• Seis

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POV Lauren

Acordo e sinto a minha cabeça pesar, como se tivessem passado por cima dela com um caminhão. Mas logo respiro fundo e sorrio para a cena que vejo à minha frente.

Camila estava com as mãos enroscadas em meu braço, enquanto seu rosto estava bem próximo ao meu. Sinto uma vontade absurda de beijá-la, mas sei que não posso fazer isso. Falando nisso, o que ela está fazendo aqui na cama? Será que eu aprontei algo? Arregalo aos olhos e tento me desvencilhar dos seus braços, mas ela está tão agarrada que acabei deixando.

Fecho os olhos na tentativa de ser menos constrangedor quando ela acordar. Não demora muito para que ela comece a se mexer. Abro os olhos e encaro aquele castanho tão intenso. Suas bochechas adquiriram um tom rosado e ela observa a nossa pequena distância, depois tira as mãos que se apossavam do meu braço.

— Bom dia, Lauren.

— Bom dia, Camila. Dormiu bem?

— Sim. E você?

— Sim... mas me diga que eu não aprontei nada, por favor.

— Só deu um pouco de trabalho para tomar banho e tropeçou nas palavras. — Ela morde o lábio inferior para segurar o riso. Começo a corar e escondo meu rosto entre as minhas mãos.

— Que vergonha. Céus!

— Calma. Podia ser pior, mocinha.

— Realmente... — Tiro as mãos do rosto e volto a observá-la. Arregalo os olhos novamente e decido perguntar. — Camila, v-você me viu... sabe...?

— O quê? — Franze o cenho em confusão.

— Sem roupa. — Aperto os lábios e ouço a sua gargalhada.

— Cada pedaço seu... — Ela sorri divertida e eu começo a gaguejar mais.

— Q-que? C-como? — Eu estava nervosa demais, mas ela só começou a rir mais.

— A tua cara! Você caiu direitinho. — Sua gargalhada é tão gostosa, mas decido me fazer de durona.

— Ah, é mesmo? Acha bonito me enganar assim?

— Acho. E daí? — Ergue uma das sobrancelhas em clara provocação e eu decido me vingar.

— Certo, Karla. — Pulo em cima do seu corpo e começo a fazer cócegas com uma mão na parte do seu pescoço e a outra na barriga.

— Laureeen! Não! Por favor! Eu sou muito sensível à cócegas! — Ela gritava, enquanto gargalhava mais alto.

— Isso, se entrega de bandeja. — Começo a rir junto enquanto intensifico as cócegas. Ela tenta fazer em mim também, mas eu desvio das suas mãos. Uma hora eu resolvo parar, porque ela estava tão vermelha de tanto que ria.

— Você não pode se aproveitar do meu ponto fraco assim! — Me observa com os olhos semicerrados.

— Posso em certos casos sim. Ficou tirando uma com a minha cara e teve o que mereceu. — Sorrio, confiante.

— Idiota. Lauren...

— Sim?

— Você ainda está em cima de mim. — Sorri sem graça e agora que fui me dar conta disso.

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