⌛one⌛

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Terça-feira, 4 de agosto de 2009, 12:15.


– Quantos minutos eu devo voltar? – perguntei a Zayn.

Mantínhamos uma boa distância entre nós e a longa fila de crianças que se amontoavam em volta das instalações dos ursos polares.

– Trinta minutos? – Zayn sugeriu.

– Ei, me dá isso aqui! – Harry agarrou o saquinho de balas que uma das crianças tinha surrupiado de um carrinho de bebê e me lançou um olhar exasperado. – Seria muito bom se você vigiasse o seu grupo de crianças.

– Foi mal, Haz. – Peguei Hunter no colo antes que seus impulsos cleptomaníacos piorassem. – Segure essa mão aí! – eu disse a ele.

O garotinho deu um sorriso banguela e abriu as mãos gorduchas em frente ao meu rosto.

– Pode olhar. Não tem nada.

– Então continue assim, está bem? Você não precisa ficar pegando as coisas dos outros. – Coloquei-o de volta no chão e empurrei-o de leve na direção das outras crianças, que corriam na direção de uma larga faixa de grama reservada para os piqueniques dos campistas.

– Harry Styles! – chamei, pegando a mão dele e entrelaçando seus dedos nos meus.

Ele se virou para me olhar.

– Você tem um fraco pelo garotinho cleptomaníaco, não tem? –  Eu sorri para ele e dei de ombros.

– Pode ser. – Eu respondi, ainda sorrindo. 

Seu rosto relaxou e ele puxou a parte da frente da minha camiseta, fazendo eu me aproximar antes de me beijar na bochecha.

– Então... o que vai fazer esta noite? 

– Hum... tenho planos com este cacheadinho lindo. Só não consigo lembrar o que tínhamos planejado. É uma... surpresa.

– Nada disso! – ele riu e balançou a cabeça. – Não acredito que esqueceu sua promessa de passar uma noite inteira comigo recitando Shakespeare... em francês... de trás pra frente. Depois íamos assistir Titanic e Um Lugar Chamado Notting Hill.

– Eu devia estar bêbado quando disse isso. –Olhei por sobre o ombro de Harry antes de beijá-lo rapidamente na boca. – Mas vou concordar com Notting Hill.

Harry revirou os olhos.

 – Na verdade, a gente ia ver aquela banda com seus amigos, lembra? –Uma garotinha do grupo de Harry puxou o braço dele e apontou para o banheiro. Fui atrás dele para que pudéssemos discutir a minha incapacidade de fazer planos com duas semanas de antecedência e me lembrar deles duas semanas depois.

– Ei, Louis, vem cá! – chamou Zayn, acenando com a cabeça na direção de uma árvore.

Intervalo para planejamento preciso e exato de viagem no tempo.

– Você vai com a gente ver aquela banda hoje à noite? – perguntei a Zayn.

O que eu queria saber mesmo era se ele se lembrava.

– Hum... vejamos. Passar a noite toda com seus amigos do colegial que, segundo ouvi, são uma versão da vida real de Gossip Girl? Sem mencionar o salário inteiro gasto com uma porçãozinha e algumas bebidas? – Ele balançou a cabeça e sorriu.  – O que acha? 

 Antes que ele pudesse responder, completei.

– Já entendi.  Que tal irmos então a algum lugar perto da casa de vocês, amanhã? 

Tempest - Book 1 - Larry VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora