Os dois lados do amor

incertezas

O dia estava excepcionalmente bom, e olha que eu tinha acabado de acordar. Nem no celular peguei, Franchesca me fez um bem tão grande, que vou pedir a Paola para visita-lá, assim que possível claro e se a mesma não se incomodar, levarei um presentinho também. Já está na hora de ir pro estúdio, chego rapidamente,  queria falar com Paola logo mas as meninas me prendem no cabelo e maquiagem.
Finalmente saio do camarim a procura de Paola, no percurso alguns colegas da produção me dizem que ela está na cozinha, chegando lá vejo Paola e Pato muito felizes, os olhos de Paola brilhavam e Pato estava eufórico posso dizer. Ele estava tratando ela com tanto carinho que pareciam mais que amigos, mas isso não é possí..."Que bom meu amor." Essa frase me atingiu em cheio, podia ser um tratamento carinhoso? Podia! Mas porque me deixou assim, naquele momento fiquei tão estática que meus papéis caíram no chão junto com as pastas, ai os dois notaram minha presença...Peço desculpas, Paola me ajuda a pegar os papéis,  me lança um sorriso, mas eu estava chocada demais com tamanha cena. Eu vou embora sem dizer nada, gravamos boua parte do dia, e ficamos numa reunião de duas horas e meia falando sobre a repercussão do programa e que os fãs clubes apareceriam logo. Todos tinham algo a falar, mas eu não, estava tão perdida naquela cena de Pato chamando Paola de amor que nada mais me chama a atenção. Vou pra casa, completamente exausta, quando chego na porta, me ligam do estúdio para voltar...eu amo a Júlinha, mas as vezes ela me deixa um pouquinho enfurecida. Chego lá e resolvemos coisas sobre meu contrato, e logo volto pra casa, completamente estourada, já são 23:45 quando entro em meu condomínio, nem falo com o porteiro, não queria lhe tratar mal.
Entro jogo o casaco no sofá,  a bolsa e as chaves na mesinha de vidro onde tem um vaso com flores copo de leite. Subo, Gustavo fez uma enorme bagunça no quarto, mas não tenho forças para arrumar nada. Edit; preciso de uma empregada*tomo banho e visto uma camisa social de Gustavo e uma calcinha, desço e pego o meu cereal preferido, não era a melhor opção para uma janta, mas era o mais prático no momento. Sento na bancada de mármore da cozinha, e fico balançando as pernas como uma criança, pego a tigela e bebo apenas o leite, e como eu amo leite gelado. Antes de por os cereais, lembro dos exames que peguei hoje cedo, as tais que passaram a semana me tirando o sono, não significaram nada, a ansiedade de falar com a próxima lá. Pego os exames, e me encosto no fogão, antes de abrir sinto uma dor no peito, queria Gustavo ali, queria me sentir segura, mas ele estava dormindo. Ele deveria estar ali, afinal também se tratava dele, sim estavamos tentando ter filhos, Gustavo é 100% fértil e...eu também. Abro o teste e vejo o resultado:

Negativo eu repeti isso e fui caindo aos poucos não chão, não era a primeira vez que dava negativo, só que eu não entendia porque nunca dava certo. Me perdoe Deus, mas porque comigo? Eu fiquei no chão abraçada com o resultado, e adormeci ali mesmo.

Ouço barulhos de panelas e cheiro de café fresco e me levanto do chão, completamente destruída,claro.
-Ana?! Não vi você descer. A quanto tempo você tá ai?
-Não muito, Gustavo.
-Hum, você pode por o café na xícara pra mim?
-Claro, Gustavo.
-Você é tão boa pra mim, Ana.Um...preciso ir.
-Gustavo, não notou algo diferente na cama essa noite?
-Diferente? Não. Achei até mais confortável. Porque?
-Por nada.Gustavo os exames...
-Ah sim claro, e aí o que deram?
-...negativo.
-Ah Ana eu...eu já estou chegando ai, claro que eu sempre tenho tempo  pra você.
Quando Gustavo sai percebo 3 coisas; 1-meu namorado é um babaca, 2- só eu me importo com a gravidez e 3- algo ou alguém é mais importante para Gustavo do que falar de nossos futuros filhos. Como o dito cujo foi trabalhar, e eu não preciso ir ao estúdio hoje, subo de volta ao quarto, e literalmente me jogo na cama, não estava com cabeça pra nada, só peguei o celular para ver as horas, tem uma mensagem de Pato, até penso em responder mas só de pensar em ter que escrever isso me cansa. Vejo que são 09:37 e é a última coisa que vejo...Porque eu gosto é de rosas...acordo com o celular tocando, e sem o mínimo de pressa vejo na tela que é Pato, atendo;
-Oi Ana.
-Oi...Pato.
-Você tá de porre?
-Só se for de sono.
-Você ainda está na cama?
-Sim.
-Ana, já são 15:00 da tarde.
-Na-não são...É são, três horinhas.
-Rs, preciso que venha aqui comigo no estúdio...
-Ah Pato, mas pra quê???
-Ana! Você está agindo como uma criança. Una crianca muy fofa uma voz muito familiar ecoa ao fundo
-Quem disse isso?
-Ninguém! Vai vir ou não?
-Vou. Daqui a meia hora estou ai.
Pato tem o incrível poder de me fazer sair da cama quando não quero só pra ele falar qualquer coisa que poderia ser pelo telefone aff* depois de quase uma hora e meia chego no estúdio, eu disse que só levaria meia hora mas só eu sei a preguiça que estou sentindo...procuro Pato por todos os lugares, mas nada. Como hoje não é dia de gravação nosso estúdio está vazio,  mas só o nosso porque o resto...nunca vi tanta gente assim numa quarta a tarde. Depois de cumprimentar muita gente e rever algumas pessoas, lembro que Pato tinha feito um escritório improvisado bem no finzinho do corredor. Vou até lá, se não achasse eu iria embora, tenho muitas coisas importantes a resolver, como dormir...eu estou muito cansada, apesar de estar rindo meu coração tá doendo, ea falta de interesse de Gustavo ajuda para eu ficar pior...
-Mas isso é diferente, eu estou Grávida! Abro a porta sem prévio aviso e minhas orelinhas colidem com essa notícia; Paola está grávida...eu nem sabia que ela era casada gente! Ai penso ea Franchesca, a é. Você é uma burra Ana Paula.
-D-desculpem. Eu não queira atrapalhar! Falo envergonhada
-Não que isso Ana, tudo bem né Paola, afinal ela ia saber mesmo.
-É ela fala meio indiferente
-Bem eu volto depois...sinto como se tivesse encomendando
-Não Ana, espera.
-Sim?
-Vai Paola, fala pra ela.
-... sim Ana Paula, estoy grávida. Ela fala meio acanhada
-Não é maravilhoso? Pato fala alegre
-Isso é incrível. Mas eu já havia entendido isso, porque pediu que ficasse?
-Paola quer sair do programa.
-Pato!!!Paola o repreende como se não quisesse que eu soubesse. O porque eu não sei.
-Tá mas o que quer que eu faça?
-Ana, você entende das coisas, é casada e é mulher.
-Eu entendo Pato, mas se Paola quiser sair, não poderemos fazer nada!
-Você quer que eu saia? Ela pergunta
-Não! Eu jamais iria querer isso.
-Bem vai me ajudar?
-Foi pra isso que me tirou da cama?
-É, rs.
-...
-Bem me dêem licensa. Até mais ver. Ela fala triste
-P-Paola espera!
-O que houve dona Ana Paula? Ela pergunta num tom tristonho
-Vai sair mesmo do programa? Meu coração pede que seja mentira
-Eu não sei. Tem a Fran, casa, eventos, contas, Arturito e agora o bebê. Eu não sei se vou aguentar. Fala cabisbaixa
-Ei, é claro que vai aguentar. Você é uma mulher forte, bonita e decidida, e a tua força vem daí de dentro, e com esse bebezinho ai, suas forças e alto confiança só vão aumentar. Tento encoraja-lá
-Ah Ana! Obrigada, de coracíon♡
-De nada.
-Ana, você não ficou encomodada ao saber que eu estava grávida?
-Porque eu ficaria, Paola? Esse aí é um pequeno Masterchef, ele também é fruto do nosso amor me corrijo ao dizer isso.Assim de todos nós que te apoiaremos.
-Obrigada mesmo! Até mais ver dona Ana Paula.
-Até, dona Paola Carosella.
Aaah, saber que Paola está grávida mexeu um pouco comigo, claro. Já pensou ela sair do programa? Não iria ter graça alguma. Voltei com Pato, bati um pouco nele por ter me tirado da cama, e ele ri. Depois de tudo, volto pra casa, já eram 17:48 da tarde e eu queria comer, liguei para Gu trazer minha sobremesa favorita. Eu amo, pudim de maracujá, fico sentada até que ouço a buzina...
-Oi Gu
-Oi dona Ana Paula.
-Já disse; só Ana!
-Tudo bem, aqui está.
-Obrigada. Até mais Gu.
-Até, d-Ana...
Nem me sento direito e já estou louca pra comer, seja lá quem faça esse pudim, ela tem todo meu amor. Por Deus, é magnífico...me sujo toda com o pudim, pareço uma criança toda lanbusada, vou me limpar e limpar a bancada.
-Oi Ana.
-Oi Gus...aaah meu amor! Não precisava. Gustavo aparece com chocolates e flores
-Claro que precisa! Desculpa não ter te dado atenção logo cedo, mas vai ficar tudo bem, nos teremos nosso filho, não importa o quanto demore! Ele é um amor!
-Aah, eu amo você! Depois disses presentes maravilhosos, o clima ente mim e Gustavo começa a esquentar, eu só queria ficar agaradinha com ele e dormir...
-Amor...eu só queria dormir agaradinha com você hoje. Falo manhosa
-kkkkkkkkkkk, é sério isso Ana?
-É, ué, qual o problema nisso?
-Nada mais, é que...Você já me deixou animado se é que me entende...
-Tudo bem. Gustavo começou a beijar minhas costas, retira aos poucos a langerie preta que eu pus a instantes, ele está agindo com certa brutalidade, parece que estava desesperado, também não é pra menos, faz um tempinho que não transamos por minha falta de tempo e interesse. Eu não estava excitada, e me sinto um pouco mal por isso, ele me vira de frente, beija meu pescoço e desce sua mão esquerda até minha perna e começa a passear sobre ela, ele continua a me beijar do pescoço para baixo, até que ele retira seu membro da calça, segura a barra da minha calcinha me deixando apenas de calcinha e sutiã (sacanagem, rs) ele tira a mesma, e me penetra, eu não estava excitada e ele percebeu, então continuo estocando com mais força, eu estava tentando, mas não estava sentindo prazer....aquilo era estranho, já tem um tempo que não sinto tesão em Gustavo. Como ele continua, eu faço uns gemidos, me sinto super mal mas...ele continua tentando, pra não decepciona-ló começo a pensar em coisas excitantes, mas nada me vem a cabeça, ele retira seu membro de dentro de mim, me beija e quando eu penso que acabou, ele vai descendo beijando meu abdômen, e chega em minha intimidade, ele nunca tinha feito isso, mas acho que realmente queria me ver gozar. Ele põe a boca e começa a me estimular com sua língua, aquilo era estranho, mas...ele estava se esforçando, eu tentei...tentei mesmo. Ai eu tentei relaxar enquanto ele estava lá, começo a pensar em coisas banais, fecho os olhos e ponho me a pensar nas coisas que aconteceram durante o dia, desde a noite passada por ter dormido no chão, Gustavo não percebeu nada, não deu tanta importância ao resultado do exame,  ir ao estúdio, saber que Paola estava grávida, voltar pra casa comer pudim e...Paola, quando falei seu nome ele não saiu da minha cabeça, e ai comecei a lembrar daquela bela morena desde o primeiro dia em que a vi, e só notei agora o quanto é bela...belíssima na realidade. Cada curva, aquele corpo magrinho, mas incrivelmente sexy e delicioso um calor sobe por minhas pernas* aqueles cabelos,  suas pernas, e aquela boca, acompanhada daquele sotaque elouquecedor, minhas mãos buscam algo, encontro a nuca de Gustavo e precioso seu rosto contra minha intimidade, sentindo o orgasmo chegar...isso...Paola. Gozei, mas depois disso percebo que chamei por Paola, por PAOLA olho para Gustavo, mas acho que ele não percebe e cai exausto ao meu lado. Depois desse momento incrivelmente delicioso e de certa forma assustador, fico andando de um lado para o outro e me perguntando; porque diabos pensei em Paola desse jeito? ! Ela é espetacular e aquelas curvas...epa! Ai deux eu nunca havia pensado em nem uma mulher assim...mas ela é diferente, totalmente diferente de toadas que já vi, ai meu Deus, o que é isso que Paola causa em mim?!*