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Você sabe o que é uma porcaria? Ficar frustrada. Especialmente com a faculdade quando você já está frustrada por causa das provas. Pagando sua mensalidade. Amigos. Namorados. Mas pra mim, o namorado não enxaica. Sim, eu sou lésbica. Mas todo mundo que eu conheço pensa que eu sou hétero. Meninos me chamam para sair. Na realidade vários meninos me acham sexy. Desde quando eu assumi abertamente que eu sou lésbica. Sim, eu fui agredida um pouco por aqui. Minha companheira de quarto, Dinah, ela é uma garota legal. Ela é lésbica, mas não assumida. Ela sempre está lá para me ajudar não importa o que for. Parece que eu sou uma fraca, mas Dinah não é uma garota que aceita pessoas falando qualquer besteira de você. Especialmente as pessoas que me chamam de “sapatão” ou qualquer outro nome que eles escolham por dia para me insultar. E honestamente, eu posso me defender. Mas Dinah é muito mais intimidante do que eu. A garota lésbica de um metro e setenta e três, ela tem quatro tatuagens. Sem contar o fato de que ela é a estrela do time de basquete. Ela é desejada por todos os garotos desse colégio o que é uma pena para eles já que ela prefere outra coisa.

– Oi Laur. – Dinah me cumprimentou entrando pelo saguão do dormitório toda suada com sua mochila por cima do ombro esquerdo. Ela acabou de voltar do treino de hoje. Ela desabou próximo a mim no sofá e com um sorriso aberto no rosto.

– Olá Dinah, como foi o treino hoje? – Eu perguntei passando minha atenção do meu iPod pra ela.

– Não muito bom. Principalmente os treinos de hoje. Sexta tem jogo. Eu to cansada. – Ela suspirou.

– O que é isso Dinah? – Ela passou a mão na nuca e me olhou, inclinando se um pouco sobre mim, coisa que outras garotas não fariam por aqui.

– Aquele menino, Ryan, estava falando merda de novo. Eu dei alguns socos na cara dele por nós... mas ele continuou. – Eu franzi a testa e meu coração afundou.

Ryan era um idiota homofóbico pra caralho. Ele vem pegando no meu pé desde que eu me assumi. Felizmente Dinah me tirou dessa afinal, vamos encarar os fatos. O menino é um pouco maior que Dinah. Eu não teria nenhuma chance. Eu tinha o visto levantar pesos na academia. Ryan apenas me odeia, ele quer me derrubar. Mas eu não deixarei isso acontecer. Todo dia eu ponho uma expressão de bravura no rosto. Não importa o quão isso é uma merda.

– Ah... Obrigada de novo. – Eu murmurei. As mãos de Dinah acariciavam minha coxa carinhosamente no esforço de me fazer me sentir melhor. – Dinah, você não se assumiu, se lembra? – Eu a lembrei. Ela riu.

– É eu sei. Mas normalmente eu rio, sorrio dou uma risadinha ou coisa do tipo. Você está realmente mal, não está? – Ela perguntou, eu resmunguei cruzando minhas pernas em cima do sofá. – Eu te admiro, Lauren. Você sabe que eu te amo. – Ela sorriu envolvendo eus braços em meus ombros. Eu lhe dei um meio sorriso falso.

– As vezes é demais, sabe? – Eu disse a Dinah. As mãos de Dinah bagunçaram meus cabelos, depois ela me puxou para fora do sofá com ela.

– Venha, vamos jantar fora? Por minha conta. Eu vou te levar no Anna's. Eu sei o quanto você ama aquela comida. – Ela sorriu. Eu sorri embaraçada.

– Podemos ficar para a sobremesa? – Eu a perguntei. Ela rolou os olhos e me puxou saguão a fora. 

– Qualquer coisa que bote um sorriso nesses lindos carnudos lábios de garoto no qual os garotos são doidos. – Ela riu.

– Pena elas jogarem pelo mesmo time. – Uma voz profunda nos interrompeu. Meu estômago deu voltas.

Era Ryan.

– Me deixe em paz. – Eu murmurei. Ele se aproximava de nós.

– O que há de errado Laurenzo? Sua pequena guarda costa te protegerá hoje ou você continua sendo uma covarde? – Ele riu silenciosamente. Eu deixei escapar um grunhido.

– Deixe a Lauren em paz, maldito. – Dinah rosnou para ele. Ryan estava cara a cara com Dinah. Uh Oh. Por favor, sem brigas. Por favor, por favor Dinah use seu bom senso agora e não se deixe levar por seus instintos.

– Faça-me parar. 

– Dinah, vamos! –  E rapidamente eu a puxei para longe dos rapazes enfurecidos.

CAMILA POV;

– Normani estamos fechados. – Disse para ela assim que o último cliente saiu da loja.

Ela estava tocando alguma música no violão. Normani e eu temos um estúdio de tatuagem. Normai faz tatuagens também, ás vezes piercings mas ela estava esgotada esse dia. Normalmente, quando ela fica cansada ela só pega o violão e começa a tocar bonitas melodias e cantar em voz baixa. Pessoalmente, ela tem uma carreira a mais do que colocar brincos nas pessoas, mas nós amamos nosso trabalho. Então, aposto que vocês estão pensando “vocês estão com o corpo coberto de tatuagens e piercings no rosto e deliniador nos olhos?” Eu sim, mas a Normani não. Ela só tem um alargador e ele não é muito grande e também um piercing nos lábios que ela usa só quando quer. Eu tenho muitas tatuagens e piercings mas pro bem da minha mãe eu parei. Ás vezes minha irmã olha pra mim e começa a contar minhas tatuagens. Mas não deixe nossa aparência te enganar. Nós amamos nossas famílias. 

– Tudo bem Mila. – Normani respondeu. Eu guardei todas as agulhas, aparelhos, piercings na caixa e Normani se aproximou de mim segurando meu casaco e seu violão.

– Você está com fome, Mani? – Nosso estômago roncou na mesma hora.

– Anna's? Provavelmente ela ainda está aberta.

– Parece ótimo. 

Fechei o estúdio e apaguei as luzes do lado de fora depois disso fomos caminhando para nossa lanchonete.

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Esta fanfic também é uma adaptação, como todas as outras. Espero que gostem. 

The TattooistOnde histórias criam vida. Descubra agora