Capítulo 14

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Quando cheguei no topo do morro, Sultão já me esperava com seu riso debochado.
Me deu nojo, mas me controlei.

Sultão: hello princesa , então quer dizer que te deixei com uma cria minha , menina minha muies estão endoidando, desde o começo você me deu problema, com esse seu jeitinho me cativou e quase perdi minha 7, logo eu.

E assim ele ficou falando e falando com seu ego inflado e eu somente escutei de cabeça baixa.

Depois de um tempo finalmente ele para , me olha e pergunta.

Então você agora quer o que ? Que eu te faça uma oficial isso?

Digo

Não, eu não quero essa cria, ela é só tua não e minha , se você não a quiser vou deixa para adoção no hospital e depois vou sumir.

Sultão
Então quer dizer que filho meu se não quer, tá ofendida bonitinha, tá se achando muito não, agora você não tem mais ninguém para morrer por você não lindinha, tá se achando não garota se toca , esse filho que tu carrega é uma honra , acha que é qualquer vadia que tem uma cria minha na barriga.

Nesse momento ele se aproxima e da um tapa na minha cara , com o qual mesmo eu caio no chão, então ele chega bem perto do meu ouvido e fala.

Sua sorte é essa cria senão eu ia te dar uma surra que você nunca ia esquecer, você vai ter meu filho e depois vai ser cadela de vapor tá escutando.

Quando ele fala isso eu aproveito do seu momento de distração e tiro a arma da sua cintura o mesmo se afasta e debocha

Não deve nem saber manusear isso aí minha filha devolve logo essa porra e ainda te deixo viva senão mando te matar mesmo com essa cria no seu bucho.

Rio sarcasticamente para o mesmo e destravo a arma , falo.

Olha lindinho tem muita coisa minha que você não sabe e nem vai ficar sabendo , não faço questão nenhuma para começo de conversa, mas tem algo que você deve saber , realmente esse filho e uma honra carregar o mesmo o pai dele era o homem mais honrado que passou em minha vida diferente de você seu idiota, ele olha para mim pasmo e eu continuo eu só fim aqui fazer uma coisa.

Sultão

Veio fazer o quê? Dá para mim, sabia que tu gostava piranha.

Não vim fazer isso.

E atiro..........

Na mesma hora os meninos que já estava de prontidão termina o serviço e o morro volta a ser nosso.

Choro um choro doido sentido, sabendo que por mais que tenha vencido , na verdade todos saímos perdendo, não verei o pai do meu filho , a única coisa que resta dele é esse pacotinho no meu ventre.

As mulheres de Sultão tbm perdem afinal a maneira delas amavam esse homem.

A nossa querida Mineira que viveu para ver todo esse massacre.

QUEBRA DE TEMPO
1 ano......

Nesse um ano muita coisa mudou...

Minha filha nasceu uma linda menina morena dos olhos azuis tirando o olho ela é a cara do Bruno, realmente xerox, como diz o ditado popular: Filho de puta da mãe tira a culpa.
Pois não precisa nem de DNA.

Passei o morro para o André , Wesley e Maik.

E me arrumo para sair daqui, minhas lembranças são muito fortes, falei que vou a São Paulo e quem sabe um dia volto, mas preciso desse tempo.

Vanessa quase surtou disse que não posso levar a filha de outro útero dela embora, a mesma é uma excelente mãe e tia, mas no final entendeu o que me mantém de pé é Maite , isso mesmo o nome da minha pequena é Maitê Bruna , tinha que ter o nome do pai , emagreci horrores pareço uma doente , não consigo superar minha perda jamais pensei ser capaz de gosta tanto de uma pessoa assim, mas aprendi e necessito sair para me recuperar ou tentar seguir em frente.

Levo comigo meus pais e Bruno no coração, suas lembranças e como fizeram minha vida na favela ser mais feliz.

Minha filha que é meu maior prêmio.

E a amizade dos meus parceiros que mesmo nos momentos mais difícieis estiveram ao meu lado e me ajudaram a levantar.

Levo minhas cicatrizes de um tempo que muito me ensinou.

Levo o dinheiro do tráfico que mesmo não gostando sempre foi uma realidade em minha vida.

Levo Angelica meu anjo que sem ela jamais estaria viva agora.

Me despeço de todos dou uma última olhada no meu morro com o aperto no peito , gravo na memória essa imagem.

Entro no ulber e vou mas minha filha e uma mala com nossos pertence e nada além........


Chego no aeroporto pago o ulber e vou para o portão de embarque.

Me despeço daquela que me acolheu e nunca me julgou , meu Rio de Janeiro, um dia iremos nos reencontrar...

Cria do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora