Capítulo 2 - Memórias

1.2K 229 387
                                    


Liz abriu os olhos lentamente, o ambiente estava à meia luz e somente um pequeno abajur iluminava o quarto, piscou algumas vezes e percebeu que não reconhecia o local

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Liz abriu os olhos lentamente, o ambiente estava à meia luz e somente um pequeno abajur iluminava o quarto, piscou algumas vezes e percebeu que não reconhecia o local. Tentou se sentar. No entanto, uma dor aguda em sua cabeça a fez se deitar novamente, esperando a dor passar.

Olhou ao redor, estava em um quarto rústico. As paredes e o chão eram de madeira e, além da cama e da mesinha de cabeceira com o abajur, havia apenas uma cômoda antiga à sua frente e uma poltrona velha, próxima a uma janela coberta por uma cortina simples branca. Parecia estar em uma cabana, concluiu, mas por que estava ali?

Com cuidado, conseguiu se sentar. Não era só sua cabeça que doía, seu corpo também parecia ter sido atropelado por um trator. Colocou as pernas para fora da cama e então percebeu que estava nua. Rapidamente colocou os braços na frente do corpo e olhou em volta. Não havia ninguém, mas estava assustada agora. Por que estava nua? Pegou o cobertor e se enrolou nele. Onde estava? O que estava acontecendo? Torceu o nariz ao sentir o cheiro de mofo das cobertas e se levantou.

Andou até a janela e afastou as cortinas. Era noite lá fora, a escuridão era total, mas conseguia ver os flocos de neve caindo próximos à janela e ouvir o barulho dos galhos das árvores sendo balançados pelo vento forte. Céus, que lugar era aquele? Por que ela estava ali? Por que nevava?

Tentou se lembrar de onde havia estado pela última vez, e nada... Não conseguia... Tentou de novo... nada... Não vinha absolutamente nada em sua cabeça. Seu coração começou a acelerar. Tentou se lembrar de sua casa, de seus pais, de seus amigos... nada... Começou a ficar apavorada; de olhos arregalados e com a respiração mais rápida, afastou-se da janela e se virou. Um homem a olhava encostado no batente da porta.

Ela gritou e deu dois passos para trás, batendo com as costas na janela. Aquilo lhe tirou o ar e, com isso, acabou deixando o cobertor cair no chão.  Imediatamente se abaixou para pegá-lo a fim de cobrir-se novamente, e, quando se levantou, o homem não estava mais ali. Seu coração pulava tanto dentro de seu peito, que ela achava que ele poderia saltar pela sua garganta. Tinha mesmo visto um homem ali? Ou era só sua imaginação?

Olhou em volta novamente para ver se encontrava algo com que pudesse se defender e acabou encontrando suas roupas, elas estavam dobradas sobre a poltrona. Vestiu-se afobadamente, tirou, então, o abajur da tomada e caminhou lentamente até a porta com o objeto nas mãos. Colocou a cabeça para fora do corredor e escutou um barulho de panelas, provavelmente vindo da cozinha. Então, tinha mesmo visto um homem, pensou. Na ponta dos pés, seguiu na direção do barulho.

Entrou na sala com cuidado, era uma sala espaçosa, a decoração era simples e uma lareira acesa em uma das paredes tornava o lugar aconchegante, mas ela não estava preocupada com esses detalhes. O homem que viu parado à porta estava de costas para ela em uma pequena cozinha integrada ao ambiente e separada da sala apenas por uma rústica mesa de madeira, ele estava mexendo algo em uma panela sobre o fogão.

WARG - Natureza Indomável - DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora