Tá quente aí?

1.4K 63 47
                                    

Vim da casa de Paola, em chamas, não sei oque aconteceu, eu gostei, admito mas, isso parece tão errado. Preciso falar com a Vii.
-Oi Aninha
-Vitória, eu quase beijei a Paola! 2 vezes!!
-Ok, eu espero que você tenha ao menos encostado na boca dela, por que eu quase fui atropelada, por sua causa! E se não...você me deve um jantar!
-Ai não, desculpa!
- Ok você me deve! Mas como foi que isso aconteceu?
-Tá bom!!! Sei lá, depois do consultório fui pra casa dela, aí surgiu um clima e ficamos bem perto, tão perto que ainda sinto seu cheiro... posso ver ela aqui
-ANAAAAAA!
-O-oi!
- Você ficou sonhando acordada com ela.
-Aí, oque eu faço?
- Eu indo pra i
-Q?
- Eu indo pra sua casa, o Gustavo ?
- Não, ele trabalhando.

*Dindon*
- Você se teletransportou para foi???
-Boa tarde pra você também, Ana. Sim estou bem! Não, não morri quando você quase me fez bater no poste, no meio do trânsito caótico de São Paulo...
-Me des...
-E no fim de tudo você nem beijou a Paola...aff!!
-A Vitória, eu te chamei aqui pra me ajudar, poxa!
-Tá , desculpa!! Mas pensa bem...foi um choque pra mim.
-E pra mim que QUASE beijei à Paola. À PAOLA! A Fran podia ter descido as escadas na hora, o Lowe podia ter chegado na hora, tanta coisa podia ter acontecido!!
-Ei Aninha, calma!! Você fala como se tivesse acontecido, mas não aconteceu(infelizmente).
-É que, é que...
- Você queria?
-Queria!
-A é?!
- Não! Eu, eu não sei oque, oque...
-Aninha olha bem pra mim, respira fundo, agora inspira. Pronto. melhor?
- Tô, eu sim mas, a minha cabeça rodando...
- Você precisa beber algo pra se acalmar.
-Me um copo de água com açúcar.
-À não! Você vai tomar um uísque, vai ser MUITO melhor pra você.
-A não Vitória...
- Só que aqui, como nós sempre dizemos;"Existem 2 coisas que não se negam à alguém; um beijo e...
- um copo de  cachaça". A gente devia mudar isso. Me dá mais uma!
-Quer mesmo mudar nosso lema?
- Só você pra me fazer rir.
-Agora me fala, oque aconteceu lá? Contar detalhadamente sobre oque ocorreu vai te ajudar a se acalmar, e...vai matar minha curiosidade.
-A, nos saímos do consultório, entramos no carro, chegamos até rápido na casa dela e...
- Não precisa ser TÃO detalhadamente, né?!
-Precisa sim, agora fica caladinha.
-Tá bom.
- Eu elogiei a fachada da casa dela, entramos ela me apresentou os cômodos de baixo...tá vou acelerar!
-Aêêê.
-Fran subiu, e Paola ficou fazendo joguinhos, palavras de duplo sentido. Eu não sei...acho que foi coisa da minha cabeça.
- Como assim Ana?
-A, Fran me levou para ver as bonecas dela e vi várias fotos dela, da Paola, e...
-E?
-Do Sr Lowe.
-O que tem?
- Como "o que tem"? Eu quase beijei a mulher dele...quase!
-Mas não beijou.
-Mas eu queria tanto...aí Deus, minha cabeça dói.
-Ana, você ama ela?
-Amar? Não, nem teria como, eu tão confusa. Quem eu quero enganar? Eu AMO sim!
- Eu acho bom você se acalmar logo, respirar fundo...e conversar com ela!
-Conversar com ela? Nem pensar!
-Ana você tem que esclarecer isso com ela. Não pode ficar ne ssa dúvida!
- Eu sei mais...
-Mais nada! Eu sei bem que vocês gravaram toda a temporada, e a barriga começando a aparecer, daqui à pouco ela nem sai de casa, ela tem uma certa idade, então a gravidez é de risco, ela não pode se esforçar.
- Você se especializou em obstetrícia, foi?
-Ana, eu falando sério! Amanhã você vai falar com ela, porque eu sei como isso vai te afetar, eu sei como isso vai te fazer mal, e vai te tirar o sono.
- Você me conhece tão bem.
-É, ao menos dessa vez eu sei como te ajudar.
- Você sempre me ajuda...obrigada minha amiga!
-Tá tá, então resolva isso amanhã mesmo para não ser como da última vez...
-Shh!! Ninguém pode saber disso!
- Eu sei, segredo de estado.
-Isso mesmo. Agora, porque eu tenho que falar com ela exatamente amanhã?
-Alôô, Amanhã é o Baby chá! O qual VOCÊ ia organizar.
-Aí pqp! Eu esqueci completamente!
-Ana Paula de Vasconcelos Padrão, não me diz que você esqueceu de organizar tudo?!
- Não não, eu esqueci de comprar uma roupa nova pra usar amanhã.
-Aí ainda bem...
-Ainda bem? Você do lado de quem?
UMA roupa, Ana.
- Victoria, é a casa da Paola, com toda a equipe, a família da Paola, os jurados, e até você...
-Eu?
-Claro! Não recebeu o convite?
- Eu não, acho que você tava ocupada demais, sonhando com a Paola.
-A Victória...
-Desculpa eu não podia perder essa!
- Eu ainda tenho que ver se o buffet confirmado, as bebidas, a recepção.
-Ana calma! Respira, vai dar tudo certo. Espera! A família do Lowe vai estar lá?
-Acho que sim, né?!
-O pior...Lowe vai estar lá!
-Arrg, que ódio. Ele não podia faltar?
-É o filho dele! Kkkk
-Kkkk
-Aliás, na última consulta da Fran, comigo, Paola ainda não tinha completado 4 meses, como sabem o sexo do bebê?
-Não sabemos, essa parte ela que resolveu com buffet, acho que vai ser tipo chá revelação.
-A, entendi. Bem, eu tenho que ir, você tem muita coisa pra fazer...
-É, até amanhã.
-Alias, Ana você comprou um presente?
-É...
- Eu sei que você fez tudo mais, você é a madrinha!
- Eu vou comprar, eu vou conseguir!
- Eu sei que vai, tchau Aninha.
-Tchau Vii.
Vitória saiu e eu senti o parte do peso de minhas costas indo com ela. Ainda precisava rever os últimos detalhes, comprar a roupa e o presente, já vi que não vou dormir essa noite. O sol fez questão de me acordar já que não ouvi o despertador ou melhor...já que eu joguei ele no chão com tamanha força, posso dizer. Não ouvi Gustavo chegar, e sinceramente isso não me importa, apenas me vesti e fui direto para o salão de beleza e no meio do caminho ia vendo os últimos detalhes, tinha que tá tudo certo pro chá do bebê de Paola. Era extremamente importante tudo dar certo, as meninas falam amenidades enquanto me arrumam, eu só penso em Paola e em como vou olha-lá depois da tarde ontem.
-Ana.
-O-oi.
- Você gostou?
-Sim, está maravilhoso! Obrigada. Sai do salão totalmente perdida. Minha cabeça dói e meu estômago parece girar ou é ao contrário. Me sinto uma adolescente, e isso eu já não sou faz tempo. Paro na frente da primeira vitrine que vi, tem vestidos longos e muito lindos, mas sou tão pequena que é capaz de eu sumir lá dentro...aff. Outra loja, vestidos mais despojados, tenho tanto medo de passar vergonha na frente de todos... que angústia!
-Boa tarde!
-Boa-boa tarde!!
-A senhora precisa de ajuda?
-Procuro um vestido para ir à um baby chá.
-A
-Mais eu não sei se ainda vou.
-Bem...
-Mais eu tenho que ir porque eu sou à madrinha...meu Deus!
-Senhora...
- Eu vou surtar!
-Ana Paula!
- Como você sabe meu nome?
-A por favor, eu te assisto desde que apresentava o Jornal Nacional.
-A, rs.
-E eu vendo que você não tá bem.
- Não estou, mais vou ficar. Obrigada pela preocupação, mas não vou levar nada. Melhor eu ir pra casa.
- Só que eu não posso te deixar assim.
-Já disse que vou ficar bem.
- Eu sei como esse seu "ficar bem". É aquele de chorar mais de 10 litros, e depois sorrir como se nada tivesse acontecido, mas dessa vez não vai ter o choro. Vem!
-Pra onde você me levando?
- NÓS vamos almoçar!
- Não precisa disso. Eu almocei
-PRECISA SIM! Agora você vai ficar sentadinha e vai escolher sua comida.
-Tá bom...
-Desculpa eu me exaltei, eu nunca gritei com uma celebridade, kkkk.
-Tudo bem, ajudou à me acalmar. Obrigada!
-Hmm, agora, quer contar oque acontecendo?
-Acho melhor a gente pedir primeiro.
-Tudo bem, me ignore...mais uma hora ou outra você vai falar!
-Rs, você é engraçada!
-É, eu sou. Desculpa por não ser um daqueles restaurantes chiques que você acostumada...
- Nada disso, eu amo comidas simples, aliás , tem MUITO tempo que eu não como um hambúrguer. Que saudade!
-Ok! Resolvido. Garçom, 2 hambúrguers!
- Você é maluquinha, rs.
-É um dom...
-A, kkkkk.
-Bem, eu falei demais de mim, agora fala de você.
- Não sei oque dizer. Você disse que me via no Jornal Nacional, me diz você, oque sabe de mim?
-A, filha única, é natural de Brasília, muito apaixonada por crianças, namora o gerente geral do spotify, ama animais apesar de não ter nem um até agora. Começou no jornalismo muito cedo, passou pela Globo, TV manchete e está na band 15 anos. Tem um programada chamado tempo de mulher, e duas empresas em construção. Esqueci de algo?
- Eu acho que não, nem eu me conheceria tão bem. Aliás, como você sabe das empresas?
- Eu sigo seus passos, mulher.
-Fico lisonjeada, mais caladinha sobre as construções, Ok?
-Ok! Agora...
- Com licença moças.
-Obrigada!
- Eu acertei tudo oque eu falei sobre você até agora, né?
-É, acho que nem minha melhor amiga me descreveria tão bem...
-Fico horanda mais...por que você não me conta sobre ô baby chá?!
-É...
-Ana! Eu não estou fazendo isso porque você é famosa, estou fazendo isso pela humanidade que tem que existir entre nós, eu deixei a fãn maluca que existe aqui, para dar espaço à Bia "normal". E eu não com gravador, se quiser me revistar pra se sentia mais segura...
- Não, rs. Por algum motivo eu confio em você.
-Então...
-Bem, tem uma garota, na verdade...uma mulher no meu trabalho. Desde que eu vi ela a primeira vez há 3 meses atrás, parece que ela é diferente...
-Diferente como?
- Eu não sei. sei que ela é diferente de todas as mulheres que vi. Bem, ontem eu fui pra casa dela, a gente quase se beijou, foram centímetros. que eu tive medo e sai correndo de lá.
-E porque você sentiu medo?
-Porque ela tem marido, filhos. EU sou a madrinha do segundo filho dela. Ela devia estar confusa...
-Ana, eu duvido bastante que a Paola estivesse "confusa".
-Pode ser que sim, Bia. Ela tava meio...espera! Como você sabe que é a Paola?
-Nus poupe, né Ana?! na sua cara que é a Paola. Seus olhos brilharam na hora em que você falou sobre o quase beijo, e a forma que fala dos filhos...aaa você sente amor por eles, tanto quanto sente por ela.
-Tá tão na cara assim?
-Sua boca não projeta, mais seus olhos dizem:"PAoLA".
-Aa, porque ô "o" é minúsculo?
-Porque o PA ficam no olho esquerdo eo LA no direito.
-Eô "o"?
-Ficam no nariz, assim você lembra do nariz dela.
-Aquele nariszinho fofo!
- vendo?
-Aaaa, eu me sinto horrível!
-Ana, demostra esse sentimento pra ela. Se ela corresponder....ótimo! Se não, tudo bem também. Ninguém acerta o tempo todo.
- Você faz parecer como se fosse fácil. É À Paola!
- Esse é o seu problema. Fica exaltando tanto a Paola que esquece que ela é uma mulher simples e comum, que pode muito bem se apaixonar e amar você.
- Você tem razão!
- Meu horário de almoço acabou. Até mais Ana.
-Não vai me esperar?
- Você não ia embora?
-Embora? Eu vou comparar meu vestido! Vou arrasar nesse baby chá!!
-Assim é que se fala!
- Esse foi o almoço mais longo da minha vida, e olha que eu não comi nada! Toda a confusão me deixou de estômago embrulhado
-Haha, prometo compensar com um jantar!
- Vou cobrar!
-Ok!
-Qual estilo de vestido você gosta?
-Hmm, me surpreenda!
- Que tal?
-É esse mesmo! Não me mostre mais nem um! Vou levar este!
-Ok, a senhora quem manda!
-Obrigado Bia, por tudo!
- Que isso...eu que agradeço! Até mais Ana.
-Alias, você é ótima em vendas, mais teria um grande futuro aconselhando as pessoas. Até mais Bia.
Fui até uma loja de brinquedos, logo vi uma ursinho branco, era tão simples, mas tãooo cativante, não pensei duas vezes, pedi pra embalarem e fui pra casa, estava exausta, mais não era hora para sentir dor. Me maquiei, me vesti, tomei um comprimido e analisei se estava apresentável. Dentro do carro entre olhadas nos espelhos e chamadas ao telefone,me róia de medo, raiva, perturbação e um pouco de ousadia.
- Eu estou com medo!
- Do camarão?
-Não!! Desculpe, não estava falando com você. Mais vou querer o coquetel sim! Estou quase ai.
-Ok dona Ana Paula, lhe aguardamos! Com o celular no alto falante, tenho medo de ter falado mais do que do camarão para o rapaz da organização...Sinto que vou enlouquecer, penso em voltar umas 3 vezes, mais parece que Bia surge na minha frente. Já vi ela umas 5 vezes. Madre de díos! Um pouco de trânsito superado e aqui estou, muita gente chegando, ainda nem entrei e já perdi o fôlego. Aí, 3 respiradas e lá vamos nós! A porta estava entre aberta, quando eu a empurrei, pareceu que todos pararam, e um holofote veio até mim,sim um holofote, o pessoal da organização caprichou! Estava sendo cegada por aquela luz forte e quente, me senti na mira do helicóptero da polícia por algumas estantes, até que sinto uma mão grossa e pesada me puxando.
- Uma salva de palmas para a responsável por tudo aqui;ANA PAULA PADRÃO!!!
Por dentro: se ele souber que eu tô louca pela mulher dele, e quase à beijei, estaria fazendo outra coisa com as mãos e não seria aplaudir. Aí meu pescoçinho.
Por fora: Obrigada, obrigada! Não foi nada. tentei ser uma boua amiga e madrinha.
-Ainda é modesta!! Vamos aproveitar!
Esse momento foi pior que prova de fogo no inferno. Algumas pessoas vinham falar comigo, e eu penso:"mais eu sou SÓ a madrinha" até que eles vão me deixando. Finalmente chego até a mesa onde estão o bolo e outras coisas, está tudo tão lindo, será que Paola já viu? Aliás, onde será que anda a dona bonita. AGORA me sinto segura para falar com ela.
-Ollá. Falei cedo demais. Foi só ouvir aquele sotaque argentino gostoso, por cima do meu ombro que eu cai, todas minhas estruturas foram ao chão. Paola me afeta de um jeito, mais de um jeito gostoso de se sentir. Aí lembro que ela ainda tá lá esperando a minha "resposta".
-Olá Paola, tudo bem?
-Estou ótima, mais pensei que usted não ia me responder, fiquei triste...
-Não, eu só estou um pouco distraída.
-A, você está bem?
-Sim, estou, e você?
-Bem também. Paola estava linda naquele vestidinho preto básico, sua barriga já demonstrava que não andava só, à cada dia nosso filho se mostrava mais.
-Ana, eu queria falar sobre ontem...
-É, eu entendo Paola, você muito confusa com tudo, e tem os hormônios que estão  à flor da pele, Eu entendo.
- Eu queria aquilo...espera! Hormônios? Eu falava como uma tagarela, parceria um papagaio ambulante
-É, são muitos hormônios por conta do bebê...
-Cla-claro, você tem razão, afinal não teria outro motivo...
-É. Ficamos num breve silêncio até que ela fala de novo, já estava esperando o convite formal para sair da casa dela...
-Ana, é...quer dançar comigo?
-Claro Paola. Mesmo que nossa diferença de altura seja considerável, consigo me encaixar entre o vão do  seu pescoço e seu peitoral, senti o cheiro da mulher que está me tirando do sério, eu não estou conseguindo entender de onde saiu essa música de Caetano, mas eu gostei, e vou ficar aqui, até não poder mas...
-Ana tem algo que eu quero te dar faz tempo.
-Me dê, Paola. Naquele momento eu senti o beijo mais doce do mundo, e o toque mais gentil que passou por meu corpo, nos  conectamos de uma tal forma que não consigo expressar, senti um leve apertão na minha cintura, Paola sabe me tirar do eixo.
-Esqueci que tínhamos que respirar,rs.
- Haha, eu também. Nós pusemos as testas encostadas uma na outra, ainda um pouco ofegantes, olhamos ao redor para ver se alguém havia visto o beijo, mas parece que não, alguns parentes de Lowe estavam felizes demais e chamaram toda atenção para si, até que descolamos as testas e
-Finalmente! Será que eu posso ter minha linda mulher pra mim?
-A, é claro Sr Lowe. Jason aparece no meio do nada, e isso me assusta
-Por favor Ana, sem "Sr", haha.
- Tudo bem, Sr...Lowe. Desculpa, Eu não consigo,rs.
-Minha esposa  sempre formal.
-Gustavo??? O chá revelação não era só para saber o sexo do bebê, mais sim para saber quem roubou a mulher de quem?
-Oi amor!
-Oque está fazendo aqui?
-Vim para o chá revelação do seu sobrinho. Fiz mau?
-Hum, é claro que não! Lowe fala como se o conhecesse à anos
-Bem, é que eu não sabia que você vinha...
- Eu não poderia deixar de ver o resultado de todo o trabalho que minha esposa teve.
-Desculpe, você disse esposa? Paola deu uma daquelas olhadas que ela dá no Masterchef sabe? Tipo:"tomara que alguém te cancele"
- Sim! Que descuido meu, Gustavo Diament, marido da Ana.
-A, muito prazer,Paola...
-Nem precisa terminar, Ana sempre fala de você!
- A é? Ela me olhou com uma cara de:"fala mesmo?"
-Sim, lhe tem um carinho muito grande.
-Gustavo por favor, vai me deixar sem graça.
-É, e vai me deixar com ciúmes, haha.
-É, eu não sabia que se conheciam...
-Nos conhecemos à pouco, é que de cara descobrimos algo que temos em comum.
-E oque seria?
-Nós dois tínhamos esposas desaparecidas! Haha
-Achou!
-E , quanto tempo tem o meninão?
-A, tem  4 meses completado hoje.
-Meninona* é uma princesa!
-Ana diz que é um menino.
- Vai por mim, intuição de pai. Lowe bateu no peito como se soubesse de algo...bobinho
-Vamos ver, Ana não costuma errar...
-Dona Paola, vamos! Está na hora de revelar o sexo do bebê. O pessoal da organização chamou Paola, e ela me deu um último olhar desconfiado.
-A claro, então vamos! Estavam um alvoroço e todos gritavam, tinham flashes aos montes,tinha medo de que todo barulho assustasse o bebê, mais à essa altura do campeonato Paola não liga mais para mim.
-Corta! Corta!
-E é menino! Paola me lançou um olhar cúmplice, oque me trouxe um pouco de esperança, mais logo ela voltou à sua postura anterior. Mais no fim eu sabia, era um menino que vinha aí, e por alguns instantes fiquei ali perdida nesses bons pensamentos.
-Então, acho melhor esquecermos isso que aconteceu aqui. Paola surgiu do nada por detrás de mim.
-Paola...
- Você tem um marido, Ana.
- Você também, Paola!
-É diferente...
- Diferente por que?
-É, é difícil de explicar!!
- Você pode me mostrar onde  é o toilet ?
-Claro. Lowe querido, vou levar a senhorita padrão ao banheiro, volto.
- Tudo bem minha vida.
- Pode usar o do meu quarto.
- Esse é o quarto do bebê?
-É sim.
- Eu posso?
- Eu acho melhor não...
-Paola por favor.
- Tudo bem Ana.
-Tá tudo tão lindo.
- Você fala como se não fosse suspeita
- Como assim?
-Ana! Foi VOCÊ que escolheu tudo.
-A é. Acho que eu fiz tudo como se fosse pro meu próprio filho.
-E eu agradeço por isso, por todo esse carinho com ELE.
-Paola, eu preciso te falar uma coisa...
-Ana é melhor a gente esquecer isso, as duas são mulheres  casadas e bem vividas pra embarcar nessa aventura que é nitidamente falha.
-Nossa Paola,cala boca! Nessa hora deixei o espírito de Bia me guiar
-É oque?
-Cala a boca e me escuta. Desde a primeira vez que eu te vi...eu quis te beijar! Quis beijar essa boca linda com esse sotaque argentino que me deixa louca, você não tem noção de como estão sendo minhas noites desde que a vida cruzou seu caminho com o meu. Eu nem transo mais direito, só penso em você, e quando eu retribui seu beijo em baixo, foi por que eu quis e eu sei que você me beijou por que quis também, não tem nada haver com hormônios, isso era uma desculpa pra fingir que eu não queria e olha eu quero muito te beijar até a minha boca cair!!! Nossa que alívio! Uffa!!
-Ana, eu não sei nem oque dizer.
-Não diz nada Paola, me beija.
- Não é tão simples assim!
-É sim minha bonequinha...você passou meses tirando meu precioso e limitado sono. Eu saí num sábado de manhã pra achar o presente desse menino lindo que tem todo meu amor, e  agr estamos aqui. Então por favor me beija!
-Esse é o seu presente? É lindo!
- Vou ganhar meu beijo agora?
- Vai sim Padrão! Mais uma vez eu senti o beijo mais incrível e doce do mundo, Paola é tudo, não aguento, essa mulher é perfeita em todos os aspectos.
- Mais uma vez esqueci que tínhamos que respirar...
- Eu também, mais tava tão bom.
-É mesmo! Ana eu amo você!
- Eu também te amo Paola! *Eu disse que amo em voz alta*
-Acho que temos que nus encontrar mais, esses beijos longos podem fazer mal pro bebê.
-Deus nus livre, nosso menino vai crescer forte e saudável.
-Ana, tudo maravilhoso agora, mais em baixo está nossa realidade.
- Vamos enfrentar juntas!
-E a Fran?
- Eu tenho certeza que ela vai amar nos duas juntas.
- Mais e Lowe e o senhor Diament?
-Damos um jeito, conversamos com eles, não podemos fingir que nada está acontecendo!
- Eu tenho medo, não quero mais confusões.
-Não terá. Meu celular vibra, é Gustavo...
-Gustavo está me procurando, assim que descermos nos falamos com eles e vamos encarar tudo, ok?
-Ok! Mais vá na frente, vou logo em seguida.
-Ok meu amor, eu te amo! é tão bom poder finalmente falar isso em voz alta. Desci quase flutuando, tirei um peso das minhas costas, é tão bom ser verdadeiro com quem se gosta.
-Ana, você viu  Paola?
-Não, ela me mostrou o caminho do toilet, e sumiu. Cínica
- Eu preciso falar com ela, minha família à está procurando. Aliás, tenho que lhe dar os parabéns...
-Pelo quê?
-Ora! Acertou que o bebê é menino!
-A, isso...foi apenas intuição de mãe.
- Você tem quantos filhos?
-Nem um. Quer dizer...vários do coração, mais infelizmente nem um biológico.
- Com certeza terá belos filhos!
-Que assim seja. Achei fofo
-Ana? Vamos!
-Espere Gustavo, eu e Paola precisamos falar uma coisa antes.
-O Que é?
-Tenho que acha-lá!
-Ali está! Venha meu amor. Um clarão veio aos meus olhos e quando dei por mim Paola já havia rolado toda a escadaria e tinha parado bem ali na minha frente, por alguns segundos eu fiquei estática, foi como se aquilo não tivesse acontecido, mais aconteceu, todos correram para socorrere-lá mais  haviam  os curiosos. Sai à passos largos empurrando tudo e todos à minha frente, até que pude colocar a cabeça dela no meu colo, suas mãos não saiam da barriga, como se ela estivesse literalmente segurando o bebê. Fomos para o hospital as pressas, nunca se viu uma sala de espera tão cheia, Gustavo estava me tirando a paciência para irmos embora, mais eu não podia deixar a minha princesa daquele jeito...
-Quem é o marido de Paola Carosella?
- Sou eu! Sr Lowe se levantou rapidamente, eu quase esqueci que ainda não estou casada com ela, mais é só questão de tempo...quero tudo com essa mulher!
-A queda foi realmente assustadora mais não tivemos grandes sequelas..
-Quando ela vai poder ir pra casa?
-Ela precisará ficar em observação por uns dias...
-Doutor, e o bebê?
-A senhora é irmã dela?
-Não! Sou amiga...
-Esta é Ana Paula Padrão, a madrinha do meu filho!
-A, é claro! Me desculpe não reconhece, estou sem meus óculos de bolso.
- Tudo bem, e o bebê?
-Bem, infelizmente... depois do infelizmente eu não ouvi mais nada, parece que eu havia perdido mais um filho, foi como se tudo desmoronasse, só quem passou por isso sabe como dói, eu precisava ver Paola.
-Doutor, eu posso vê-la? Claro, se o Sr Lowe não se importar...
-Pode ir Ana. Meu coração estava à mil, eu só precisava ver se Paola estava realmente bem, mesmo depois de perder o bebê.
-Paola.
...
- Como você está?
...
-Quer que eu ajeite o seu travesseiro ou peça alguma coisa pra enfermeira?
-No Ana! No quiero nada! Agora saia daqui!
-Paola. Eu entendo que você está frágil, mais ser grossa comigo não vai adiantar nada.
...
-Olha, me desculpa, eu não poderia esperar outra posição de você, eu entendo, já senti o mesmo...
-Chega Ana! Saia daqui!
- Mais oque eu fiz?
-Bagunçou toda a minha vida desde que entrou naquela maldita sala, naquela maldita reunião!
O silêncio dela era mortal, agora o som de suas palavras são afiadas como facas...doeu demais ouvir isso, e eu nem sei como reagir, apenas sai, como ela queria.
-Senhora Ana Paula, como Paola está ?
-Ela...está precisando do senhor. Até mais ver Senhor Lowe. Fran chegou e apertou meus joelhos com os braços, me olhou com um olhar profundo e triste, doeu demais. Ela me pedia uma resposta mais eu não conseguia falar nada sem chorar, sai sem olhar pra trás.
- Você tá bem, Ana?
...
Será que ele é tão tapado assim?. O percurso foi tranquilo, eu falo do trânsito, porque meus batimentos estavam no ritmo de uma escola de samba, estava à ponto de explodir até que vi minha casa e senti um certo alívio, abri a porta e senti falta de algo quem sabe se um bichinho de estimação...mais não é hora pra pensar nisso, só preciso de um banho longo e de algum método alguma coisa que me faça esquecer os doces é ferozes  lábios de Paola Carosella...

A Margarida apareceu😋vocês que lutem com meu sumiço. Amo vocês 😍💫

elainconstancia gratidão por tudo 💫

Os dois lados do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora