Mortos

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Andando pelo vale da morte eu me encontro, onde as pessoas são objetos, e não possuem valores.
Tédio, tédio, tédio
Era o que minhas vozes enlouquecidas diziam, depois riam e bolavam planos para me fazer sentir melhor, uma adrenalina, e eu como sempre acatava aquelas ideias, eu estava tão entrelaçado na aventura que a racionalidade foi ralo abaixo. E depois eu cai na realidade, após um longo tempo, e eu não me sentia nem um pouco arrependido. Eu estava perto da morte e não tava mais ameaçado, eu via a morte segurar na minha mão e sussurrar no meu ouvido, e o que ela me oferecia era grandioso, sim eu me apaixonei pela morte. Não se tornava mais uma justiça, era a confirmação de uma caminhada, é um novo mundo a ser descoberto.
Então eu a beijei, e ela segurou em minha mão, e eu parecei flutuar, e só restou, restos de um alguém neurótico, agora seremos só nós, renasci dos...
Mortos.

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