Parte 14

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    " - Ele vai se sentir mais fraco, vai querer sair menos da cama, estará sempre cansado..."

- No que está pensando?

- Nada em especial... - estava sentada no banco da pequena penteadeira enquanto ele já estava deitado, como sempre acontecia nas últimas semanas. - Me lembrando das tarefas de amanhã. Jimin me pediu para organizar uns contratos da academia. - mentira, meu amor estou lembrando das palavras do seu médico nesta manhã, mas isto era algo que eu não iria dizer.

- Venha... - olhei seu reflexo pelo espelho e me deparei com seu pálido corpo de pé, usava apenas uma bermuda como de costume, não gostava de dormir totalmente vestido. - Venha, ande! - Me estendia a mão enquanto colocava uma música tocar no celular.

- Só mesmo você para me fazer dançar... – sim, apenas ele e somente ele foi capaz de me fazer dançar.

- Eu particularmente prefiro quando dança outras formas. - me lançou um sorriso pervertido e desceu suas mãos até meus quadris não deixando nenhum espaço entre nossos corpos. – Você tem movimentos que eu adoro apreciar...

Rimos alto de outros tantos comentários nada puritanos que fizemos enquanto ele me balançava lentamente pelo nosso quarto. Até que uma súbita tontura o fez desequilibrar-se.

- Meu amor! - assustei-me mas consegui impedir que caísse.

- Acho que dançamos com muita emoção. - rimos, mas eu via em seu sorriso a decepção de não conseguir fazer aquilo que mais amava. - Quero que faça algo para mim. - disse depois de alguns minutos em silêncio deitando em meu colo. - Dentro da gaveta do criado há a minha agenda, nela tenho vários projetos que gostaria que executassem na academia. Pergunte ao Jimin se tiver alguma dúvida, ou quiser mudar algo, até porque algumas coisas estão incompletas.

- Tudo bem. Depois damos uma olhada e você pode me explicar...

- Não... - virou-se para mim manhoso tomando minha mão e levou a sua cabeça para que lhe fizesse cafuné. – Não, pergunte a ele depois. Não irei desperdiçar nenhum momento meu com você."


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Pouco mais de 10 minutos se passaram quando finalmente consegui um táxi livre, instantes antes da chuva recomeçar a cair, encostei o rosto na janela do carro observando atentamente as gotas que corriam pelo vidro escuro. 

QUANDO VOCÊ SORRIUOnde histórias criam vida. Descubra agora