MEDO

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Pela manhã, Nanda foi com Henry e Tina fazer uma caminhada na Avenida Paulista. O sol estava quente e pararam para tomar água de coco em um quiosque próximo ao escritório de Cindy. Olhando para o prédio, Nanda lembrou-se que Max estaria ali dentro e desejou que as horas voassem para ficar de frente com ele e lhe dizer que ainda o ama e que sempre irá amá-lo. Tina falava sobre sua faculdade quando Nanda se distraiu ao reconhecer o pai descendo de um carro e entrando no prédio.

Max aproveitou que Cindy estava em reunião para procurar um livro onde tinha certeza que encontraria respostas para suas dúvidas sobre o novo caso. Assustou-se ao ouvir a porta se fechando, olhou e viu Rogério parado com uma arma apontada em sua direção. Ele gelou e não soube o que fazer.

– Até que enfim chegou à hora de acertarmos as contas, seu desgraçado! Além de querer acabar com a minha vida, também destruiu a vida da minha filha a engravidando.

Rogério continuava no mesmo lugar com a arma apontada para o peito de Max que estava com os olhos arregalados e permanecia imóvel e em silêncio.

– Pois bem, você quis me destruir, mas sou eu que vou acabar com sua vida primeiro, vou lhe transformar em um monte de nada.

Max pensava em Henry e Nanda, não queria morrer e deixá-los, mas ali em frente a uma arma engatilhada não teve esperanças e uma lágrima de seus olhos brotou. A porta se abriu e um estrondo ele ouviu, seu corpo foi arremessado para trás e ele caiu no chão.

– Pai o que senhor fez? – Nanda gritou e se abaixou, colocando as mãos onde sangrava em Max.

– Meu amor, olha para mim, por favor, seja forte, eu te amo! – Nanda chorava vendo Max forçando para não fechar os olhos.

– Que cena patética – Rogério disse antes de sair.

– Eu te odeio, sinto nojo de você! – Nanda berrava para o pai.

Ele lhe olhou surpreso e em seguida com desprezo. Assim que saiu, policiais entraram.

– Uma ambulância pelo amor de Deus, ele está perdendo muito sangue! – Nanda estava desesperada.

Cindy entrou na sala e também se desesperou. Ajoelhou ao lado de Nanda que apertava à ferida, tentando evitar a saída do sangue e chamando Max que estava desacordado e pálido. Rogério estava algemado e dois policiais o seguravam quando Nanda passou por ele seguindo os enfermeiros que levavam Max em uma maca. Ele a encarou com os olhos repletos de ódio.

– Foi você que me denunciou?

– Foi a coisa mais certa que já fiz em minha vida e pode ter certeza que nunca irei me arrepender!

Com as roupas sujas de sangue, Nanda e Cindy acompanhadas por Gefferson e Marcelo esperavam por notícias de Max que entrara na sala de cirurgia. Nanda chorava temendo o pior e percebeu que seu amor por Max era maior que imaginava. Chris que foi avisada pelo namorado chegou abraçando a irmã e se assustou com a situação de suas roupas. Marcelo a contou em detalhes o que aconteceu, pois Nanda e nem Cindy estavam em condições de falar, as duas choravam muito. Depois de uma hora que para Nanda mais pareceu uma eternidade, o médico apareceu.

– Podem respirar aliviados, pois o rapaz está fora de perigo e logo poderão vê-lo.

Nanda sentou-se e chorou ainda mais, Cindy lhe abraçou sorrindo e também chorando.

Um momento e o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora