Agente Manoban-(Lizkook)

Capítulo 2

Depois de almoçar e voltar ao trabalho era a hora mais torturante, me arrumar para o jantar. Tomei um banho relaxante e coloquei um roupão, sequei meu cabelo fazendo um penteado de sempre, um rabo de cavalo mais chique, deixando dois fios da minha franja, era algo sofisticado e simples que não desmontava se precisasse de lutar.

Fiz também uma maquiagem simples, contornei meu rosto delineando meus olhos em seguida, coloquei um pouco de brilho e preto como sombra e finalizei com um batom claro.

Por último vesti meu vestido preto, ele era lindo, tinha uma fenda nas pernas para permitir meu movimento se tivesse de chutar alguém, e também coloquei um short por baixo

Peguei minha bolsa e fui, dessa vez em meu carro. Cheguei em uma mansão enorme, muitos carros estavam parados na frente da residência, tentava ao máximo adiar minha entrada naquele local, o que não durou muito, rolei meus olhos e sai do carro, dando início à uma longa noite.

Entro pela porta sem ânimo nenhum, queria mesmo é estar em casa ou em alguma outra missão, não em um salão fingindo ser alguém que quer muito estar aqui, o que não é o meu caso.

Vejo alguns agentes da organização no meio das pessoas, eles vieram ajudar na missão e observar tentando descobrir quem era o tal BB, ele podia ser qualquer um, então tínhamos que ficar de olho.

Começo a observar e a cumprimentar os agentes e as pessoas que se encontravam perto da mesa de drinks, mentalmente repassava todas as mínimas informações que tinha e tentava conectar com as pessoas presentes. Andei pelo salão, observando calmamente como quem não quer nada, um sorriso fingido no rosto e uma taça na mão.

Avistei então um homem, ele era alto, um porte forte, vestia um smoking sobre medida e sua postura era perfeita, o modo como andava e agia me fez desconfiar, eu não o conhecia - E procurei a ficha de todos que iriam comparecer hoje - Caminhei então para mais perto, tentando escutar qualquer palavra que soltasse naquela conversa.

Fiquei próxima o bastante, mas nada ouvia. Estava de costas para ele, fingindo observar o arranjo de flor à minha frente, já havia notado um espelho na parede atrás do vaso, o que facilitou minha vida, assim conseguiria observar o homem ainda de costas.

Alguns segundos passaram e não escutei nada perto de mim, apenas o murmúrio de conversas paralelas do restante no salão. Olhei então em direção ao espelho, me surpreendendo com o olhar do homem me fitando, ele estava no mesmo lugar em que havia visto, porém a pessoa com quem conversava não estava mais lá.

Me virei para ele dando um sorriso de lado, levando minha taça a boca sem desviar o olhar, caminhando então de volta para a mesa de bebidas, fazendo questão de passar ao seu lado. Minha mente borbulhava teorias, e suspeitas sobre o homem. Mentalmente havia feito uma lista de suspeitos e aquele estava em negrito com flechas ao lado.

Meu caminho foi interrompido, assim como imaginei que seria, uma mão se encontrava em minha cintura.

Continuei virada para frente, sem me intimidar com o ato -confesso que minha barriga gelou com o ato, digamos que para mim íntimo. Minha vontade era de torcer aquele braço

-Por que a pressa? Acredito que não se importaria se dançasse uma música comigo, certo? - Disse o homem muito próximo de mim, quase em um sussurro em meu ouvido.

Me virei para ele com um sorriso leve, sem aparentar o desconforto com aquela mão em minha cintura, era só agir com profissionalismo, tudo funciona bem.

⁃ Seria um prazer - respondi então olhando o nos olhos, que tinha um ar brilhante e misterioso.

Coloquei a taça em uma mesinha ao meu lado e caminhamos para a pista de dança, sua mão irritante na minha cintura, coloquei meus braços ao redor de seu pescoço, perto o bastante para sentir seu perfume amadeirado. Que comecem os jogos!