Em um território desolado pela guerra e pela fome, humanos pagam o preço pegos em meio as animosidades entre clãs de vampiros. Nesse contexto, um vampiro Jungkook, senhor de um grande território encontra uma humana, Samira, quase morta após sua alde...
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Eram tempos difíceis, por todo o país a guerra, a fome e a peste se espalhavam dizimando famílias inteiras e com a minha não foi diferente. Eu estava caída, em meio aos corpos apodrecidos de amigos e parentes apenas esperando a minha vez de ser levada ao outro mundo. Sons de cascos de cavalos me fizeram erguer a cabeça, que aliás, era a única parte do meu corpo que eu ainda tinha forças para mover.
Um imenso corcel negro surgiu na minha linha de visão, suas patas encobertas de pelo liso nas pontas batiam no barro vermelho levantando uma nuvem de poeira na minha frente. Alguém desceu do cavalo e eu pude ver suas pesadas botas se aproximando do meu rosto. Eu estava tão fraca, tão cansada que tudo começava a desfocar e parecer apenas um sonho febril.
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(???): - Hey, garota! Você está viva?
Que pergunta idiota, pensei para mim e sorri. Definitivamente eu devo estar sonhando.
O homem a quem a voz pertencia se abaixou chegando a minha linha de visão. Seu rosto estava parcialmente encoberto por uma máscara preta e seus olhos muito azuis estudavam meu rosto com um ar frio e imparcial. Não existia sequer qualquer vestígio de emoções naquele olhar.
(???): - Mais alguém vivo?! - o homem gritou e seus companheiros gritaram uma resposta negativa. - Certo, vamos embora! - disse se virando.
Não, não, não... ele não podia me deixar ali. Eu ainda queria viver.
Com muito sacrifício estiquei minha mão e agarrei seu tornozelo. Ele se virou para me olhar. Seus olhos azuis-gelo se estreitaram me estudando com presunção.
Samira: - Por... por favor... Eu... eu estou... viva. - falei com um esforço sobre-humano o gosto ferroso de sangue se infiltrando no meu paladar.
(???): - É, você pode ser útil para alguma coisa.
Ele se abaixou e me pegou no colo, me levantando com tanta facilidade como se eu não passasse de uma pluma. Meu corpo machucado e exausto se aconchegou contra o peito largo dele, absorvendo sua temperatura incrivelmente alta, como se ele queimasse em febre. Habilidosamente ele subiu comigo no imenso cavalo negro que relinchou e ergueu as duas patas da frente no ar como se saudasse seu mestre.
