O BEIJO-9

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  Estávamos chegando em Ruver, Bryan disse que era melhor passarmos por lá para saber as notícias,mas era muito perigoso, se nos estivéssemos sendo procurados talvez iriamos nos reconhecer, porem eu disse que tinha uma blusa de capuz que trouxe por precaução,ou seja, só eu poderia ir e ver o que se passava. Então combinamos de eu ir até lá com o capuz e ele me esperar do outro lado um lago 20 minutos depois da cidade. E enfim nos separamos, não sabíamos muito o que fazer, então nos abraçamos e desejamos "boa sorte" um para o outro. Entrei na cidade, nenhum dos guardas me param, ainda bem, e eu entrei em uma banca de jornal que havia uma Tv, e essa televisão dizia: 

-Houve um ataque no orfanato Santa Cecilia em Roosevelt...- era a minha cidade e o meu orfanato- não sabemos o motivo, porém é desconfiado que dois estudando que estão como desaparecidos tenham haver com o atentado contra nossa grande ditador, e seus nomes são Perola Cooper e Bryan Walker...- mas nem fazia sentido, não tínhamos armado nada, agora estávamos ferrados mesmo, estamos sendo procurados por toda região,tinha que sair para contar a Bryan. Nesse momento achei melhor sair de lá,nossas imagens estavam passando na Tv, na verdade, nossas fotos estavam em todos os lugares, decidi sair da cidade, nem compraria mais comida, não valia o risco. Estava indo em direção a saída, quando vi de longe os guardas revistando todos as pessoas que saiam, não podia mais sair por lá, tinha que pensar em algo. Comecei a prestar mais atenção a minha volta, tentando achar uma saída onde ninguém pudesse me ver, e nisso descobri que existiam 6 torres de vigia sem volta da cidade, duas ruas principais com entrada e de saída, fiquei mais ou menos uma hora pensando em uma saída, quando eu tive uma ideia, vi um caminhão aberto com nenhum motorista dentro, a minha sorte é que a cidade fica em uma decida, talvez isso poderia me servir. Fui até o caminhão para velicar se não havia realmente ninguém, e não tinha, olhei em volta e entrei no caminhão, a chave estava lá, parecia que o destino estava ao meu lado, não queria fazer isso, alguém poderia se machucar, mas eu tenho que tentar, liguei o caminhão e puxei quando ia puxar o freio de mão eu olhei para os guardas no portão, algo estava acontecendo, era o trouxa do Bryan, ele provavelmente se preocupou e veio me procurar, que homem mais burro. Os guardas tinham o descoberto imagino,ele estava sendo arrastado por eles, e foi ai que eu puxei o freio de mão e pulei caminhão, torcendo para que ninguém sai machucado, o caminhão foi descendo e pegando mais velocidade, e batendo em um monte de casas e as destruindo, os guardas que estavam segurando Bryan o prenderam ele em um poste e correram em direção ao caminhão, e essa foi minha chance, corri até Bryan que estava sangrando, eles tinham batido nele, só pedia desculpas, toda hora, já estava me irritando, não conseguia tira-lo de lá, foi quando ele falou:

- Ali atrás,tem uma cano, tente quebrar as algemas. E fiz o que ele mandou e deu certo, eu usei toda a minha força. Depois começamos acorrer em direção contraria a do caminhão, assim conseguindo sair por uma das saídas,não havia nenhum guarda na saída, e as torres estavam vazias, provavelmente por conta do caminhão. Chegamos no rio, já estávamos mais tranquilos, porem cansados, sentamos e encostamos em uma arvore de frente para o rio, já era pôr do sol.

- Nossa, isso foi louco- ele disse sério.

 - Realmente... Começamos a dar risada, olhamos um para o outro, ele sorriu para mim, seu sorriso era muito lindo, nossas bocas foram se aproximando, quando eu comecei a sentir pingos de chuva, e não era impressão, era verdade, começou a chover muito, nos fazendo correr novamente até uma cobertura, era uma casa na beira do rio, só havia escombros, mas dava um bom lugar para se esconder da chuva. Chegamos lá molhados e ele olhou para mim novamente, colocou sua mão em meu rosto e se inclinou e me beijou, nesse momento nem parecia que estávamos sendo perseguidos, nem parecia que estávamos em busca de algo que nem possa ser real,parecia apenas o lugar certo para se estar.    

A Ditadura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora