Capítulo 3

125 8 6
                                    

No dia seguinte Lorena começou a trabalhar de verdade. Logo de manhã recebeu quatro linguados, trazidos pelo filho de um fazendeiro vizinho, um garoto de uns dezessete anos.

— Oi! Você chegou? Como vai? — perguntou ele, feliz, quando Lorena abriu a porta.

— Muito bem. Isso é para nós?

— Sim. Pescamos muitos ontem à noite e minha mãe pediu para eu trazer alguns para vocês.

— Lorena, você trouxe o seu telescópio?

— Claro que sim! Muito obrigada pela gentileza, Gordon. Posso lhe telefonar uma noite dessas em que as condições estiverem boas para observarmos as estrelas?

— Claro que sim. Tenho um primo chamado Mark, que está aqui. Ele é um pouco mais velho do que eu, e muito legal. Posso trazê-lo também?

— Claro. Agora preciso começar meu trabalho, Gordon. Até qualquer dia.

— O garoto já foi embora? — perguntou Peggy, que parecia contente com a vinda de Gordon. — Eu sabia que ele não ia demorar para aparecer. Mais tarde vou ligar para a sra. Haworth e agradecer os linguados. Estão muito bonitos; acho que vou prepará-los para o almoço.

Para surpresa de Lorena Park Jaehyung entrou na cozinha. Parecia
que acabara de sair do banho. Usava uma calça branca e uma camisa creme, que davam a sua pele uma tonalidade luminosa.

— Alo, Peggy! — cumprimentou-a com um sorriso encantador.

— Como vai, Lorena? O Sam já saiu?

— Não, acho que está lá fora, limpando a piscina — respondeu Peggy.

— Você acha que ele me emprestaria a lancha? Gostaria de visitar aquela ilha que fica em frente à janela do meu quarto.

— A ilha Bounderman’s? — Peggy sorriu, compreendendo o desejo dele. — Tenho certeza de que Sam não se importará em levá-lo até lá. Por que você não pergunta diretamente a ele?

Jae, no entanto, não queria ser levado, como fez questão de salientar.

— Estou habituado a diversos tipos de lancha e não vou ter problemas — disse a Sam, que não parecia muito convencido.

Percebendo uma certa tensão entre os dois, Lorena ficou em silêncio, aguardando a capitulação de Sam, que não aconteceu tão facilmente.

Sam observou Jae por alguns momentos, mas depois relaxou e consentiu:

— Muito bem, pode ir.

— Ótimo, vou sair logo depois do café. — Jae voltou-se para Peggy. — Você se importa se eu tomar café com vocês? Isso vai evitar o trabalho de arrumar outra mesa lá em cima. E eu
gostaria muito que você preparasse um lanche para eu levar.

Ele não está exagerando em seu charme, pensou Lorena. Transpirava também uma sensualidade que faria qualquer mulher se sentir mais feminina na sua presença. Isso acontecia com seus discos também.

Ninguém conseguiu entender por que Sam, normalmente tão zeloso das coisas de seu patrão, concordara em emprestar a lancha. Sam nunca admitiria isso, mas Lorena percebeu que, além da atração que Jae exercia sobre ambos os sexos, também impunha respeito aos outros homens.

Lorena começou então a arrumar a mesa.

Poderia ter sido desagradável aquela refeição matutina, mas, à descontração dos Robinson e à simpatia de Jae, transcorreu num clima tranquilo. Sam e ele discutiram sobre pescaria e os lugares que pareciam de fato interessantes naquelas redondezas.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 04, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Starry Ground || Park Jaehyung DAY6 ||Onde histórias criam vida. Descubra agora