Near death

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 KyungSoo

Uma semana se passou e eles finalmente vieram até mim, estou sendo tratado como um nada a partir do momento em que caçadores locais me pegaram fazendo poção a luz do luar.

Eu apenas tentava focar nas palavras que um dia foram ditas pela minha avó: "Não seja um bruxo mau que coisas malignas não lhe acontecerão", eu não sou mau, no entanto, uso a bruxaria para ganhar um dinheiro extra e isso acabou me trazendo para este lugar. Um lugar sujo preso atrás de grades da qual nem um tipo de feitiço prático me ajudou a sair, eles claramente não tem estruturas para bruxas, suas caças são apenas de animais, pois suas armas são de tais, e agora, cá estou eu esperando algum tipo de julgamento.

Eu estou com medo, eu apenas estava fazendo uma poção do amor para a vizinha da igreja, ela quer conquistar o irmão de lá e para isso veio até mim pedindo ajuda, aquele lugar sempre me pareceu inofensivo, mas em alguns minutos todo o meu conceito de bruxo bom tornou-se mau.

Em seu pedido de poção ela trouxe as fezes de gato e eu fiquei com a tarefa de pegar os corações dos pombos da floresta, que também foi palco da criação do elixir e da minha captura.

Eu sinto que estou morrendo mesmo antes de saber o que vai acontecer comigo, pode sim existir algum jeito de eu sair daqui, talvez alguma bruxa tenha ouvido minhas preces e venha me ajudar, talvez eu apenas seja solto, mas se eu estou aqui a uma semana então não significa coisa boa, eu espero que tudo dê certo para todos, nunca fiz mal a ninguém, mas estou sendo cobrado por coisas que não fiz. A minha realidade não é fácil, sempre dei duro para poder sobreviver, e nunca desisti, nunca nem pensei em desistir, agora estou aqui pensando em quantos minutos ainda me falta de vida.

O portão de ferro foi aberto e eles se aproximaram me puxando com força e prendendo minhas mãos com cordas que em volta havia alhos, eles acham que sou o quê? Um vampiro? Sem contar que isso é um mito para eles, alho não faz nada, mas eles realmente não gostam, dizem que o gosto arde em seus olhos e por isso sua alta sensibilidade.

— Bruxo, nesse pergaminho consagrado que eu irei pendurar em seu pescoço está escrito as sete palavras sagradas de Jesus, dessa maneira Satã não poderá lhe ajudar a guardar silêncio.

O comandante entre os homens se aproximou de mim colocando um pergaminho em meu pescoço, ao ouvi-lo eu realmente queria chamá-lo de idiota, ser bruxo não significa que tenho ligação com demônios, claro que para ganhos maiores temos que pecar, mas eu realmente estou sendo mal julgado.

— Vocês estão errando muito feio no meu julgamento, eu sou um humano, sabia?

Minha mão foi torcida para trás e minha canela chutada me fazendo cair de joelhos diante daquele que me julgara.

— Levem-no

Me puxaram para cima me obrigando a andar, os portões foram abertos e a luz do sol tomara conta de meus olhos.

Eu não sei o que vai acontecer, passei a semana pensando nisso e cheguei a conclusão que eu não saio vivo, minha avó foi enforcada acusada de bruxaria, meus pais sempre tiveram medo de que isso acontecesse comigo, e quando eu resolvi me soltar dos braços deles para aprender com minha vó eu tive um péssimo julgamento daqueles que deveriam me apoiar, sempre fui o estranho na escola e por isso nunca à terminei, parece que em minha vida sempre serei acusado injustamente por coisas que nunca são o que parecem.

Eu andava com meus olhos entreabertos, uma semana no escuro e derrepente chego até a claridade, minhas retinas estão sensíveis.

Cada passo naquela estrada de terra parecia uma eternidade, há muito mato de cada lado, ninguém fala nada, eles apenas me levam como se eu fosse algum tipo de animal.

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