LONGE DE TUDO-8

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  Estávamos bem longe da escola agora, paramos para descansar um pouco e olhar mapa, mas na verdade ficamos uns 15 minutos só olhando um para o outro, não podíamos mais voltar atrás, já era. Depois desse 15 minutos, Bryan quebrou o silencio falando.

 - É agora vamos até o fim- disse ele sorrindo.

 - Já estamos ferrados de qualquer forma- completei. Começamos a rir e ver a bosta que tínhamos feito.

 - Certo, deixa eu olhar o mapa- ele disse mudando de humor muito rápido, agora ele estava serio, não o jugo por estar. Abri minha mochila e peguei o mapa e entreguei para ele. Ele olhou e analisou o mapa, provavelmente estava tentando calcular o tempo que chegaríamos lá.

 -Então, eu acho que irá demorar 2 dias, não tenho certeza- ele olhou de novo para o mapa.

 -É dois dias mesmo, e vamos passar por umas duas cidades no caminho, teremos que tomar cuidado- disse para ele.

- Como você sabe? - Eu pesquisei, meu amor- dei um sorriso e ele retribuiu.

 - Certo então temos que ir para o... Norte certo? Disse ele girando com o mapa e apontando para a direção.

 -É... Eu deve ser, não sou muito boa com direção- dei risada.

 - Que bom que eu sou então- ele também deu risada. Começamos a caminhar na direção que ele tinha apontado antes, no caminho ele foi me contando mais sobre ele, me falando histórias de quando ele era rebelde, era cada uma história que só dávamos risadas, queria ficar assim para sempre.

 -Eii, olha ali, parece uma casa- disse já cansada, eu acho que estávamos andando fazia umas 4 ou 5 horas.

 - Você quer descansar um pouco, quer a cansadinha? Disse ele tentando me zuar, dei um soco em seu braço.

 - Tá, tá entendi, não faça mais isso- ele disse dando risada e com a mão no braço. Fomos para aquela casa, ela parecia abandonada, estava meio degastada em algumas partes, mas mesmo assim era o lugar mais seguro para se ficar, entramos por um buraco no lado e olhamos o que nos esperava, e eram cadeiras quebradas, fotos jogadas no chão, e um machado, parecia uma casa que só uma pessoa morava, era pequena para uma família, provavelmente era a casa de um carpinteiro ou algo assim, enfim, encontramos uma sala onde tinha um canto que parecia confortável para de dormir. Então o Bryan acendeu uma fogueira e eu fui pegar o coberto que tinha pegado por precaução.

 -Você pensou em tudo mesmo- disse sorrindo para mim depois de ver o coberto.

 -É fiquei a madrugada inteira pensando nas possibilidades. Ele tinha acabo de acender a fogueira.

 -Mas e você, parece que já fez isso antes -Isso o que? -Fogueiras, olhar mapas e essas coisas.

 -É... Meu pai me ensinou, ele me levava para os acampamentos militares que ele ia e me ensinava, ele sempre quis que eu virasse um militar de exército.

 -A sim, entendo- disse sem saber o que falar depois.

 -Mas e você, seus pais te ensinaram algo antes de...disse ele se arrependendo de ter começado a falar.

 - Sim, eles me ensinaram a procurar respostas, me ensinaram a pesquisar e essas coisas, meus pais não gostavam tanto de violência, incrível que pareça- dei risada e ele me acompanhou.

 - Ok tudo pronto, quer ir dormir? Eu vou ficar um pouco de vigia- disse Bryan olhando para os lados.

 -Não, não eu vou ficar mais um pouco acordada... E essa é a última coisa que lembro de falar, provavelmente eu dormi. Eu não tive bons sonhos, eu estava muito agoniada, sonhei que o Bryan me abandonava, que chamava os militares para me pegarem, eu acho que não o perdoei por completo. Mas eu acordei assustada e olhei para os lados tentando encontrar Bryan e não o achei, levantei brava, já imaginava o que tinha acontecido, já estava chingando ele mentalmente enquanto arrumava minhas coisas e... 

-Perola?- era a voz dele- Não se preocupe eu não vou ir embora, não sem você pelo menos- ele deu risada Dei um sorriso, mas não podia deixar assim e disse.]

-Onde você estava?

 - Eu fui  pegar agua em um rio aqui perto- olhei para ele, ele estava com as garrafas na mão cheias de agua.

 -Desculpa, é que eu...- ele me interrompeu me abraçando.

 -Tudo bem, eu entendo Depois de um tempo nos abraçando, nós comemos, e depois arrumamos as coisas para continuar nossa missão perigosa, o próxima parada seria a cidade de Ruver, era perto e calmo lá, de acordo com os livros , mas mesmo assim pode ser perigoso.

A Ditadura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora