Quando o assunto é desespero!

100 10 0
                                    


[...] Ele estava vestido em um terno branco que aparentava ter um porte suave, portava nas mãos luvas de renda um pouco grossa, mas com sua delicadeza ainda ilesa, com uma capa branca de detalhes dourados caída por cima de um ombro, e algumas tranças caídas junto, a gravata branca e a máscara dourada de amenos detalhes ruços cobriam-lhe os olhos vermelhos carmim. Jogou os cabelos para o lado e adentrou o grande salão.

Dançando de modo eufônico, mas com giros e movimentos fortes, porém não brutos ambos os parceiros estavam a esconder suas faces por de trás das mascarilhas. A Bela dama de vestido branco esvoaçante e marcante, simplesmente sem muitos enfeites, e os poucos que possuía lhe lembravam de rosas prateados e cristalinos, mas belíssimo. Os cabelos longos castanhos escuros brilhantes e afáveis ornamentavam de maneira delicada com a máscara clara sobre seus olhos ambares.

Ambos dançavam muito bem, e aquilo era de fato belo, o rapaz de cabelos escuros de um vermelho queimado, quase castanho; Com o terno preto e mascara carvão escondendo por trás os olhos azuis gelo.

Dançavam tão lindamente, devidamente perfeitos. Ou... Um desastre na certa?

"Oh, um baile de máscaras!" pensou Taiga.

Logo um rapaz de cabelos azuis escuros, estrategicamente bagunçados de um jeito sexy jogado para o lado, e olhos azuis tão claros e chamativos quanto os do belo rapaz de cabelos rubros queimados. A pela morena contrastava com o terno e a blusa social preta e a gravata branca contrastando com ambos. Um encanto de rapaz se dizendo assim; Logo o homem misterioso lhe estendeu a mão, coberta pelas luvas preta de tecido ameno que pegavam das pontas dos dedos do colomi até um pouco acima dos pulsos amorenados. Os olhos de Taiga subiriam da mão que lhe fora estendida até os braços e o ombro sob a capa preta de detalhes dourados e finos na borda, que assim como si, era caída apenas de um lado do ombro, se dirigindo ao peitoral bem esculpido por sinal do desconhecido e o rosto cabedal atrativo do homem.

O Belo estranho mascarado teve sua mão aceita e pega por Taiga de modo gentil e deveras suave, assim puxou-o ruivo para perto enlaçando a cintura do ruivo, que por si só deixou a mão livre cair no ombro do homem livre da capa negra do rapaz misterioso.

E assim começaram a dançar e rodopiar calmamente pelo belo salão.

O rapaz repentinamente em meio ao movimento ousado puxou-lhe pela cintura para mais perto colando ambos os troncos e quadris, logo selou levemente ambos os lábios, apertando mais a cintura do ruivo.

Taiga colocou a mão sobre o rosto do moreno, era um toque brando e afetuoso. O rapaz soltou a mão da cintura de Taiga levou-a até a mão do ruivo sobre a lateral do próprio rosto direcionando a mão não tão alva para sua máscara negra, assim guiou os dedos de Taiga, onde por segundos descansou, enquanto o rapaz lhe beijou suave e carinhosamente a palma.

Ao se separarem, Taiga retirou-a com cuidado e devoção, com o toque da mão quente ainda sobre a sua, e a máscara do outro homem foi retirada dando lugar àqueles orbes frios e intensos que lhe arrepiavam a alma.

-Daiki... - Semicerrou os olhos um pouco mais, e chegou rente a face aposta a sua, a mão amorenada voltou a sua cintura e juntaram testa com testa e nariz com nariz, a assim o ruivo fechou os olhos sorrindo venturoso.

-Daiki... Não saía daqui, nunca mais... - Proferiu colocando ambas as mão no rosto alheio novamente, que deslizaram para os seus cabelos e assim que Daiki descansou a cabeça na curvar do pescoço de Taiga, aproveitando o carinho e afago que recebia do ruivo nos cabelos azulados.

O moreno riu.

-Você que deveria ouvir isso de mim... - Ficou sério por um momento. - Não saía nunca do meu lado. Eu te amo, e sei que se te perdesse não haveria mais chão para mim, eu não aguentaria mais uma vez... - Apertou mais o abraço. - Eu te amo, meu pequeno. – Sorriu novamente menos tenso para o avermelhado a sua frente.

Le fils sombre~Onde histórias criam vida. Descubra agora