Madi
Já fazia dois dias que Tyler me disse aquelas coisas, depois desse dia ele não levou o Christian na escolinha. Até cheguei a pensar que ele havia tirado o Christian da escolinha. Mas é o Tyler, nunca que ele faria isso apenas por te colocado a culpa toda em mim, por uma coisa que nem sequer eu sabia.
Hoje a noite continua bem fria, como nas noites passadas, parece que vai nevar. Minha mãe viajou a uma semana a trabalho. Então, fico sozinha em casa. Mas não hoje, hoje Amber disse que vai me levar em uma balada. Odeio baladas, mas o que não fazer por Amber.
Amber me fez vestir um vestido super colado. O que tem demais em ir a uma festa — com uma calça justa e uma blusa de manga — de adolescentes super bêbados e suados de tanto se remexer. Amber quis passar em mim um kilo de maquiagem, coisa que não permitir. Ela pode até me fazer usar uma outra roupa, mas maquiagem, maquiagem não e não.
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— Ainda não acredito que estou nesse lugar — observo todas aquelas pessoas enlouquecidas com a música — Você é uma chantagista, por você que estou aqui.
— Ah! Eu te trouxe pra você se divertir, não para ficar reclamando o tempo todo. Então por favor! Cala a boca e me segue. — como assim! Amber está muito ousada.
— Amber! — seguro sua mão como se fosse me perder dela. Amber para frente ao pequeno bar.
— Eu já disse, Madi! Vamos, beba aqui este copinho. — Amber me oferece um copo que não é copinho e sim um copo enorme com alguma bebida que não sei o nome.
— Não acredito que estou fazendo isso — tento virar aquilo de uma vez, Amber não me largava enquanto não bebesse aquilo tudo.
Tempo depois Amber já estava prestes a cair dançando, se esfregando com garotos mais novos que ela. Amber realmente não tem jeito. Se isso é diversão, eu descarto.
Já faz umas duas horas que estamos aqui, nesse lugar insuportável. Não sei que graça tem ficar se esfregando com esses caras fedidos ou beber praticamente todo o estoque de bebidas. A primeira vez e última vez que eu bebi para ficar bêbada foi com o Max. Eu não o suportei depois daquele dia, ele fez coisas que eu não queria, não naquele momento. Depois de Max, não me relacionei com nenhum outro cara. Achava que Max me amava, de verdade.
— Oi — algum intruso sussurra em meu ouvido.
Esses caras acham que são quem pra chegar dessa maneira. E ainda mas… totalmente encostado em mim. Me viro para saber quem é.
Henderson. Max Henderson.
— Max. Mas, o que você está fazendo aqui? — pergunto, ainda sem acreditar que ele está aqui.
— Surpresa! O que todos estão fazendo, se divertindo — babaca — aliás, você também devia ficar como a Amber.
— Sempre sendo babaca, não é mesmo? Você não tem jeito mesmo, Max. Nunca vai mudar.
— Não! Eu mudei, e muito. Somente você não percebeu isso, vim provar a você que eu mudei e foi pra melhor. — segura em meu queixo e eu imediatamente retiro suas mãos de mim.
— Não preciso de provas para saber que você não mudou, não estou nem um pouco interessada nesse seu papinho idiota de sempre — tento encontrar Amber com meus olhos, mas nada.
— Você que mudou, cadê aquela menina educada que conheci — Max puxa meu braço me fazendo virar para ele.
— Me solta. A menina educada que você conheceu, sinto lhe informar. Mas ela não existe mais. — puxo meu braço com toda minha força
— Eu só quero conversar, Madi. — súplica.
— Não estou afim de conversa, não com você — sai andando e Max continua a me seguir.
— Fala sério — Max para em minha frente — Não precisa disso, Madi.
— Por favor, Max! Me deixa em paz.
— Tá tudo bem aqui? — finalmente, Amber interfere.
— Tá tudo… — Max tentar falar, mas eu o corto.
— Não! Não tá tudo bem — me viro para Amber — Eu preciso ir embora daqui, agora. — puxei ela para longe dali.
— Ue! O que o Max fez?
— Ele falou comigo, foi isso Amber. Agora, eu só preciso ir embora.
— Tá bom! Toma aqui as chaves do meu carro — me entrega.
— Mas. Você não vai? — coloco as chaves em meu bolso.
— Não! Hoje eu vou me divertir com o Tom — sorri sarcástica.
— Amber — a repreendi rindo, sem juízo.
Sai imediatamente daquele lugar barulhento, não sei como essas pessoas aguentam ficar até o amanhecer com esse barulho ensurdecedor. Sento-me no banco do carro de Amber, não dirijo muito bem. Mas, acho que vou chegar em casa viva e intacta, sem um sequer arranhão.
Do a ré naquele estacionamento minúsculo, quase não saía dali. Aperto no botão para ligar o aquecedor e liga o ar gelado, ah! Por favor, colabora. Aperto novamente e sinto o aquecedor.
Depois de algum tempo já estou frente a praia de Charlotte, o mar é tão lindo a noite. Estaciono o carro e desço do mesmo. Respiro fundo, cheiro de mar é tão bom quanto. Saio andando pela praia e me sento em uma parte cheia de areia, brinco com a areia em minhas mãos.
Penso em como minha vida mudou nos últimos anos, não sou mais a Madi ingênua que todos conheciam, me sinto bem melhor agora.
Rian: Madi, o que está fazendo a essa hora sozinha, sentada na areia. Aceita companhia?
Olho para trás e vejo Rian na varanda do seu apartamento.
Ryan é um amigo de faculdade, conheci ele no meio do ano colegial. Amber sempre falava dele pra mim, que era legal e que eu me interessaria, até descobrir que Ryan já namorava com uma garota a mais de seis anos.
Madi: Pensando na vida! Nada melhor que o mar a noite. Não precisa eu já estou quase de saída, só vim relaxar uns minutinhos.
Sorrio e deixo o celular de lado. Ryan sempre protetor, nunca achei que conhecerei um cara que quer o bem de garotas, exceto por Mark, meu irmão mais velho por parte de pai. Mark mora em Los Angeles com sua família, mas sempre vem para Carolina do Norte, saber como estamos.
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Soul Love
RomanceA vida de Tyler nunca foi o conto de fadas que as pessoas esperam. Perdeu a mulher que mais amava em um acidente de carro, aquilo pareceu ser o fim de sua vida, não existia mais o Tyler e sim um homem ferido pela vida com um filho para cuidar. Co...