Estava ansiosa e assustada. Com medo de Jake sair de casa porque avia deixado a porta entre aberta, se entrar alguem em minha casa eu vou matar ele antes que ele perceba!. Não vi Jake na sala, então deve estar dormindo na área. Virei meu rosto para o encarar e ele estava cantarolando uma música que passava no radio, cantava tao baixo que parecia um sussurro.
Resolvi que não iria me pronunciar ate saber o que ele queria comigo, Addam e o cara mais estranho que ja conheci é apesar da inestimável maneira de me querer longe e saber tudo sobre mim, já e uma bela forma de me perguntar o que estou fazendo dentro desse carro segurando um taco de beisebol.
Suspiro, mais foi alto o suficiente para chamar sua atenção. Vi que me encarava mais virei meu rosto rapidamente pra frente encarando o local onde estávamos e me assusto novamente.
Não consigo raciocinar, esses homens tem alguma familiaridade com matos?. Ele estacionou o carro em frente a um barranco não muito inclinado, estico meu pescoço vendo que avia algo claro lá em cima do barrando, tem alguma coisa lá em cima ou estou amedrontada.- Aquilo e apenas uma luz de emergência, - ele fala como se estivesse lido meus pensamentos e sai do carro batendo a porta.
Ele vai ate um lado do barranco e começa a subi-lo, não conseguia ver direito dentro do carro então me retirei e fui ate onde ele estava deixando o taco de beisebol no carro por que talvez não precisasse dele. Por onde ele avia subido o barro estava fundo, como se estivesse sido um pouco escavado. Uma bela maneira de fazer uma escada improvisada. Subi me inclinado um pouco, pondo as mãos no chão para me segurar subindo sentindo o cheiro de grama úmida logo chegando em cima.
Avia uma pequena cabana armada ali, com uma luz de emergência pendurada a sua frente. Olhei para todos os cantos a procura de Addam mais assim que me virei pra trás senti meu olhos brilharem. Á lua estava totalmente exposta sobre aquele barranco alto dando visão a muitos cantos sobre a cidade. Ela refletia sobre o local o clareando, algo que não avia percebido ainda.
- Vejo que encontrou minha companhia. - Addam fala atrás de mim me assustando, me viro e o encaro com os olhos cerrados.
Ele segurava um pano a qual colocou no chão de qualquer jeito, depois o pondo um saco em cima dele. Ele era incrivelmente delicado. Foi para dentro da cabana de pano e o segui com curiosidade. Entrei dentro do pequeno espaço e vi varias coisas no chão uma delas era a lenha que estava empilhada que ele foi pegando e levando para fora, avia um violão encostado no canto, mais não quis comentar. Logo ele voltou pegando gasolina, já posso deduzir o que vai fazer mesmo estando aterrorizada.
Olhei para fora e ele passou um pouco do liquido em cima da madeira jogando um fosforo. Logo o fogo apareceu alto clareando seu rosto confuso, ele parecia estar pensando muito.
- Bela forma de acender uma fogueira.- Não consegui disfarçar o humor em minha voz.
- Sei fazer do modo tradicional, mais ocupa mais tempo. - ele a diverte e me olha divertido. - O que foi Horon? Parece assustada.
- Não era solzinho?- pisco duas vezes e abraço meu peito, ignorando o fato de estar receosa e sua pergunta.
- Seu sobrenome e mais atraente, - piscou. - Pode chegar mais perto, eu não mordo...ou quase.
Dei dois passos para frente sentindo minha pele esquentar com o a próximo da fogueira. A noite não estava muito fria, mais por estarmos no alto, fazia com que o ar parecesse mais gélido.
Addam se levanta e vai ate a barraca trazendo outro lençol e um rádio pequeno. Vai ate o começo do barranco deitando o lençol em sua frente, olhando de longe era como se a lua estivesse de frente. Logo pondo o radio sobre o chão e o ligando. A música que começou a soar era lenta, não parecia muito com o tipo de música que ele tem a cara de ouvir, vi que ele vinha em minha direção. Agarrou meu braço me puxando ate o começo do barranco me sentando. Tudo isso pareceu que foi em um piscar de olhos.
- Você ta com fome?- perguntou calmamente se sentando a meu lado.
- Ho, não. Quer dizer... - engoli em seco por que estou nervosa?, - comi junto de Scott.
- sanduíches não sustentam ninguém, - ele fala normalmente. - Posso assar marshmallow.
- Isso parece interessante. - brinco, cruzando minhas pernas, ignorando o fato dele saber dos sanduíches. Uma música começou a passar na radio e me deixou um arrepio. Bruno Mars Talking to the Moon. Comecei a cantarolar a musica baixo.
- I want you back/Eu quero que você volte. - Ele começou a cantar comigo em uníssono, sua voz parecia um pouco amargurada.
- Você conhece?- o olhei desconfiada. Ele não tem cara de ser romântico.
- Se estou cantando... - ele ia me dar uma boa resposta, mais o vi se cortar rapidamente. - Essa música e irônica pra mim.
- Porque diz isso?, - apoio meus dois braços para trás curiosa.
- Ela fala sobre a lua, ficar sozinho olhando para a lua. - ele abaixa a voz. - esse e um dos meus típicos passa tempos.
- Alem de cantar?- falo e me arrependo rapidamente quando vejo olhos furiosos se virarem para minha direção.
- Como sabe disso?! - seu tom mudou. Me afastei um pouco prendendo a respiração.
- Scott comentou comigo, por que a mudança? Não vejo nada de errado. - dou de ombros o ignorando. - Gosto de bandas, sempre quis fazer parte de uma.
- Poderia tentar, você não canta tão mal.
- Isso e um elogio?- olho pra ele impressionada e ele me ignora.
- Não. Só acho que se quer algo ... Não se deve deixar pra lá.
- Okay... - fiquei sem graça. Por que ele esta tão manso? O que ele quer de verdade aqui? Só se dar bem no trabalho?.
Enquanto me alto me questionava, ele se levantou e pegou o saco que avia jogado em cima do outro lençol o abrindo e pegando algo quadradinho e branco e logo percebi que era o marshmallow o espetando em um palito de churrasco que vinha junto a o saco o pondo sobre fogueira.
Seus lábios se mexiam de vagar, junto a música que ainda se passava no rádio. Percebi que sua voz era o tanto rouca, gravando em minha cabeça. Ele parecia empolgado com a letra, aumentando um pouco o tom da voz e um arrepio se passou pelo meu corpo.Ele me olhou e perdeu por longos segundos o olhar sobre o meu, senti um choque elétrico passando por mim e logo virei meu olhar para a lua sentindo minhas bochechas queimarem. Ele se aproximou de mim colocando o palitinho com o marshmallow em frente a meu rosto, sua presença estava forte atrás de mim, meu corpo ficou rígido.
- Coma, se vai sentir fome durante a noite. - Meu coração pareceu parar, apertando o lençol nervosa.
Ele deve ter percebido, porque ouvi uma risada baixa e rouca atrás de mim, meu coração bateu forte. O que esta a acontecendo comigo?.
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O Reverso
RomanceEle era de longe, seu olhar vazio denunciava ódio, ele veio se vingar pelo seu passado. Há vitima nunca foi eu, mais fui uma armadilha para ele chegar a tal, dando assim espeço em minha vida. Eu tinha apenas 17 anos, e a única coisa que aprendi sobe...