Demônio

36 11 33
                                    

Demônios eufóricos me destroem
Vindos de minha própria mente
Pensamentos históricos me corroem
Sempre no mesmo repente
Vivo alucinado, mesmo que eu prefira estar ausente
Vivo angustiado, mesmo que eu não tente
Pereço impaciente, mesmo que não aparente
Até quando vagarei em círculos sem essências
Nem os mais místicos vivem de aparências
Boa pode ser a solitude 
Uma boa atitude
Ruim é a solidão
Que não nos dá o perdão
Enquanto isso durar, os destinos se amparam
Enquanto isso abalar, novos versos se espalham
Crises caóticas não me farão parar
Surtos exóticos não me farão desistir
As vezes apenas paro e penso
"Por quê eu a existir?" Isso me deixa tenso
Aos males do universo, me deixa tão propenso
Mas o que poderia fazer, se não posso morrer
Nem ao menos clamar, nem ao menos posso viver
Se não existe nem um sentido lógico para essa futilidade que é o meu ser

Poetas imundosOnde histórias criam vida. Descubra agora