco ia ter barraco nessa sala.
Mesmo depois de minutos, ainda sinto meu coração martelar contra o peito e meu rosto quente.

O que esse menino tem que me tira do sério?quero bater naquele rosto tão lindo que ele tem. Mas ao mesmo tempo seria divertido ver ele brincando com fogo.

Sobre o Luar Onde histórias criam vida. Descubra agora