SITUAÇÃO DELICADA

188 16 1
                                    

Pela manhã, Max foi o primeiro a se levantar. Tomou um banho e se olhando no espelho decidiu que não iria se barbear. Nanda estava se levantando quando ele voltou para o quarto.

– Bom dia – disse ele friamente.

– Bom dia – respondeu ela da mesma forma.

Henry acordou e quis logo sua mamadeira que Nanda foi buscar, enquanto Max trocava a sua fralda. O clima na casa não estava muito leve, mas todos estavam dispostos a fingir que esqueceram a noite de ontem. Kate que havia dormido muito mal se levantou cedo e teve uma conversa com os pais e os informou que desistira de voltar para o Brasil, pois estava preocupada em deixá-los. Tanto o pai quanto a mãe a desaprovaram e incentivaram a ir viver sua vida. Depois do almoço se despediram e com a promessa de darem um jeito de se verem ainda este ano partiram depois de fortes abraços. Kate não estava gostando nem um pouco do clima ente o irmão e a cunhada, mas preferiu não se intrometer e na intenção de ajudar passou a maior parte da viagem com o sobrinho. Mas isso não foi o suficiente e Max e Nanda passaram todo o tempo sem trocar nenhuma palavra até chegarem em casa. Tina recebeu os amigos com um lindo sorriso no rosto e quando teve Henry no colo o beijou dizendo o quanto sentiu sua falta. Ela o levou para tomar um banho e com a voz infantil o avisou que iria lhe fazer uma massagem bem gostosa. Nanda estava feliz em estar de volta em casa, mas sabia que a tempestade ainda não havia passado, pelo contrário, o clima ainda poderia piorar e muito. Subiu para o seu quarto e antes de tomar um banho ligou para a irmã e para a mãe. Quando saiu do banho enrolada a uma toalha deu de cara com o marido lhe olhando de uma forma indecifrável. Max sentiu uma vontade avassaladora de agarrá-la e beijar todo seu corpo úmido, mas aquela conversa inacabada, a dúvida e raiva que sentia por ela estar lhe escondendo algo o impediu.

– Vou tomar um banho e espero que você não fuja mais daquela conversa – ele seguiu para o banheiro e Nanda se sentou pedindo a Deus que mandasse seus anjos para lhe ajudar, pois sabia que deveria ser honesta com o marido e lhe contar toda aquela podridão sem esconder nenhum detalhe.

Ela já estava vestida quando Max saiu do banheiro apenas com uma toalha enrolada no quadril. Sua vontade era de saborear todo aquele corpo que tanto lhe excitava, e para piorar a sua barba que ela achava tão linda estava lhe deixando ainda mais faminta. Max sentiu seus músculos se contraindo com aquele olhar da esposa e quando ela mordeu o lábio inferior ao ver o volume que se formava na toalha esqueceu-se da conversa, da raiva e do mundo. Um voou no outro e se beijaram desesperadamente e quando deram por si estavam encaixado e gemendo alto enquanto seus corpos se descarregavam tanto da viagem quanto do clima ruim que pairavam sobre eles. Max a possuía com força, entrando e saindo sem parar e Nanda que estava por baixo deitada na cama arranhava suas costas. Quando eles trocaram de posição e ela ficou por cima cavalgando sem nenhum pudor levou os dois para outra dimensão e ambos se explodindo de tanto prazer gritaram seus nomes e em seguida perderam as forças.

Quando acordou, Nanda estava sendo observada. Max estava de pé já vestido e ao vê-la abrindo os olhos e se espreguiçando com um sorriso preguiçoso não resistiu e sorrindo voltou para a cama.

– Quanto tempo dormi? – ela beijou seus lábios e se deitou em seu peito.

– Mais de oito horas.

– Não brinca, sério?

– Sério – sorrindo Max colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. – Você estava cansada da viagem. E agora deve estar morrendo de fome, não está?

Ela concordou com a cabeça. Max se levantou e sobre o criado pegou uma bandeja. Nanda sentou-se animada e juntos se alimentaram tranquilamente. Apenas depois do desjejum, Max resolveu falar do que tanto lhe incomodava.

Um momento e o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora