BRYAN -5

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Eu lembro de quando os ensinamentos de Bryan me ajudaram uma vez, e foi na primeira apenas, na prova de recuperação de biologia no final do bimestre, que teve a aposta se eu tirasse uma nota boa. Então eu ganhei, e ele teve que ir na festa, esse dia foi memorável 4 MESES ATRAS.

 -Vamos lá, certinho- disse zuando com a cara dele.

 -Eu ainda posso negar aposta?- disse ele tentando ser sério.

 -Vamos gente antes que os guardas passem por aqui disse melissa nos apressando. Estávamos pulando o portão de uma escola no extremo norte da minha cidade, tinha nada lá, só algumas pessoas sabiam desse lugar, e por sorte éramos umas dessas pessoas. Ao pularmos o portão e ir em direção a escola já dava para ouvir a música aumentando a cada passo que nos direciona a mais próximo da escola abandonada, o lugar em volta era cheio de arvores, parecia que tinha sido abandonada a muito tempo. Estramos na escola, já dava para escutar as pessoas se divertindo e rindo. 

-Hoje eu fui dormir contra a governo- disse o rapaz na porta.

- Mas não perceberam pois a governo não sabe que eu sou feliz- disse melissa dando risada. O rapaz sorriu para nós e abriu a porta, logo de início vimos as pessoas dançando, outras conversando, outras até mesmo se beijando, estava um clima muito divertido, estava um clima "livre". Então fomos aproveitar esse momento, ficamos dançando e fomos aproveitar esse momento, ficamos dançando e bebendo. Um tempo depois eu sai para tomar um ar, sai andando pela escola, ela era um pouco grande, parecia ter sido bem famosos, entrei em uma sala, e quando percebi estava em um teatro, tinha algumas plantas invadindo, mas dava para perceber que era um teatro, por conta das cadeiras desgastadas e do palco. 

- Perola, você está bem?- alguém disse atrás de mim, virei para trás e vi que era o Bryan.

 -Sim, estou só andando um pouco- disse pensativa devia ser legal estudar aqui quando essa escola funcionava...

 -Siiim, meus avos estudaram aqui- disse ele caminhando estre as cadeiras.

 -Que como assim?- disse espantada.

 -Eu encontrei uma foto dos meus avos quando mais novos, eles se conheceram desde mais novos... nessa escola.

 -E eles te contavam histórias sobre antes da ditadura? -Eles morreram pois eram contra a ditadura, de acordo com meu pais eles eram pessoas boas, eles lutaram pelos seu ideais até a morte, eu tenho orgulho deles por isso... Queria ter os conhecido...- ele sentou em uma cadeira que ele acreditava ainda o aguentar.

 -Entendo... Desculpa não sabia- disse envergonhada e sentando em seu lado.

 -Tudo bem...- ele sorriu para mim e eu seguro em sua mãe, ele fica meio tenso, mas depois relaxa, ficamos olhando para os lados de mãos dadas, um pouco estranho mas foi reconfortante estranho mas foi reconfortante.

 - Então conte me mais sobre esse certinho que você disse tentando puxar assunto.

 -A eu moro na cidade do lado e na mesma casa desse que nasci, meus pais são militares e cuidam da proteção do pais, e eu fico muito sozinho em casa, ou eles me colocam em orfanatos e coisas assim, como eu estou agora.

 -Mas eles voltam rápido?- perguntei não sabendo o que falar.

 -É dessa vez eles falaram que era importante, falaram que em 6 meses voltavam e me deixaram aqui, falaram que aqui era o melhor orfanato da região, como se fosse aqui fosse uma casa para visitantes- disse ele irritado parecia que esse assunto mexia com ele -Mas espero não voltarem falando que tenho um irmão.

- Realmente- disse segurando a risada, mas não aguentei e ele começou a rir também. E novamente um silencio invadiu a sala depois dos risos, até um barulho de tiros e gritos começarem a quebrar esse silencio, levamos um susto e até levantamos da cadeira.

 - Perola!!!!- duas pessoas começaram a gritar, de uma mulher e de um homem, e mulher era a melissa.

 -Estou aqui!!- disse gritando o mais alto que podia. Ela entrou com tudo junto com um rapaz, ele era alto e tinha cabelos pretos e olhos verdes, os dois pareciam preocupados.

 -Temos que sair daqui, os militares chegaram- disse ela desesperada e vindo em minha direção - O rapaz olhou para gente e disse temos que sair pela abertura do teto, eles estão vindo pelo corredor, então começamos a subir, era difícil , mas não impossível, o rapaz que não sabia foi o primeiro a subir e o Bryan foi o segundo e só dois ajudaram melissa e eu, estávamos no teto e decidimos deitar até que tudo passe. Se passou umas 2hrs para que tudo de acalmasse, a meli me contou que eles entraram atirando em todos, a sorte deles eram que estavam na cozinha, então os militares não viram eles. Aquela noite foi extremamente boa e extremamente ruim, só fiquei com mais raiva dessa ditadura, mataram pessoas que apenas queriam ser livres.

A Ditadura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora