Pretexto

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Por Renato de Amorim Gomes

Nunca foi o café da manhã
o pão na chapa, o pingado
Sempre foi o momento de conversa,
as risadas e a diversão.

Nunca foi a cerveja e
tão pouco a embriaguez
Sempre foi ter a coragem para falar
o que se pensa,
desabafar qualquer problema
declarar seu amor e sua raiva
sem vergonha.

Nunca foi o almoço
não era a lasanha, o arroz
ou a sobremesa
Era sempre a companhia,
a reunião, a fraternidade
o "estar junto" de verdade.

Nunca foi, na verdade
o "x-salada",
não era a "Canoa", não era...
era o conversar francamente
era contar piada de qualquer coisa
que se via pela frente.

Nunca foi o "você vai deitar agora?"
na verdade, era sempre
"vem deitar comigo".

Nunca foi uma ligação sem motivo
não era um "só quero saber se está tudo bem"
sempre foi o "sinto sua falta,
te amo, ainda bem que está tudo bem".

Nunca foi "só dei uma passadinha"
mas sempre foi o querer te ver
e sentir sua presença e o seu abraço.

Nunca foi (e tomará que nunca seja)
que os pretextos continuem existindo
mas que acima de tudo, prevaleça
as verdades por trás deles!

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