v. Sean Benson aventura-se na cantina e faz um novo amigo

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SEAN BENSON AVENTURA-SE NA CANTINA E FAZ UM NOVO AMIGO

SEAN BENSON AVENTURA-SE NA CANTINA E FAZ UM NOVO AMIGO

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Novembro estava quase a chegar ao fim. Embora trabalhos e testes fossem marcados e exigidos pelos professores, todos os estudantes de Deep Valley apenas conseguiam pensar no Baile de Inverno que se avizinhava, tal como o fim das aulas; bem, quase todos. Sean nunca entendera o espanto de ir a um baile três vezes por ano, não conseguindo perceber o entusiasmo de ingerir a bebida que, num certo ponto da noite, já estaria toda embebida em álcool; mas aquilo que mais fazia confusão ao moreno era como as pessoas aceitavam pagar o bilhete para dançar no ginásio da escola, beber e passar uma noite a fingirem que se estão a divertir quando, na realidade, a maior parte deles desejaria estar noutro local a fazer outras coisas mais impróprias.

E o moreno soltou um suspiro, arrastando o seu corpo no sofá, os olhos de Sean presos no ecrã grande e brilhante da televisão da sala da sua mãe. Fazia caretas enquanto passava pelos canais, nenhuma novela, série ou filme a ser suficientemente cativante para entreter o adolescente, todas as notícias a serem mais desgastantes do que o fim-de-semana que ele estava a ter. Era o último fim-de-semana do mês, o que significava ter que o passar em casa da sua mãe. Sean não gostava de frequentar a pequena vivenda onde morava a sua progenitora, maioritariamente porque o seu padrasto estaria lá também e o moreno nunca se quis dar bem com Mark Reedman, tal como Mark Reedman nunca quis conquistar o jovem Sean Benson; porém, para sua sorte, neste final de semana, Mark iria para fora da cidade em trabalho, deixando Sean sozinho com Giselle. Mas isso não o deixava mais aliviado. A loira procurava desesperadamente conquistar, em dois dias, o que conseguiu destruir em minutos: a confiança de Sean; e embora a mais velha soubesse que muito provavelmente ela não iria conseguir conquistar o filho de volta, ela não desistia, ignorando todas as palavras bruscas que Sean lhe gritava em pensamentos, querendo sempre acreditar que aquele adolescente revoltoso continuava a ser o seu bebé carente e risonho que ela sempre amara.

Sean revirou os olhos quando passou por um filme mais indecente e desistiu da televisão, acabando por a desligar e por atirar o comando com alguma revolta para cima do sofá cinzento da casa da sua mãe. Soltou um grunhido de desespero e inclinou a sua cabeça para trás, os seus olhos a fitarem o teto escuro da sala, a sua lente de contacto a começar a irritar o olho esquerdo. Incomodado com o seu olho, Sean rapidamente se viu forçado a tirar a lente de contacto castanha, revelando o seu olho cinzento com leves toques esverdeados.

- Estou a ver que decidiste tirar isso – falou Giselle assim que entrou na sala, nas suas mãos uma bandeja com leite e bolachas. – Ficas mais giro assim.

- Estava a incomodar-me, apenas isso. Ainda vou continuar a usar a lente.

A loira suspirou quando pousou a bandeja na mesa de centro e sentou-se ao lado do seu filho, um sorriso sinistro à luz da lareira a formar-se na cara da mais velha, os seus olhos cansados presos na figura do seu filho. Apoiou o seu cotovelo nas costas do sofá, segurando a cabeça com essa mão, e ficou a olhar para Sean, o sorriso a tornar-se cada vez mais assustador a cada segundo que passava; decidiu então acariciar os cabelos suaves do moreno, os dedos finos e pálidos de Giselle a misturarem-se lentamente com o negro do cabelo do filho, os fios sedosos a acariciarem gentilmente as mãos ásperas da mãe.

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