Anjo

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Em meio aos humanos me camuflei
 Mas meus punhos tão amados não tirei
Me confundiram com um anjo
Mesmo em meio ao sombrio vívido
Minhas asas reluziram, de onde esse formidável arranjo
Eles disseram, um anjo caído
Como posso ser um se nem possuo ideologia
Minha vida não é resumida em justiça
É apenas uma trava que se enguiça
Não vivo pelos outros, não vivo por alegria
Vivo apenas por não morrer, na infinita agonia
Esse luxo não posso usufruir
Porque, me pergunto, onde devo ir
Será que existe algum lugar para mim, guie-me, por favor
Não consigo esconder essa entrelaçada dor
Minhas lágrimas criam estrelas estupendas
Minhas lágrimas criam chuvas entre as fendas
Minhas lágrimas criam a paz entre as vidas
Mas essas proezas não apagam minhas dividas 
Posso ser onipotente, posso viver em meio ao triz
Mas nesse ciclo, nunca serei feliz

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