Capítulo Dois

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                — Precisamos arranjar um jeito de controlar a Jullie. — disse Ricardo.

                "Pelo que percebi, ela só ataca quando está no limite." Disse Luna que estava deitada no braço do sofá.

                — Também percebi isso e ela está chegando ao limite mais rápido agora que está ficando maior. — Ricardo olhou para Jullie que dormia em seus braços.

                "Seria bom se pudéssemos dar o que ela precisa sem ter que matar ninguém."

                — Luna, você é um gênio. — Ricardo disse um pouco mais alto do que pretendia.

                — Papai? — Jullie passou a mão em um olho para espantar o sono.

                — Desculpe, meu amor. Volte a dormir.

                — Papai, eu tive um sonho estranho.

                — Como que foi? — Ricardo alisava o cabelo de sua filha.

                — Eu sonhei que era um soldado, que estava em uma guerra para proteger a minha rainha. — Ricardo arregalou os olhos.

                — Sua rainha?

                — É, uma mulher bonita com cabelos brancos, olhos azuis. O ar perto dela era gelado. — Jullie bocejou. — Eu morreria por ela. — aos poucos a criança voltou a dormir.

                "Ela sonhou com a Nephertite?" Perguntou Luna.

                — É o que parece e se Jullie morreria por ela, é porque são da mesma raça. — disse Ricardo levantando com Jullie.

                "Onde vai?"

                — Visitar uma semelhante dela. — ele subiu as escadas e colocou Jullie na cama.

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                — Ricardo, a temperatura da Jullie está caindo. — disse sua mulher.

                — Eu sei, Susana. Tenho um remédio que pode fazer com que volte ao normal.

                — Como assim pode fazer? Você não tem certeza? Onde arranjou o remédio? Não quero que faça a minha filha de cobaia. — Ricardo segurou o rosto da mulher.

                — Consegui com uma amiga que é... Médica também e quero que confie em mim.

                — Isso vai acabar matando ela, não vai? — Susana estava com os olhos brilhando, tentava não chorar. — Ela fica assim todo mês e ainda tem os olhos, ela pode ficar cega também, né? — ver a esposa assim cortava o coração de Ricardo e não contar a verdade o fazia se sentir o pior dos maridos.

Dama da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora