Se escondeu na brecha da varanda aquilo que eu achei ser o Addam lá em baixo, Addam? O que ele faz aqui? Ainda jogando pedras em minha janela?. Sai de perto na janela e senti meu coração bater forte, como assim? Coloquei a mão em meu peito e dei suspiros bem alto.
Olhei de novo pela janela e vi nada, me virei sobre os calcanhares para voltar para minha cama e uma pedra voou entre a janela ate o chão do meu quarto. OK, não e imaginação, tem realmente alguem que parece aquele ser lá em baixo atacando pedras em minha janela!. Calcei o primeiro chinelo que vi em minha frente e sai do meu quarto descendo as escadas de vagar, não vou sair do lado de fora desarmada. Sendo ele ou não, nunca teve boas intenções comigo, não vou ser doida de ir lá desprotegida.
Andei pela sala em busca de alguma coisa para me proteger, ate ver no canto da parede o tão precioso taco de beisebol do meu pai, a qual foi guardado com muito carinho des de a ápoca que jogava no torneio. Me perdoe pai, ele e o mais próximo de arma que posso achar no momento.
Fui até a porta e olhei pelo vidro pequeno, não dava para ver nada, apenas a imensidão da noite, com certeza já passam das duas.
Abri a porta de vagar, e olhei por todos os cantos, do jardim robusto e cheio de rosas da minha mae, até a frente da minha casa onde avia uma caminhonete estacionada. Não pode ser o Addam, esse não e o carro que ele costuma estar sempre que tenho a ma sorte de o ver. Ouvi um barulho e me escondi atrás da porta, olhei para o lado e vi o moreno de pele levemente corada de tons claros graças as luzes da rua, os olhos castanhos observando cada canto de minha casa enquanto se dirigia a mim e com a mao esfregando o queixo, o que me deixou apavorada com quais pensamentos se passam ali.Dei um passo para trás e segurei firme o taco de beisebol assim que sai de trás da porta para o confrontar. Ele olhou para minha mão e deu um sorriso de lado como se estivesse se perguntando *é serio isso?* negando com a cabeça e dando dois passos em minha direção. Levantei o taco e deixei ele no meio de no dois, ele nem pense em dar nenhum passo, levantou a mao mostrando estar rendido e levantei uma sobrancelha.
- O que faz aqui Addam?, - perguntei não deixando de o olhar, ele e louco por aparecer aqui uma hora dessas com a rua completamente fazia.
Ele abaixou as mãos e ficou encarando o taco de beisebol como se estivesse rindo de mim mentalmente. Colocou a mao sobre o bolso de sua preciosa jaqueta e me olhou.
- Vim te chamar para começarmos a terapia de amizade de trabalho, - ele me olhava serio, não consigo acreditar nisso.
- Espera, se acha que vou sair com você uma hora dessas? - ri para mim mesmo e passei o taco de uma mao à outra. - Não tenho coragem nem de sair de dia, o que te faz pensar que faria isso?.
- Porque onde quero te levar, de dia não da a mesma sensação. - Me matar não deve dar a mesma sensação de dia?.
- do que esta falando?, - dei uns passos para trás. - Como sabia que estava sozinha?.
Ele deu de ombros e andou para mais perto de mim. Coloquei o taco entre nos novamente e ele segurou em sua ponta e analisou o material como se estivesse pensando em algo.
- Esperei que Scott voltasse, alias, não esperei. Apenas fiquei observando.
- Isso e perseguição!- falei e olhei para a rua deserta. Qualquer coisa que acontecer aqui, vou ter que ficar bem atenta, não e normal um menino que te detesta aparecer uma hora dessas com desculpa de trabalho, como se ele se preocupasse mesmo com isso.
- OK, e quele carro?- apontei para a caminhonete estacionada na calçada em frente a minha casa e ele seguiu minha mão.
- Peguei emprestado de Cameron, pretendo pegar algumas coisas que deixei no local, - ele mexeu em suas maos dentro dos bolsos, olhou para mim e viu minha cara de desespero. - Façamos o seguinte, você vem comigo e te devolve isso......- ele deu alguns passos para trás e retirou meu celular de dentro do bolso. - O que me diz?.
Fiquei sem reação, minha vontade era de bater o taco em sua cabeça e sumir com o corpo, mas, apenas me peguei dando um longo suspiros e fechando os olhos me evitando a fazer uma loucura.
- Você disse que não estava com ele. - encaro seu rosto querendo o intimidar, como se conseguisse.
- Não. Apenas disse que "poderia" ter voado da janela sem querer, você que e precipitada.
- Eu sou precipitada? Qual e a sua? - revirei os olhos e fiquei olhando ele sacudir meu celular no ar. - Precipitado e você que acha que vai aparecer aqui e vou aceitar uma loucura dessas!.
Ele deu de ombros e guardou o celular de volta no bolso, fiquei acompanhando com os olhos cada movimento que fazia. Ele virou e em silêncio foi andando ate o carro sem dizer uma palavra.
- onde você esta indo?, - agora ele vai embora? Com meu celular?.
- Vou onde eu quiser, se quiser ir bem, se não quiser .. Bem melhor.- ele tirou a chave do carro de Cam do bolso e o destravou abrindo a porta.
Não seria correto aceitar isso, ainda mais sendo ele oferecendo da proposta. Mais ele não parece querer me matar, talvez esteja tentando uma a proximidade?. Ate parece! Mais ele esta com meu celular, eu quero meu celular de volta, minha curiosidade vai me matar se não ir, mesmo que não volte mais.
- Addam!- gritei seu nome e abracei o taco em meu peito. - Que garantia eu tenho que vou voltar?.
Ele se virou para mim e piscou os olhos duas vezes como se estivesse entrado algo e me olhou de uma forma estranha.
- Porque isso ainda não esta nos meus planos, será que acabo o drama?.
- Drama? Queria ver se fosse com você. - ele revirou os olhos e ficou batendo os dedos na porta aberta do carro. - Você vai ter que esperar eu trocar de roupa.
- Vai logo assim, para de frescura.- ele entrou dentro do carro e bateu a porta. Uma moto passou em alta velocidade a o lado do carro, isso me fez dar dois passo para trás.
A pertei o taco com força em meu peito e andei ate o carro e olhei por dentro dele, não avia nenhum objeto de tortura, se tiver .... Andei ate o outro lado entrando e batendo a porta, ele ficou olhando pro taco de beisebol, mais não disse mais nada.
- Esqueci de trancar a porta, - ia sair do carro quando ele travou as portas e saio dali rapidamente.
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O Reverso
RomanceEle era de longe, seu olhar vazio denunciava ódio, ele veio se vingar pelo seu passado. Há vitima nunca foi eu, mais fui uma armadilha para ele chegar a tal, dando assim espeço em minha vida. Eu tinha apenas 17 anos, e a única coisa que aprendi sobe...