Quinta-feira, 26 de março
— Sua piranha - Kyungri gritou.— Você acha mesmo que eu iria querer alguém como ele? - perguntei.
Assim que o fiz, Kyungri ficou sem reação e me deu um tapa na cara. Ri fraco e dei um tapa estalado no maxilar de Kyungri. Foram poucos os segundos em que ficamos distantes, quando vi já estávamos puxando o cabelo uma da outra. Até que fomos interrompidas por Guk-Do, um nerd que estava na minha sala de física.
— Meninas, parem com isso - Guk-Do pediu se enfiando no meio.
— Não se meta nisso, você não é ninguém aqui - disse e empurrei Guk-Do que caiu de costas no chão.
Sem ouvir mais nenhuma palavra arrumei minha camiseta a puxando para baixo, passei a mão em meu cabelo arrumando todos os fios que ali estavam e sai dali com um sorriso no rosto, como se nada tivesse acontecido.
O sinal tocou e a primeira aula deu início. A aula era leitura, uma das poucas matérias que eu gosto e estudo de verdade. O sr. Park também colaborava bastante, sua aula era a melhor em minha opinião. Poucas escolas possuem essa matéria, mas acho que é necessário ter em todas.
Eu vou muito bem em suas provas, afinal, todas são interpretação de texto ou são provas relacionadas a livros que lemos em sala. O único defeito dessa aula, para mim, é ter que sentar em dupla porque só tem mesa para duas pessoas juntas. Eu me sento com um garoto que mesmo sendo muito bonito, não me atrai, ele liga muito para tudo, leva tudo ao pé da letra, é muito estudioso mas sempre vai mal em leitura. Seu nome é John, ele não é da Coreia, ele veio dos Estados Unidos, mas vive na Coreia desde seus dois anos de idade.
Estava a ler meu livro até ouvir o sinal estourar dentro daquela sala, me tirando totalmente a concentração e me fazendo bufar, a aula tinha acabado.
Assisti mais outras aulas e por fim, sai da sala junto a todos que faziam parte da minha turma de biologia. Peguei minha garrafa d'água e tomei alguns goles. De longe avistei Kyungri e seu namorado, ri ao lembrar da bobeira que a mesma disse, ele é popular, não atraente.
Tracei meu caminho para casa com minha garrafa em mãos. Mais tarde tinha reforço de matemática portanto entrei em casa e deixei minha mochila encostada na porta. Minha mãe e meu pai se encontravam brigando novamente, apenas passei os dois e peguei um cacho de uvas para comer.
Fui até meu quarto e fiquei sentada em minha cama comendo minhas uvas. Acabei, peguei uma muda de roupa e fui tomar banho.
[ ➰ ]
— Professor, tenho uma dúvida - ouvi a voz de um garoto e como estava entediada, prestei atenção em sua conversa com o professor.
— No que você tem dúvida, Hyo-Jong ? - o professor perguntou.
— Na questão 23 da página 393 - ele afirma fazendo o professor folhear seu livro.
— Essa matéria já foi vista muitas vezes em sala - o professor disse — Como Hyun-ah tem facilidade com essa matéria, peça ajuda a ela, não irei explicar novamente - nesta hora bufei, agora terei que virar professora, ninguém merece.
O menino que antes estava sentado em sua cadeira se localizava ao meu lado pedindo ajuda. Foi nessa hora que me dei conta que Hyo-Jong era o popular, namorado daquela garota perturbada.
O reforço de matemática é mais para passar um tempo fora de casa, porque em matemática eu vou bem. Meus pais estão cada vez mais insuportáveis, tem dias que meu pai chega bêbado em casa, tem dias que ele nem dorme em casa, ou seja, minha casa está uma bagunça, por mim eu saia daqui, uma pena que eu não posso.
[ ➰ ]
Fiz o que faço toda quinta-feira, sai do reforço, entrei em casa, fui até a cozinha e comi alguma besteira que havia por lá. O silêncio permanecia em casa, pelo menos um pouco de paz.
Fui até meu quarto, passando na frente do quarto de meus pais, vendo o quarto vazio, então a casa estava apenas para mim. Aproveitei que estava silêncio e peguei o livro que ainda estou a ler e comecei a folheia-lo.
[ ➰ ]
Atualizei minhas séries na Netflix e escovei meus dentes logo após um banho para descansar.
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Our History - Hyundawn
Fanfictiont h e r e ' s a s e c r e t . . . Aonde ela era uma garota fora do comum, a rebelde, que andava no lado ruim da vida, com um cabelo desejável. Sem amigos de verdade, era uma pessoa marrenta e de língua afiada. Ele, era o sonho de toda garota, usan...