5 Capítulo

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Ri secamente, tentando disfarçar o quão, abalada ele conseguiu me deixar.

— Você é tão madura, Lizye. - Dylan soltou o ar com força. Controlei a vontade de socá-lo por ter errado meu nome. Essa brincadeira já está irritante!

— Olha, eu acho que você está esquecendo quem manda aqui não é? — Apontei um dedo no seu rosto. — Você precisa de mim, e não o contrário.

— Você está muito convencida, garotinha. — Falou tirando meu dedo do seu rosto e dando um passo à frente. — Temos um acordo e você, além de não segui-lo, só está me dando dor de cabeça. — Apontou ele carrancudo.

— Eu só vim nessa merda de festa, não fiz nada de mais! — Retruquei exasperada. — Não tenho culpa que uma de suas peguetes resolveu fazer um espetáculo.

Ele revirou os olhos impacientes.

— Você podia não ter dado atenção, simplesmente. — Argumentou ele, com expressão neutra no rosto, eu o olhei incrédula.

— A garota me empurra e você quer que eu sorria para ela? Vai à merda, Dylan!

— Deus, o que fiz para merecer isso!? — Praguejou baixo, olhando para cima.

— Uma aposta! — Lembrei ele, com o queixo empinado. — Uma maldita aposta, se lembra? — Meu sorriso sarcástico se abriu na medida que sua expressão ficou dura.

— Uma aposta que vou perder se depender de você! — Rugiu, fazendo algumas pessoas que estavam perto se virarem para nos observar curiosos.

Ele também percebeu a movimentação e pegou meu cotovelo, me tirando dali.

Passamos pela sala. Ele ainda me puxava, mesmo eu tentando me soltar a todo custo. Ele me empurrou de encontro a escada, me obrigando a subi-la. Uma pequena multidão nos olhava, espantados, e vários cochichos podiam ser escutados, se a música não os encobrisse. Chegando ao andar de cima entrei no corredor dos quartos, uma garota tropeçou e esbarrou em mim, desviei. Dylan me pegou pela cintura e me enfiou dentro de um quarto brutalmente. O seu, constatei, depois de uma pequena olhada ao redor.

— MAS QUE DROGA PENSA QUE ESTÁ FAZENDO!? ESSA SERÁ A MAIOR FOFOCA DO COLÉGIO AMANHÃ! — Gritei, tentando passar, ele se opôs entrando na minha frente.

— Escuta bravinha, você vai me esperar aqui até eu acalmar as coisas lá embaixo! — Ordenou ele, enquanto eu socava seu peitoral, ele nem ao menos sentiu ou se moveu.

— Você não pode me obrigar a ficar aqui! Deixe-me passar! — Mandei, tendo a certeza que meu rosto deve estar vermelho agora, de tanta raiva. — DYLAN!

— Posso sim! — Ele balançou uma chave com um sorriso maléfico no rosto, pude imaginar o que viria a seguir.

— Não... Dylan... — Comecei cautelosa, o que só fez seu sorriso aumentar. — Não faz isso...

Tarde demais, ele me empurrou e saiu rapidamente, trancando o quarto. Bati na porta com força, gritando e o xingando repetidamente. Vou matá-lo quando o encontrar, a se vou!

— SOCORRO! — Gritei, mas a maldita música encobriu minha voz. Suspirei derrotada, e comecei a perambular pelo lugar. O quarto de Dylan é muito espaçoso, tem uma cama de casal e decorações masculinas. O quarto todo é pintado de uma cor escura e tem uma longa janela de vidro que pega o lugar todo. Reparo na sua mesa com um computador e várias fotografias, ele também tem um espaço só para jogos, como vídeo game e outros...

Entro na outra porta da divisória do quarto, seu closet. Não posso nem somar a quantidade de roupas guardadas ali. Também entro no outro cômodo, o banheiro, que contém uma banheira enorme. Minha vontade é entrar nela e só sair quando amanhecer. Vasculho suas fotos, bagunçando algumas. Tem uma com um senhor e uma senhora, que devem ser seus avós, Dylan parece muito feliz, ao lado deles. Também tem algumas com Ashley e Erick, e com o time de basquete. Depois de um tempo voltei ao banheiro, estava com uma vontade enorme de fazer xixi.

A Garota Que Eu Precisava Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora