Capítulo Um

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Desde a criação do universo,

Tudo estava destinado.

하나

Jeon Sunhee acabou optando mais uma vez por realizar um parto natural em casa, com o auxílio de duas enfermeiras especializadas; uma delas sendo, inclusive, sua melhor amiga Park Yang Mi; e quando acordou naquela madrugada, com a cama totalmente molhada, soube que havia chegado a hora de dizer olá ao pequeno Jungkook, que nasceu quase doze horas depois, às nove e meia da manhã de uma terça-feira chuvosa.

Ele era cabeludo, gordinho e possuía olhos enormes e escuríssimos. Ele chorava a plenos pulmões enquanto seus pais choravam junto, totalmente absortos pela emoção de ter o caçula nos braços. Seokjin, o primogênito, se pendurou nas pontas dos pés gordinhos ao lado da cama de casal alta, erguendo o rosto o máximo possível para ver o irmãozinho.

- Por que ele está chorando, Omma? - Perguntou o garotinho quando finalmente conseguiu subir na cama, tendo o auxílio do pai que sorria sem parar, com lágrimas cristalinas descendo pelo rosto cansado. - Ele está triste? Por que ele está triste?

A mulher sorriu e secou os olhos antes de acariciar o rosto gordinho do bebê, para logo em seguida estender o braço para afagar os cabelos lisíssimos do filho mais velho.

- Por que ele acabou de nascer, deve estar estranhando a luz. - Seokjin abriu os lábios em um perfeito "o", e em seguida estendeu os bracinhos para os lados o máximo que podia, tentando bloquear ao máximo a claridade do Sol que alcançava o mais novo.

- Pronto, agora não tem mais luz. Ele vai parar de chorar, né?

Os dois mais velhos riram disso e trouxeram o menino mais velho para perto, aconchegando-o num abraço quentinho.

- Ele vai sim, meu bem. Você vai ser um irmão mais velho fantástico.

Seokjin riu, e todos os três notaram que Jungkook finalmente cessou o choro e dormiu.

- Omma, o Jinnie-hyung tem um bebê em casa? - A mulher bonita sorriu e abaixou-se até a altura de um pequeno Jimin de cinco anos, penteando os cabelos escuros para trás e apertando uma das bochechas gordinhas. O garotinho riu disso e agarrou o pescoço da mais alta, que o pegou no colo.

- Ele tem sim, meu amor. Um irmãozinho.

- Ele é menor que eu?

- Sim sim... você é um homem quase adulto perto do Jungkookie-ah.

- Eu vou ter um irmãozinho também? - A mulher riu.

- Talvez um dia, meu amor. - Ela acariciou as costas da criança que agora se soltava minimamente para olhá-la. - Eu estava indo ver ele e a Noona*, quer ir comigo?

A criança afirmou animada e riu das cosquinhas que recebeu, antes de abraçar a mulher outra vez e observá-la atravessar a rua até o outro lado, onde era a casa dos Jeon. Yang Mi abriu a porta depois de bater levemente e cumprimentou a mãe da melhor amiga - que vinha frequentando bastante na residência dos Jeon desde o nascimento de Jungkook. A casa estava silenciosa demais, o que entregava o fato de Seokjin não estar presente (Yang Mi sempre acharia uma incógnita um ser tão pequeno era capaz de gritar tão alto), e o único som ouvido era a voz baixinha de Jimin cantarolando uma música infantil enquanto abraçava a mãe.

A mulher subiu as escadas até o segundo andar da casa tão conhecida e bateu na porta branca, aguardando um pouco antes que Sunhee autorizasse sua entrada. Ela não usava nenhuma maquiagem, possuía olheiras, o rosto aparentava todo seu cansaço e o cabelo estava um pouco bagunçado, mas ela continuava linda.

TRUE COLORS | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora