Esse tal de "presente" dói, não ?

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"Estar vivo é sentir saudades"- Tartarugas até lá em baixo

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"Estar vivo é sentir saudades"
- Tartarugas até lá em baixo

"Estar vivo é sentir saudades"- Tartarugas até lá em baixo

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Ela olha em seu reflexo no espelho.

Não parece ela.

Ela só vê um rosto pálido, com olheiras fundas em baixo do olho e uma expressão cansada.
Ela dá tapinhas em seu rosto, aquele pesadelo tem que acaba.

Tentativa inútil! Ela ainda está ali, a realidade ainda grita.

Antes de dormir olha de novo o celular, nenhuma mensagem, nenhum aviso, nenhuma notícia. Ela não respondeu, 2 dias, 4 horas e 19 minutos. Nenhum aviso sobre ela, 6 mensagens de #ajudeaMila. Nenhuma notícia nova, 5 horas, 40 minutos e 30 segundos.
Por vim olhou o relógio no teto, esquecendo-se que tinha um no seu próprio celular, 2 horas da amanhã. Estava muito muito tarde para quem vai ter prova amanhã cedo.

Não percebeu quando pegou no sono, mas acordou com  a luz do Sol batendo no seu rosto

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Não percebeu quando pegou no sono, mas acordou com  a luz do Sol batendo no seu rosto.

"Quem abriu a janela?" - pensou a garota que abria aos poucos os seus olhos vendo a forma embaçada de uma menina , essa menina se tornou Kamily, com uma blusa branca curta, uma calça jeans e uma expressão engraçada estampada no rosto.

"Vamos Nara! Você não falou que íamos para a tal exposição de ciências da sua antiga escola?" - a amiga a chama

"Claro ! Só dormi de mais" - ela mente, não entendendo o que está acontecendo.

Ela vasculha em todo o seu cérebro e nada lhe vem a menta, nenhuma exposição de ciências  ou algo do tipo.

Kaly avisa que vai a esperar na cozinha e a deixa perdida em seus pensamentos. Ainda nada de exposição de ciências lhe vem a mente, mas ao repetir mentalmente as palavras de minha amiga, de novo, percebe  que elas iam a aquela escola ... O último lugar, no momento, que ela queria ir era aquela escola.

Tudo ainda estava como ela bem se lembrava, o gramado, os prédios dividindo as faixas etárias, as quadras e um parquinho no fim da escola para os menores

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Tudo ainda estava como ela bem se lembrava, o gramado, os prédios dividindo as faixas etárias, as quadras e um parquinho no fim da escola para os menores. A feira estava acontecendo em uma das quadras, a maior. Nela há várias mesas, estandes e outras coisas. Tudo bem montado, com cartazes e aparatos científicos simples.

Assim que vira em uma barraca de longe Nara avista a Mila. Ao avistar Mila o nó que estava na garganta dela  a uma semana apertou ainda mais, fazendo as lágrimas saírem desesperadas juntamente com soluços e tudo que tem direito. As pernas dela falharam, fazendo ela ajoelhar no chão sujo da quadra da escola.

Ninguém parecia entender o desespero de Nara, nem mesmo as amigas ao seu redor.

"O que aconteceu, Nara?"

Ao ouvir essa voz a menina congelou, e aos poucos levantou os olhos para ver a dona da voz....

Ela não podia acreditar.

Em questão de segundos ela deu um pulo, levantando e abraça com toda a sua força a outra garota, que mesmo sem entender o que esta acontecendo retribui o abraço.

"Nara? Nara! Nara, Acorde!"  - a voz de sua mãe ecoa pelos auto falantes presentes em toda a quadra. Fazendo ela abrir os olhos rapidamente e quase dar um pulo da cama. - " Nara, você está atrasada! Tem prova hoje"

Foi apenas um sonho, apenas uma lembrança modificada pelo seu cérebro desesperado. Ela queria ter voltado aquele ano, onde tudo ainda estava bem, onde tudo ainda estava nos eixos. Mas agora ela teria que voltar a sua realidade, e encarar um dia de provas, mesmo estando com a cabeça em outro lugar, em outra época.

 Mas agora ela teria que voltar a sua realidade, e encarar um dia de provas, mesmo estando com a cabeça em outro lugar, em outra época

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+Nina Folly "Folha"

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