Summer tinha o suficiente, pelo menos ela achava que tinha. Foi aí que se enganou, faltava alguma coisa, talvez um amor?
É impossível termos algo que não acreditamos, mas e se alguém nos fizer acreditar?
Lembre-se querida Summer, nem tudo é o q...
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Já se passaram alguns dias desde o incidente no refeitório, Francine tem me olhado estranho ultimamente, o que me faz pensar que ela está planejando alguma coisa. Mel conheceu Olivia, no começo ela não gostou muito da idéia de ter uma amiga nova em nosso meio, pois ela já estava acostumada em ser só eu e ela, mas elas se deram bem. Hoje é o dia em que acabam minhas férias do trabalho, sinto saudade de lá.
Junto duas mechas atrás de minha cabeça, e penteio minha franja, visto meu uniforme da cor branco e vinho, com um pequeno broche dourado, com seu formato retangular, que possui meu nome gravado. Pego meu celular do carregador e desço às escadas.
Vou até a cozinha e pego um pacote de batatas, vejo um bilhete da minha mãe na geladeira.
"Irei sair ás 23:00 hoje, compre uma pizza com o dinheiro que deixei em cima do balcão, tranque a casa quando sair, estou com minhas chaves. Beijos."
Pego o dinheiro onde minha mãe deixou, tranco a casa e saio. Sinto o vento forte bater em meu rosto, desamarro a blusa de frio da cintura e a visto, abro o pacote de batatinhas e o como no meio do caminho até o Cinema, que não é longo, fica apenas à alguns quarteirões de casa, mas isso não quer dizer que andar até lá de salto seja uma opção.
Chego no cinema, vejo Tony, o meu chefe, apoiando seus cotovelos no balcão de vidro, enquanto come sua pipoca caramelizada favorita.
- Desse jeito não sobrará pipoca para os clientes. - Brinco, pendurando minha jaqueta em uma poltrona.
- Cuide da sua vida. - diz lambendo seus dedos enrrugados. Tony tem 51 anos, sua esposa faleceu há cinco anos, por isso não tive a oportunidade de conhecê-la. Dou um abraço em Tony e vou até a cabine da bilheteria, me sento na cadeira giratória, à espera de clientes, e avisto o garoto de sempre sentado no banco da Praça, que é virado de frente para cá.
Já me acostumei com sua presença alí. Aparenta ser um pouco mais velho que eu, Tony já me falou seu nome uma vez, se chama Mason. O mais curioso é que sempre leva consigo uma câmera fotográfica, admito que é meio estranho, pois sinto que estou sendo observada o tempo todo, mas tento não me importar.
