Capítulo 15, I

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Jade Pov

Despertei com o barulho insistente do meu celular, e eu prontamente iria ignorar, pois não fazia ideia de horário ou coisa do tipo. Eu estava terrivelmente cansada.

– Alô? – Ouvi. Então arregalei meus olhos, fitando Perrie parada no meio da sala. Por algum motivo, eu estava dormindo no sofá... da casa de Camila, certo? – É a Perrie!

– O que?! – Ela me fitou, cobrindo os lábios com apenas o dedo indicador.

– Sim, Norma. [...] Jade gritou para eu atender, ela está no banheiro tentando tirar tinta das mãos. – Cerrei meus olhos. Perrie riu de algo que minha mãe dizia, então fiquei surpresa. – Sim, a gente já jantou- Uh... se você permitir, Jade pode dormir aqui em casa, está tarde... [...] Sim, faltam algumas coisas ainda... Tudo bem. Obrigada! Eu empresto alguma roupa para ela sim, pode deixar. – Sorri, observando Perrie prestar atenção na conversa que felizmente não durou muito. Perrie desligou a chamada após se despedir, para então me fitar. – Sua mãe te deixou dormir comigo. – Falou em malícia. Peguei uma almofada atrás de mim e lancei em sua direção, rindo da cara de pau.

– Que horas são agora?! – Perrie deu de ombros.

– Uma da madrugada. A gente acabou dormindo na hidro. – Cerrei os olhos. – Está melhor ou continua chapada?

– Estou melhor. – Soltei uma risada sem graça, só então percebendo que eu estava nua. Perrie vestia a própria calça jeans e um sutiã de rendas amarelo bebê. Ela largou meu celular na mesa de centro da sala e se aproximou, e eu apenas me cobri mais com a manta fina. – O que minha mãe disse?

– Ela estava preocupada. Não queria ligar para atrapalhar o trabalho, mas ficou tranquila quando soube que estava tudo certo.

– Norma deixou que eu dormisse na sua casa? – Perrie riu, assentindo.

– Deixa eu deitar com você? – Perguntou. Senti-me corar e neguei.

– Está cheio de sofás, escolha outro, ué.

– Ai, grossa! – Revirou os olhos, indo para um sofá menor. Perrie deitou e se encolheu, de início, apenas fitando o teto. E eu tive pena. Pena, pois ela me tratava bem, mesmo que estivéssemos brigando cerca de noventa por cento do tempo, e agora eu estava sendo uma vadia com ela. Eu reconhecia isso, porquê maioria das vezes, era proposital. – Tudo bem, venha aqui. – Então chamei. Arrependida por ter agido daquela forma com ela.

Perrie sorriu, levantando rapidamente e literalmente se jogando em cima de mim.

– Ai Perrie!

– Tão mais confortável! – Se remexeu.

– De onde surgiu tanto peso?! Isso tudo é sua bunda?! – Perrie riu. – Sai, vou te empurrar e vai doer. – Ela se remexeu novamente, me irritando profundamente. Então eu o fiz, ouvindo o barulho quando seu corpo atingiu o chão. Perrie, por outro lado, gargalhou.

– Ai, Jade! Eu iria sair! – Comentou, levantando apenas o tronco e me encarando.

– Eu me irrito fácil.

– Acha que não sei?! – Brincou. Sorri e fechei meus olhos, estando bastante cansada. – Está bem? – Perguntou, rapidamente abri meus olhos, assustada com sua proximidade. Perrie estava me analisando, parecia realmente preocupada. Sorri e assenti, a ouvindo suspirar e vendo sorrir de volta em seguida.

– Estou. Por quê?

– Nada. Pensei que estava passando mal por causa da bebida, ou algo do tipo. – Deu de ombros. Perrie estava sentada no chão, logo a minha frente. Suas mãos encontraram minha cabeça, onde de início ela me irritou, cutucando várias vezes. Perrie parou o ato e riu quando lhe fitei com cara de tédio. Surpreendentemente seus dedos adentraram meus cabelos, e assim ela começou uma leve carícia, apoiando o queixo no sofá ao que o fazia. – Vamos sair para almoçar hoje? Eu te levo em casa depois. – Fui surpreendida. Perrie falou tão calma, que a ideia passou a ser extremamente boa na minha cabeça. E definitivamente: Por que não?!

Saint || Jerrie G!P (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora