Capítulo 15 - Gritos (No Literal)

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POV Marinette

- Ora, ora! Que surpresa! O herói de Paris aqui em casa. – Murmurei de um modo brincalhão, e ele virou a cadeira. – O que devo a honra?

- Bom, é que faz uns dias que eu não vejo uma certa civil. – Ele disse, parecendo pensativo. – Só uma suposta... prima dela. Sabe como é, ela estava viajando...

- Você é tão bobo! – Ri, e ele me acompanhou nas risadas. Me surpreendeu ao se sentar no meu colo. Fiz uma careta. – Hey! Saí do meu colo, você é gooordo!

- Que audácia! – Ele se fingiu de ofendido. – Só estava tentando ser fofo, princesa! E falando nisso, o que você está fazendo?

- Eu estava assistindo um filme. – Murmurei, enquanto fingia não me importar que ele estava sobre minhas pernas. Fiz uma pausa e suspirei quando ele se aninhou como um verdadeiro bebe no meu colo. – Mas fui atrapalhada por um falso gato.

- Falso gato? Assim você me deixa triste... – Ele disse, terminando de se ajeitar. – Entretaaaaaanto, vamos assistir o filme.

- Mas eu nem te convidei! – Eu disse, e ele me olhou com uma careta.

- Shiii, o filme já vai voltar! – Disse, enquanto clicava no "play". Revirei os olhos, mas acabei rindo.

Confesso, foi complicado assistir ao filme com Chat Noir no meu colo, e ficou ainda mais quando ele se destransformou. Ter um cara com a aparência de um antigo Deus da Antiguidade Grega era algo extremamente desconcertante, o que me fazia parar de prestar atenção ao filme somente para ficar lhe observando.

Devo agradecer muito a Tikki por essa sorte!

Com certeza, vou fazer uma bandeja com biscoitos extras para ela!

- Já acabou? – O loiro perguntou assim que os créditos começaram a passar na tela. Caí na real que não havia assistido um terço do filme, e me espreguicei quando ele se levantou. – Que chato, não entendi quase nada.

- Claro, você chegou na metade! – Resmunguei e me levantei. – Podemos colocar de novo.

- Eu gostaria de ver outra coisa. – Ela disse, num tom provocativo. Ele se encostou na escrivaninha e eu fui até ele.

- Que coisa? – Perguntei, em um tom curioso, ao mesmo tempo que irônico. Ele riu.

- Hmmm... – Ele me puxou, enquanto fingia pensar. Focou seu olhar ao meu, instantes depois. – Peppa Pig.

- Vai se foder. – Ri, empurrando-o. Ele riu, me puxando novamente.

- Dois dias atrás você gostava, bebê. – Murmurou perto do meu ouvido, me fazendo suspirar baixo, enquanto mantinhas as mãos em minha cintura.

- Eu era um bebe. – Revirei os olhos. – Literalmente.

- Você ainda é... – Me virou, e me surpreendeu ao me levantar, fazendo com que eu abraçasse sua cintura com minhas pernas. Porra, ele era forte! – Principalmente na altura. Só a mente que ficou ainda mais perversa.

Ri, puxando seu rosto em seguida. Beijei-o, e ele retribuiu. Andou comigo em direção a cama, mas não subimos para o andar de cima da mesma. Ele me colocou contra a escada, de um modo sutil e fraco, enquanto aprofundava aquele beijo.

Nunca imaginei que esse filho da mãe soubesse beijar tão bem, mas não esperava menos dele.

- A-Ah... – Gemi baixo quando sua boca chegou em meu pescoço, beijando-o lentamente, roçando os lábios por ali em alguns momentos. – P-Porra, Adrien!

BabynetteOnde histórias criam vida. Descubra agora