Um momento e o destino

INSTINTO

Noite quente de verão, o céu estava estrelado quando Max embarcou em um navio com alguns amigos. Ele não estava cem por cento feliz, pois sua intenção era curtir este cruzeiro ao lado de sua namorada, mas na última hora, Helena não pôde ir. Por pouco ele não desistiu da viagem, mas irritado com a ausência da namorada embarcou decidido a se divertir e logo na primeira noite avistou o mais belo rosto que seus olhos já viram. Uma jovem de cabelos loiros brilhantes e olhos claros, corpo desenhado com curvas perfeitas que suas mãos formigaram a fim de tocar. Max queria chegar mais perto para poder admirá-la melhor, ela dançava com duas amigas, rebolava e se requebrava perfeitamente como se o seu corpo fosse de mola. Ele estava hipnotizado quando seu amigo Kaio lhe trouxe um copo de cerveja.

– Feche a boca antes que escorregue uma baba, cara!

Max riu, bebeu um gole da cerveja gelada, mas continuou admirando-a. Como a bela jovem nem o notava, ele tentou se envolver no assunto que tanto fazia seus amigos rirem. Distraiu-se por algum tempo, mas logo seus olhos procuraram pela loira que não estava mais no mesmo lugar. Quando a encontrou novamente, não quis perdê-la mais de vista.

– Que mulher linda! – dizia a si mesmo.

Ela vestia um shortinho branco, um top preto e uma camisa transparente vermelha com a gola larga que caía em um dos ombros. As músicas mudavam de ritmo e categoria e a moça não parava de dançar. Max reparou que ela bebia caipifruta que buscava na mesa onde serviam também aperitivos. Uma de suas amigas começou a encará-lo, mas ele não tinha olhos para mais ninguém. Na verdade, Max chamava a atenção de várias mulheres por ser um homem alto, 1,90m, cabelo castanho escuro como os olhos, sobrancelhas grossas e dono de um sorriso encantador de dentes grandes e brancos como a neve.

Kaio curioso o perguntou:

– Qual delas está te deixando com esta cara de gato armando bote para pegar o rato?

– Aquela de short branco e camiseta vermelha.

Foi só encontrá-la com os olhos que Kaio também ficou admirado.

– Puxa, é maravilhosa mesmo, como é gostosa! Com certeza tem namorado, é gata demais para ficar sozinha.

– Até agora não a vi com ninguém e já se passou muito tempo para que o namorado ainda chegue.

– Então o que você está esperando meu caro? Vá à luta!

– Estou esperando a hora certa.

– Não existe a hora certa, quanto mais rápido você for, melhor.

–Não. Não é assim que funciona, assim você assusta a mulher e corre o risco de não ter outra chance.

– Ai, Max, como você é brega!

Max nem ligou para as gargalhadas do amigo.

Passado um tempo, Kaio se interessou por uma japonesa de cabelos negros na altura dos ombros que dançava bem próxima a eles. Max estava comentando como Helena foi sacana não indo com eles no cruzeiro quando percebeu que a garota que ele estava admirando iria buscar mais bebida, não pensou duas vezes e foi à mesa de frios chegando ao mesmo tempo que ela. Ela o olhou quase que nos olhos e o deixou ainda mais atordoado, seus olhos eram azuis piscina, os cílios grandes e suas sobrancelhas finas e arqueadas. Em menos de dois segundos ela desviou o olhar e olhou para mesa. Com os olhos, ela escolhia algo para provar. Ao ficar de perfil, seu nariz afilado e tão bem modelado lhe fazia parecer uma boneca, juntou os cabelos e fez um coque. Max queria mais do que tudo cheirar e beijar aquele pescoço de pele tão clara. O barman sem que ela dissesse nada a perguntou: