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Terça-feira, 4 de agosto de 2009, 12:25.


Quando abri os olhos outra vez, Zayn estava inclinado sobre mim, me olhando.

– Louis? 

– Cara, você precisa de uma bala de menta – murmurei, empurrando-o para o lado.

– Você ficou como um zumbi por 1,8 segundo. Eu estava quase certo. Muito em breve terei dados suficientes para fazer cálculos exatos. Você não sofreu nada desta vez, não é? 

– Não.

Eu sabia muito bem por que ele estava perguntando. Na semana anterior, saltei duas horas no tempo, perdi a concentração e, em vez de aparecer dentro do meu apartamento, fui parar no meio da rua. Um caminhão me acertou em cheio na perna. Quando voltei para a base principal, senti uma pontada forte na coxa e depois a dor sumiu. Aquele caminhão devia ter estraçalhado a minha perna, mas só um leve hematoma apareceu, e nada mais.

Eu fiquei ali em pé, batendo a mão na parte de trás da calça para tirar o pó.

– Aparentemente, fazíamos uma matéria juntos – expliquei para Zayn. – Mas acho que agora ela deve estar meio brava comigo, porque não a reconheci. Quer dizer, no passado. Você sabe o que quero dizer. Então, se a teoria estiver errada e eu de fato mudar alguma coisa, ela não vai gostar muito de me ver novamente.

– Vamos descobrir. – Adam acenou para Harry.

– Ei, Haz, já estamos de volta.

Eu peguei Hunter, que estava saindo lentamente do gramado e andando na direção de uma pilha de mochilas abandonadas, sem dúvida em busca de algumas moedas escondidas nos bolsos.

– Vem cá, vem fazer compras conosco, tampinha.

Nós três atravessamos a porta da loja quando a balconista despejava uma caixa de chaveiros num recipiente de plástico. Parei e olhei para ela, me fazendo de desentendido.

– Você não está... na minha classe de economia? –Os olhos dela se iluminaram e ela sorriu um pouco.

– Estou... do professor Larson.

Ding, ding, dois pontos para Louis Tomlinson. Ela não se lembrava de que estava brava comigo. Justamente como eu disse. Nada mudou em resultado do meu salto de trinta minutos ao passado.

– Karen, certo? – perguntei.

Ela levantou as sobrancelhas.

– E você é Louis, que faz poesia francesa, certo? – Adam resmungou e me empurrou ao passar.

– Aqui não tem nada que eu quero. Vamos embora.

Ignorei Zayn e coloquei Hunter sentado no balcão.

– Literatura inglesa também. Tenho duas básicas.

Embora minhas pequenas excursões ao passado não mudem nada na minha base principal, elas me dão algumas vantagens, como informações extras. Por isso, a meu ver, teoricamente, a viagem no tempo na verdade causa, sim, mudanças.

Ela causa mudanças em mim.

Zayn, Hunter e eu saímos da loja e paramos do lado de fora ao dar de cara com Harry. Ele tinha um monte de lixo nas mãos e os jogava num latão do lado de fora da loja. Eu peguei a sua mão e puxei-o para baixo de uma árvore que nos manteria fora da visão de todos.

– Adam tem uma queda pela garota da loja. Eu estava tentando ajudá-lo.

Harry riu e eu o empurrei com o dedo até que encostasse na árvore.

Tempest - Book 1 - Larry VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora