«Verdadeira Alvorada»

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Na noite, esperando na sacada, ouço um sussurro
Gentil e puro
Nesse lugar hostil e escuro
A lua nos ilumina e dá a luz
Mas a luz se reduz
Espero realmente lhe alcançar e livrar dessa inquietação
Quero sinceramente lhe abraçar e livrar dessa aflição

Que posso eu fazer senão chorar?
Lágrimas de espírito, meu corpo secou a muito tempo
Meus olhos estão no relento, esvai-se tão lento
A brisa do momento
A clama do lamento
Eu não esperaria nada mais óbvio
Ainda estou muito sóbrio pra sofrer estas coisas
Ainda estou com muito ódio por não ceder à estas coisas
A solidão me pegou, seria o fim?
No chão da varanda ouço um sussurro
Frívolo, melancólico e duro
Céu e sol nasceram do afeto, quieto
Mas as beldades da noite morreram no mais efêmero ímpeto

Poetas imundosOnde histórias criam vida. Descubra agora