Quando toda paciência se esvai com a fumaça dos veículos,
dos cigarros medíocres
ou
de algum estúpido queimando
lixo na esquina da sua casa, a
raiva torna-se companheira indesejável arrancando a carne do corpo e jogando aos cães na rua.
E toda a gente protestará
com raiva
contra a
sua raiva e
não há nada que se
possa fazer a não ser planos e deixá-los na gaveta
até
que um dia nosso corpo atinja
alguém ao ponto de esquecer a própria identidade.
Ser deixado pela raiva nessas horas é um sentimento baixo onde ficamos
abandonados no
escuro de nossas mentes e
refletimos
horas
e horas e
horas
em
frente da parede
para no final irmos dormir
com lágrimas
quentes descendo
dos olhos como
lava.
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Os Bêbados Demônios das Madrugadas Falantes
PoesieColetânea de poemas escritos em dias ensolarados, noites geladas, ao lado de uma máquina de escrever e de um cadáver.
