Prólogo

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Seis Anos Atrás...

Por Isabel...

Olho pela janela a escuridão da noite. O céu nublado indicando que a chuva não demorará a chegar. Quem vê assim não diz que o dia inteiro o sol se fez presente em toda glória. Aqui do meu quarto observando o céu sem estrela, espero por ele que desceu para ir a cozinha pegar alguma coisa que eu não entendi direito quando falou.

O fato de está nervosa também não ajuda muito quando o assunto é prestar atenção em algo.

Hoje é o meu aniversário de dezesseis anos, e, depois de um dia inteiro me divertindo com o meu irmão, agora estou aqui com Saulo que, teve que passar o dia fora devido a sua vida misteriosa, mas antes de ir avisou enfáticamente que não abria mão de me ter essa noite. De ficar comigo para me mimar, amar e cuidar de mim.

Ouço o barulho da fechadura, viro-mr para encontrá-lo entrando totalmente despido da cintura para cima. O que me emociona é vê-lo sem jeito enquanto tem em mãos um bolo com cobertura de chocolate e umas velinhas pretas, — Minha cor preferida — ele apoia o bolo em umas das mãos e a outra leva a sua nuca com um movimento sem jeito.

Definitivamente não sei lidar com ele assim.

— Parabéns baixinha. — se aproxima, parando a minha frente.

Sorrio abertamente. Totalmente feliz em está comemorando o meu aniversário pela primeira com ele. Espero que o primeiro de muitos...

— Obrigado— Agradeço sussurrando, levando meus lábios aos seus, mesmo que para isso eu tenha que ficar na ponta dos pés. Já me acostumei.

— Hey, faça o seu pedido. — Se afasta sorrindo divertidamente e eu faço um biquinho. É sempre assim quando
beijo-o, talvez ele tenha medo de não conseguir parar se acabar ficando intenso demais, eu queria saber o que se passa em sua cabeça.

O fato de ser quatro anos mais velho, já torna nossa relação um pouco conturbada devido a sociedade, aquele tabu idiota de que não pode se envolver com alguém mais velho. Na minha humilde opinião o relacionamento sendo de comum acordo e os responsáveis estarem ciente, não vejo porque tanto mi mi mi
Eu entendo que não é em todos os casos que as pessoas são como ele – Responsável.

Lembro bem quando Saulo começou a frequentar a minha casa, à um ano, como amigo do meu irmão. Ele estava aqui todos os dias e as vezes até dormia na sala, acredito que Kaio confiava muito aponto de colocá-lo para dormir no mesmo teto que nós, então não contestava.

Meses se passaram e eu já havia me acostumado a sua presença constante aqui em casa. Um homem alto e forte, os cabelos cor de ouro chamava  atenção sempre, os olhos azuis transparente hipnotizava.

  Uma noite em que chovia muito aqui em São Paulo eu estava sentada no sofá da sala. Kaio não costumava demorar para voltar para casa, mas naquele dia ele demorou. Deu nove, dez e nada de dar sinal de vida. Eu ja havia ligado para todos os números de emergência mas ninguém ligava para uma criança.

Lembro como se fosse ontem,  quando Saulo irrompeu a porta todo molhado, respirando com dificuldade e bastante nervoso.

— O meu irmão, você o viu? — Perguntei correndo até ele desesperada.

Essa era a primeira vez que eu dirigia a palavra a ele.

— Kaio não virá hoje e pediu para não se preocupar. — Foi o que respondeu.

 COMPLETO NA DREAME - APENAS DEGUSTAÇÃO - EX PRESIDIÁRIO ©Onde histórias criam vida. Descubra agora