Clarke On
Eu estava no hospital que minha mãe trabalha, cuidando de algumas crianças que sofriam de câncer.
- Você não me disse seu nome! - eu disse olhando para garotinha que pediu que eu a maquiasse.
- Eu sou a Charlotte. - a menina me diz e sorri.
- Sua maquiagem está pronta Charlotte. - ela pega um espelho que tinha ao lado de sua cama e eu a pergunto. - Gostou?!
- Eu amei! - ela diz e me abraça. - Só assim pra eu ficar bonita... - ela diz e abaixa a cabeça.
- Charlotte, não fala isso. - eu levanto seu rosto e seguro em sua mão. - Você é linda, independente de ter a cabeça raspada ou não.
- Obrigada, mas eu queria ser como você. Você é tão bonita, até parece uma princesa!
- Você também é uma princesa, Charlotte! - e a puxo para um abraço e sinto meu meu celular tremer. - Só um minutinho. - eu digo para a garota que afirma com a cabeça.- Alô?
- . . .
- Alô? - eu pergunto novamente mas quem estava do outro lado da linha não respondia.
Fiquei um tempo esperando a resposta de alguém, mas eu só escuto um som bipando.
Quando olhei novamente para a garotinha que eu estava conversando a vi jogada na cama com os olhos e a boca aberta. Ela estava tão bem a segundos a trás. Estava sem reação, estava olhando a Charlotte, mas não conseguia fazer nada, era como se meu corpo estivesse paralisado. Do nada tudo parecia estar em câmera lenta, médicos apareceram na sala e me expulsaram da mesma. Eu fui embora do hospital sem me despedir da minha mãe. Eu estava em choque com que aconteceu que sai do hospital sem mais nem menos. Estava triste pela Charlotte, mas não deixei nem uma lágrima cair por ela, eu estava me sentindo mal. Parece que todos ao meu redor morrem. Era de tarde, e eu estava indo para casa a pé, afinal minha casa era dois quarteirões do hospital que eu fazia estágio e que minha mãe trabalha. Queria chegar em casa o mais rápido possível, tomar um banho quente e esquecer tudo o que aconteceu hoje, então eu descidi cortar caminho por um beco que dava de cara com meu prédio. Quando entrei no beco decidi me apressar, porém eu escuto uma voz diferente ao meu encontro:- Ei! - um homem bonito com cabelo bagunçado vem em minha direção.
Eu apresso o passo, assustada com o sujeito que parecia estar me seguindo.
- Ei! Falei contigo, não esta ouvindo não? - ele diz e eu viro pra ele
- O que foi?
- Passa o relógio.
- Eu não, é meu.
- Passa o relógio, gatinha. Não quero te machucar.
- Não vou te dar o que é meu, venha buscar. - Sai correndo e o homem veio atraz de mim. Eu não estava com medo dele mesmo ele me ameaçando.
- Princesa, não brinca com o perigo. - Ele me alcançou e se tacou em cima de mim. Ele estava deitado em cima de mim, me virei pra ele e disse:
- Pra um ladrãozinho de merda você é até gato.
- Muito obrigada princesa, agora me dê o relógio!
- Não! É do meu pai.
- E daí, eu quero o relógio. - Ele seguro meu pulso tão forte que eu dei um grito. - Machucou? - fiquei em silêncio - Quem mandou brincar comigo. - Ele pegou o relógio e saiu de cima de mim. Eu tentei pegar de volta, mas tudo começou a mexer, as coisas quebravam, casas e prédios estavam desmoronando, eu assustada fui para perto daquele garoto. Ele percebeu que eu estava assustada e disse:
- Pro carro rápido! - Corremos para um carro que tinha dentro do beco, e ele tirou uma chave de dentro do bolso, entramos e ele começou a dirigir. Ele dirigiu tão rápido, desviando dos destroços que caiam e foi pra uma estrada deserta. Eu estava tão assustada que durante o caminho eu não disse nada.
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Radioractive
Science FictionBellamy e Clarke se conhecem antes de ocorrer um apocalipse "zumbi" e por só terem um ao outro eles tem de ficar lado a lado para sobreviverem ao ocorrido.