The Tattooist

13

Uma semana se passou. Uma semana de mensagens fofas. 3 dias seguidos nos encontrávamos no intervalo que eu tinha na loja. Uma semana desde o nosso primeiro beijo. E apenas algumas horas até o próximo. Lauren era uma garota incrível. 

Nós iríamos sair, para um encontro, eu iria encontrá-la na escola. Ela está ficando melhor  da concussão. Dinah sempre observa ela. Eu me senti mal por Laur, desde que ela me mandou uma mensagem dizendo que estava sendo vigiada pelos professores por causa do Ryan. 

Andei pelos corredores familiares, os mesmos olhares, como no outro dia. Eu não me importava mais. Estou acostumada com isso, mas como eu já disse. É chato.

– Oi Camila! – Bridget acenou para mim e eu dei um sorriso para ela.

Se ela me atrasar para meu encontro, eu irei explodir.

– Hey Bridget. – Notei uma menina com ela e não era Sophie. – Quem é sua amiga?

– Bella. Bells, essa é a Camila. – Bridget nos apresentou. Ela deu um sorriso caloroso.

– Oi, eu odeio correr Brid mas eu tenho que encontrar Lauren. – Avisei tentando me livrar dela.

Saí correndo pelo corredor e cheguei a porta da Lauren. Bati duas vezes e a porta se abriu. Ela estava apenas de calça jeans.

– Ei, você chegou cedo!

– Eu pensei que estava atrasada. – Eu ri.

Ela me puxou para dentro. Quando a porta se fechou, segurou meu rosto e me deu um selinho. Me afastei sorrindo.

– Coloque uma camisa. – Eu pedi. Ela revirou os olhos e foi até sua cômoda. 

– Por quê você se encomoda quando me vê sem camida?

– Não. – Eu respondi séria. Ficamos ali em um silêncio constragendor. Meu silêncio preferido. – Você sabia que cada minuto de silêncio constrangedor um bebê gay nasce?

Ela me deu um olhar estranho e puxou uma camisa branca da Marilyn Monroe da gaveta e vestiu rapidamente.

– Ok Camz. Você é tão estranha. – Ela sussurrou antes de dar um beijo na minha testa.

Ela pegou minha mão e saímos de seu dormitório. Caminhamos por um tempo; Eu sinceramente não tinha ideia de onte estávamos.

– Então, o natal está chegando, sim? – Ela começou. Balancei a cabeça. – Eu tenho 1 semana e meia de férias.

– Você está insinuando algo, Lauren? – Eu ri. Ela deu de ombros.

– Não sei, você me disse que ia ficar de folga até fevereiro, então...

– Tudo bem. Tudo bem, mas eu vou para casa da minha família por 3 dias.

– Bem, eu vou para casa da minha também. 

Ela estava andando atrás de mim e eu senti suas mãos na minha cintura.

– Como sua família é? Louca como a minha? – Perguntei.

– Eu duvido que sua família seja louca, Camz.

– Eu tenho uma irmã menor. – Suspirei. Ela riu. – Você ri agora, mas é você que vai ter que brincar de casinha e fazer chá com ela... Oh espere, você não vai ter que fazer isso. 

– Você é muito estranha.

– Mas eu sou boa com crianças.

– Eu sei. 

– Pra onde estamos indo? – Perguntei assim que percebi que estava sendo guiada para um lugar desconhecido.

– Deixe de ser curiosa, só mais um pouco. Não se preocupe.

– Mas vai fazer muito calor hoje!

– Como você sabe? Não estava no jornal hoje. – Disse, confusa.

– Lauren você não tem 40 anos, você tem 19. Não assista jornal, por Deus.

– Obrigada pelo elogio. Mas, falando sério, como você sabe? – Ela perguntou. Eu dei de ombros.

– Intuição feminina. 

De repente, Lauren parou e me puxou para dentro da floresta.

– Lauren, que porra você... Nossa... – Paramos em frente a um pequeno lago. – Isso é incrível, como você encontrou? – Eu perguntei, atordoada.

– Tenho meus caminhos, Cabello.

– Você é uma chata.

– Sim, mas você tem que me aturar porque eu sou sua namorada. 

Meu coração desparou e meu estômago deu reviravoltas.

– Namorada? – Repeti.

– Namorada. – Ela afirmou.

– Nós somos namoradas. – Eu sorri. Ela me deu um selinho. – Oi, esta é minha namorada, Lauren. – Eu disse com uma voz engraçada. Ela corou. – Pare de corar, você fica tão linda.

-x-

Estávamos nadando por quase meia hora, quando Lauren e eu começamos a cansar. Fizemos nossa caminhada de volta para cidade e pegamos o caminho de minha casa. 

– Pode entrar. – Eu abri a porta para ela entrar no meu apartamento.

Meu apartamento era bonito. A vista da cidade era linda. A cozinha legal, quartos normais. Os pisos de madeira eram todos novos. No geral, era acolhedora.

– É bonito aqui, Camz. – Ela elogiou, passando seus olhos por todo o local.

– Obrigada. – Eu sorri para mim mesma.

– Será que você tem alguma calça para emprestar? As minhas estão molhadas.

– Já volto.

Fui para meu quarto e procurei alguma calça que servisse na Lauren. Tirei minha calça jeans e coloquei uma calça de pijama. Voltei para sala com a calça para Lauren na mão. Ela estava sentada na cadeira de frente para janela. Sentei no colo dela e ela passou os braços pela minha cintura. 

– Hey. – Eu chamei.

– Oi Camz. – Ela murmurou. 

– O banheiro é no corredor. – Disse empurrando a calça para ela. – Quando você terminar me dê sua calça para colocar na secadora. 

Lauren POV;

Esse dia foi divertido. Eu planejava apenas levar Camila, mas ela queria que eu ficasse. Meu coração está louco batendo tipo 30 bilhões de vezes por segundo. Há algo nela que a torna tão adorável. Talvez seja porque ela era tão vulnerável. Talvez seja o jeito que ela me protege, ou talvez seja apenas o dia que eu a vi cuidar de mim naquele hospital. Como ela não saía do meu lado de jeito nenhum, até Dinah voltar para casa. Talvez fosse o ataque de pânico que eu vi. Isso me assustou e eu me preocupava com ela. E não vou deixar mais nada machucá-la. 

Troquei a calça que se encaixou em mim perfeitamente bem. Na verdade, ela era um pouco mais apertadinha em mim. Isso me fez pensar o jeito que esta calça ficaria nela. Abri a porta, segurando minha calça úmida. Voltei para sala e Camila ainda estava no mesmo lugar, então eu sentei no colo dela.

– Jesus Laur, você está gelada. – Ela disse me empurrando. Eu beijei sua bochecha.

– Sinto muito. O que é isso? – Perguntei olhando dois copos na mesa ao lado.

– Refrigerantes super gelados. Não quero que você fique morrendo de calor. – Ela me entregou um copo.

Dei um beijo nela antes de beber. Encoste minha cabeça no seu ombro.

– Isso é bom. – Ela resmungou. 

Ficamos em silêncio por um tempo. 

– Camila? – Chamei mas não obtive resposta.

Olhei para ela. Seus olhos estavam fechados com um pequeno sorriso no rosto. Eu sorri.

Foi um encontro perfeito.