Capítulo 03

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_ Ana acorde!
_ Ela não abre os olhos.
_ O que houve?
_ Não sabemos , estávamos conversando em meu escritório  quando ouvimos o barulho do jarro ser jogado ao chão, corremos e lhe vimos caída com os braços cortados.
_ Como assim? Ela cortou os braços?
_ Não, os vidros do jarro cortaram.
_ Aí meu Deus! Conde o senhor tem que fazer algo, não podemos deixá-la assim, faça algo!
_ Senhorita Joana não se preocupe, já mandei a Remédios buscar algumas ervas e panos limpos para cobrir os cortes.
_ Ervas?
_ Sim.
_ Não podemos usar esses tipos de métodos temos que chamar um médico!
_ Filha o doutor Javier mora à 3 horas daqui.
_ Sim padre, mas isso vai contra todos os princípios da Marquesa, ela é uma mulher muito cristã e o senhor como representante da igreja também deveria ir contra esse tipo de religião.
_ Com todo respeito senhorita, a saúde da sua senhora e tudo o que diz respeito a ela está sobe minha responsabilidade, então farei da forma que eu julgar ser melhor.
_. Mas senhor.
_ Remédios rápido!
_. Aqui senhor, desculpe tive uma certa dificuldade de encontrar as ervas.
_ Sem desculpa Remédios, cuide logo da senhorita!
_. Sim, agora mesmo.
_ AÍ! Aí!
_. Ela está despertando!
_ Graças a Deus!

Abro os olhos com dificuldade, minha cabeça doe muito, meus braços estão ardendo, vejo Joana chorando e uma mulher negra com um grande sorriso segurando meu braço, um homem com batinas e um crucifixo que julgo ser o padre que estava conversando com o Alexander, uma senhora de cabelos grisalho e vestido verde-escuro e luvas brancas que lhe dá um toque de elegância, deve ser a mãe do Alexander e sentado ao meu lado na cama passando as mãos em meus cabelos vejo ele.
Quando me ver abrir os olhos o mesmo sorrir lindamente e posso ver suas lindas covinhas.

Meu Deus porque me sinto assim?
Ele nem ao menos me deseja e se ele me mandar ir embora?
O que vou fazer?

_ Como está se sentindo?

Uma ruga de preocupação surge naquele rosto perfeito.

_ Só um pouco enjoada.

Quando acabo de fala Joana se joga em cima de mim fazendo Alexander soltar minha mão.

_ Amiga eu estava tão preocupada, como você está?
_O que houve?
_. Não sei explicar bem o que aconteceu, só sei que você desmaiou.

Enquanto sou interrogada por Joana percebo ele sair de fininho e fechar a porta.
Não sei explicar, mas por um pequeno momento senti um fio de esperança, talvez seja porque vi preocupação em seus olhos e senti a delicadeza de suas mãos em meus cabelos e confesso que se não tivesse visto nunca imaginaria que mãos tão fortes poderiam ser tão delicadas  e suaves , ainda posso sentir a sensação de cuidado que ele transmitiu através do seu sorriso.

_ E que sorriso!
_ Como?

Aí meu Deus, acabei de falar meus pensamentos em voz alta.

_É... Nada, nada, julgo que estou delirando devo estar com febre.
_ Calma deixa eu verificar.

Joana coloca a mão na minha testa.

_ Não, penso que não.

A senhora de vestido verde se aproxima.

_ Licença minha querida posso verificar?

Balanço a cabeça em sinal de positivo, ela se aproxima e faz a mesma coisa que Joana, a mesma balança a cabeça dizendo que não , em seguida senta-se ao meu lado segurando minha mão como se estivesse tentando me preparar para algo que está por vim, ela sorrir para mim se aproximando do meu ouvido como alguém que conta um segredo e diz:

_ Sim, seu sorriso é realmente lindo e não é porque sou sua mãe.

Suas palavras me surpreendem e me fazem corar, por um momento pensei que ela diria teria que voltar para a Espanha, mas não, ela não o fez.

Ana Júlia de Aragón( com erros ortográficos e sem revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora