• Cuatro

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Narrador POV

Nenhuma das duas ousou a se mexer por pelo menos uma hora, até serem despertas pelo barulho de câmera. Camila é a primeira a despertar e franze o cenho ao ver que era Taylor que havia batido uma foto delas duas.

— Tão lindas juntas. — Ela sorri ao ver o celular e a latina ri um pouco sem graça. — Tem um quarto lá dentro, caso queiram ir.

— Taylor! Não deixe a Camila envergonhada. — Lauren desperta e olha para a mulher ao seu lado. — Você me fez dormir!

— Claro que não. Você que fez!

— Vou sair, porque eu tô de vela. Depois te envio a foto de vocês, maninha. — Acena e volta para a casa.

— É melhor a gente levantar. Tenho sono fácil, Lauren.

— Tão fácil que acabou me contagiando também. — Riram e acabaram levantando. — Quer saber? Vou levar esse violão para a casa. O meu tem dado problema, preciso levar à um Luthier.

— Ótimo. Assim você toca para mim, todos os dias antes de dormir. — Sorri, ansiando por isso.

— Ok, eu posso fazer isso, se você se comportar.

— Como é que é, Jauregui?

— Vai se fazer de desentendida agora, mon amour?

— Eu não sou o seu mon amour. — Camila diz, visivelmente nervosa. Lauren apenas riu e ficou em silêncio, enquanto dedilhava no violão. — O que vai tocar agora?

— Apenas uma melodia que vou improvisar agora.

Camila se manteve atenta à melodia suave que a morena começava a tocar. Com certeza era em tonalidade menor... ela não conhecia muito de teoria musical, mas sabia diferenciar as tonalidades maiores e menores. A mais velha tinha muita agilidade no violão e Camila observava isso pela forma que os seus dedos facilmente deslizavam pelas cordas.

— Isso é lindo. — Lauren sorriu e continuou a tocar, enquanto olhava nos olhos da outra mulher. O castanho e verde estavam cada vez mais sincronizados e dificilmente perdiam o contato. Era uma união tão bonita de se ver, quase como se fossem o sol e a lua, em sua linda história de amor.

A morena não ousou parar com o improviso no violão e começou a gravá-lo como áudio no celular. A latina só ficava ainda mais encantada com a melodia e se permitiu fechar os olhos, apenas querendo sentir a música pelos poros da sua pele bronzeada. Arrepiava-se à cada instante e mantinha um sorriso que lhe chegava aos olhos.

— Vou dar um nome à essa música. — Lauren informa, após acabar de gravar.

— Qual?

Camila.

— O que foi? — Ela não havia entendido o que a morena havia acabado de dizer.

— Dei o seu nome à música, lerda. — Balança a cabeça de um lado para o outro, sem acreditar na lerdeza da menor. A latina havia ficado sem palavras e encarou aqueles olhos verdes.

— Mas... por quê? — Indaga, ainda sem acreditar no que a outra havia dito.

— Porque a música é calma e agitada, como você. Possui algumas variações de intensidade e rítmica.

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